Um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso revela novos detalhes sobre o Submarino de Ataque de Próxima Geração da Marinha dos EUA, ou SSN (X). O submarino, que começa a ser adquirido em 10 anos, vai redirecionar a frota submarina dos EUA do apoio às guerras terrestres para o combate clássico emprego da arma submarina, tendo como foco ataque contra navios de superfície e outros submarinos inimigos.
A atual frota de submarinos de ataque da Marinha consiste no mix de submarinos da classe de submarinos das classes "Los Angeles", classe "Seawolf" e a classe "Virginia". Os submarinos da classe "Virginia", atualmente em construção, tinham como objetivo operar mais próximo da costa, sendo empregado no apoio as operações terrestres, uma tendência oriunda das necessidades que emergiram após os ataque de 11 de setembro, com o foco das operações tendo sido direcionado na capacidade de guerra assimétrica, levando a uma alteração na ORBAT e CONOPS da US Navy.
Agora com uma nova ameaça emergindo no horizonte, com a expansão e modernização sem precedentes da Marinha do Exército de Libertação do Povo da China, bem como a introdução de novos submarinos de ataque e mísseis russos, levaram a US Navy a reavaliar seus conceitos e capacidades de combate, resultando no desenvolvimento do SSN-(X). Como a classe "Seawolf", os novos submarinos frutos do SSN-(X), serão construídos focando no emprego clássico da arma submarina, que é enfrentar diretamente submarinos inimigos e navios de superfície.
Submarino da Classe "Seawolf", na abertura da matéria um exemplar da Classe "Virgínia"
Um submarino desenvolvido com objetivo de dar combate a ameaças de superfície e outros submarinos, apresenta requerimentos específicos que se diferem e muito do que é preconizado nos requisitos e capacidades por exemplo pela classe "Virginia". Dentre as especificidades do projeto, podemos elencar algumas características e capacidades que não são encontradas nos submarinos "Virgínia", que apesar de modernos, foram concebidos de acordo com outro conceito e doutrinas operacionais, assim o SSN-(X) deverá apresentar um casco forte capaz de suportar mergulhos em grandes cotas de profundidade e alterações abruptas, sendo capaz de resistir as mudanças bruscas de pressão sobre o casco em manobras mais "bruscas" de mergulho e emersão. Com relação ao armamento embarcado, a nova classe deverá contar com mais tubos de torpedo e um compartimento interno maior para acomodar o paiol de torpedos e mísseis.
O novo relatório diz que a Marinha está examinando três opções diferentes para o SSN-(X): um projeto baseado no submarino de mísseis balísticos classe "Columbia", um baseado na classe "Virginia", onde haveria um refinamento nas capacidades e modificações nas estruturas para atender ao novo CONOPS e uma terceira via estudada é o desenvolvimento de um projeto totalmente novo.
Fazendo uma avaliação superficial sobre as três linhas em estudo, podemos chegar a algumas conjecturas, as quais não podem ser classificadas como fato, mas como suposições embasadas pelas informações das quais dispomos, o que o leitor há de convir que não são tão profundas devido ao nível envolvido na classificação de informações de tais projetos. Mas um projeto baseado no projeto de um SSBN como é o caso da classe "Columbia", é uma aposta arriscada em termos de custos e mesmo com relação as capacidades que se espera, pois trata-se de um submarino grande e que traria uma série de desafios aos engenheiros para se valer da base deste projeto na concepção de um SSN, o que poderia custar muito não apenas na fase de desenvolvimento, mas para operar no futuro. Agora um novo submarino concebido com base na classe "Virgínia", se apresenta como uma solução muito viável e atraente, quer seja pelo custo de desenvolvimento, quer seja pelo custo já conhecido de operações, porém, poderia incorrer em problemas crônicos devido as limitações de projeto dos "Virgínia" para atender aos novos requisitos, isto é algo que deve ser criteriosamente avaliado para não resultar em uma nova classe aquém das necessidades. A solução mais plausível, mas que traz consigo as incertezas já comuns aos novos conceitos e programas de defesa, principalmente em relação aos custos de desenvolvimento e construção, que em geral superam as previsões iniciais. Mas um ponto muito importante nessa alternativa, é que a concepção de um submarino inteiramente novo poderia atender plenamente aos requisitos da US Navy, ainda que seja alto o custo de desenvolver e construir uma nova classe, custos que seriam amortizados ao longo da construção dos novos submarinos.
Há rumores que o SSN-(X) possa introduzir o emprego de armas laser, conjuntos de sonar nos bordos, um sistema de propulsão mais silencioso e armas hipersônicas. Porém, ainda há muito o que caminhar e a ser definido, qualquer das opções descritas seriam apenas meras especulações que circulam nos meandros da força naval norte americana.
GBN Defense - A informação começa aqui
com agências
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