Um teste de defesa de mísseis dos EUA no Havaí foi atrasado no início desta semana devido à presença de um navio de vigilância russo, após o episódio com "espião", o teste foi realizado no último domingo (31) com uma salva de mísseis SM-6 disparados pelo navio, porém, não conseguiu interceptar o míssil balístico de médio alcance empregado como alvo.
A Agência de Defesa de Mísseis, em cooperação com a US Navy, disse que realizou o que chamou de Flight Test Aegis Weapon System 31.
"O objetivo do teste foi demonstrar a capacidade do Aegis configurado para atuar na defesa contra mísseis balísticos (BMD), realizando as etapas de detecção, rastreamento, engajamento e interceptação do míssil balístico de médio alcance com uma salva de dois mísseis Standard Missile-6 Dual II (SM-6DII). No entanto, uma interceptação não foi alcançada", segundo um comunicado à imprensa.
A equipe do programa iniciou uma "revisão extensa" para determinar as causas que possam ter ocasionado na falha em interceptar o míssil balístico.
Um navio espião russo operava próximo em águas internacionais, o que resultou no atraso do teste. A Frota do Pacífico disse em comunicado que estava ciente da presença da embarcação russa operando em águas internacionais nas proximidades do Havaí e manteve a mesma sob monitoramento durante todo tempo, empregando para isso aeronaves de patrulha marítima e navios de superfície.
Um oficial disse anteriormente que o teste foi adiado porque os Estados Unidos não queriam que o navio russo "coletasse" dados sobre os testes e desempenho do SM-6 DII.
A Agência de Defesa de Mísseis disse que os testes foram executados dentro da janela de teste, então não houve atrasos. Não ficou imediatamente claro se o navio russo havia partido das ilhas havaianas.
O visitante indesejado tratava-se do navio de coleta de inteligência SSV-535 "Kareliya" da Marinha Russa, pertencente a classe "Vishnya". O navio com base em Vladivostok é um dos sete navios especializados em inteligência de sinais operados pela Rússia.
"A Rússia está testando armas hipersônicas e talvez buscando informações sobre nossos sistemas de mísseis que possam aumentar a capacidade de suas armas hipersônicas em penetrar em nossas defesas", disse o capitão Carl Schuster, ex-diretor de operações do Centro de Inteligência Conjunto do Comando do Pacífico e professor adjunto da Hawaii Pacific University. Ele acrescentou que o teste de defesa antimísseis "é uma oportunidade de inteligência difícil de ignorar".
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Com agências de notícias
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