Os dois primeiros caças F-15EX Eagle II da USAF participaram dos jogos de guerra Northern Edge 21 este mês no Alaska. Ele "abateu alguns adversários, mas também sofreu abates" durante os exercícios conjuntos.
A USAF ainda está descobrindo como usar o seu novo caça não-furtivo em combate.
Os dois primeiros caças F-15EX Eagle II operacionais da USAF (Força Aérea dos EUA) voaram para o Alasca este mês para participar dos jogos de guerra Northern Edge 21 - com resultados mistos. [NT: O GBN postou um artigo sobre o F-15EX no exercício: USAF estreará F-15EX Eagle II na "Northern Edge 21"]
Durante o exercício conjunto entre as Forças, as duas aeronaves voaram 33 surtidas, lado a lado com uma variedade de aeronaves em serviço ativo, incluindo F-15C Eagle, F-16 Fighting Falcon, F-35 Lightning II e F-22 Raptor.
Durante o exercício, o F-15EX "abateu alguns adversários e também foi abatido", segundo a Air Force Magazine. Ainda assim, os resultados não são exatamente uma surpresa, considerando que a USAF ainda não descobriu uma estratégia para seus novos caças não-furtivos.
O tenente-coronel John O'Rear do 84º Esquadrão de Teste e Avaliação disse à Air Force Magazine que o F-15EX "registrou alguns abates", mas também "sofreu algumas perdas". O'Rear disse que o desempenho atendeu às expectativas, já que qualquer adversário simulado contra o qual valha realmente a pena treinar deve naturalmente ser forte o suficiente para infligir perdas.
O F-15EX é a versão mais recente da série de caças F-15 Eagle. Depois de entrar em serviço no final dos anos 1970, o Eagle foi um esteio entre os caças de superioridade aérea da USAF por mais de duas décadas. A USAF originalmente planejou que o F-22 Raptor deveria substituir o F-15, mas acabou comprando menos de 200 aeronaves antes de finalizar o programa do caça, forçando a Força a manter centenas de F-15C mais antigos.
Embora virtualmente idêntico aos outros F-15 por fora, o F-15EX possui aviônicos (eletrônicos usados em aeronaves) e radar muito mais avançados do que outras versões do Eagle.
O Super Eagle também apresenta o EPAWSS (Sistema de Alerta e Sobrevivência Passivo / Ativo do Eagle), um sistema de guerra eletrônico projetado para detectar, classificar e, em seguida, derrotar ameaças aerotransportadas. EPAWSS é a primeira grande atualização do conjunto de guerra eletrônica da série F-15 desde os anos 1980, quando a aeronave recebeu o TEWS (Sistema Tático de Guerra Eletrônica).
Os principais pontos fortes do jato são o radar e a capacidade de transportar uma grande carga de armas, incluindo duas dúzias de mísseis ar-ar ou armas hipersônicas. O ponto fraco do Super Eagle é a falta de stealth (furtividade) nativa (como o F-35 e o F-22), tornando-o mais fácil para os adversários detectarem.
A USAF discutiu usar o F-15EX em companhia de um caça stealth e usar o par como uma plataforma de lançamento de míssil ar-ar de longo alcance - uma tática que pode aumentar sua sobrevivência em combate. Emparelhado com caças não furtivos semelhantes, o Super Eagle pode ter um desempenho insatisfatório.
Vale a pena ficar de olho na situação, pois a USAF planeja adquirir 144 caças F-15EX , com opção de até 200.
Tradução e adaptação: Renato Henrique Marçal de Oliveira*
Renato Henrique Marçal de Oliveira é químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel)
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