Entrando a temporada de furacões esperada para junho de 2021, a frota de aeronaves da US Coast Guard (Guarda Costeira dos EUA) enfrentarão uma grande demanda, mas neste ano provavelmente terão pelo menos 10 de seus helicópteros MH-65 Dolphin parados por falta de sobressalentes, de acordo com o oficial da US Coast Guard.
A Guarda Costeira opera a maior frota de Dolphin no mundo, a qual foi descontinuada em 2018, somando uma frota de 98 aeronaves. Destes, seis já estão atualmente encostados porque não conseguem encontrar peças para realizar os reparos necessários para recolocá-los na linha do voo, e outras dez aeronaves podem estar fora da linha de voo quando chegar a temporada de furacões, que começa oficialmente em 1 de junho, segundo o almirante Karl Schultz, comandante do US Coast Guard em uma reunião em 28 de abril.
“Estamos realmente encontrando alguns desafios com nossos 98 helicópteros Dolphin”, disse Schultz durante a audiência do subcomitê da Câmara sobre segurança interna. “A Aerospatiale, agora Airbus, parou de fabricar essas aeronaves em 2018. Temos a maior frota do mundo com 98 aeronaves do tipo e sobressalentes como as de caixas de transmissão, são muito difíceis de conseguir peças. No momento, estamos voando cerca de 70% das horas de voo programadas para os Dolphin, só porque não temos mais peças para reposição. Teremos que tomar algumas decisões difíceis.”
“Temos seis hangarados agora por falta de peças disponíveis, provavelmente dez estarão na mesma condição no final de junho”, acrescentou Schultz. “Esta é a época do ano que começa a temporada de furacões, em 1 de junho, realmente queremos todos os ativos disponíveis prontos na linha de voo ou realizando outras missões.”
A atual frota de helicópteros da Guarda Costeira norte americana é composta por 98 helicópteros MH-65 Dolphin e 48 MH-60 Jayhawk. Ambos os helicópteros estão passando por programas de extensão de vida útil (SLEP) para estender sua vida útil até meados da década de 2030. Mas Schutlz disse que a dificuldade crescente para obter peças do Dolphin significa que o SLEP é apenas uma solução temporária para um problema crônico. Sem caixas de engrenagens sobressalentes suficientes e outros componentes críticos de voo, o MH-65 ainda excederia sua vida útil bem antes de 2040, quando poderia ser substituída pela nova aeronave do Future Vertical Lift , disse Schultz.
"Embora com a conclusão do programa SLEP dos MH-65 e MH-60 permanece imperativo para manter a capacidade atual, que a Guarda Costeira deva começar imediatamente a transição para uma frota de asa rotativa unicamente composta de helicópteros MH-60", disse Schultz.
Com mais de 4.000 células do H-60 Black Hawk em diversas configurações excedentes estocadas nos EUA, e como a aeronave tem uma cadeia de suprimentos bem estabelecida e sustentável, pode sustentar as operações do tipo na Guarda Costeira por 20 anos ou mais, segundo Schultz.
Os planos são reduzir o número de MH-65 Dolphin, ao mesmo tempo que se aumenta o número dos MH-60 Jayhawks em operação, sugeriu Schultz. Isso será realizado assumindo a operação dos MH-60 Seahawk estocados da US Navy, o que ocorre quando suas células atingem a marca de 8.000-9.000 horas voo, realizando um retrofit nessas células e reconfigurá-las para as especificações da Guarda Costeira. A Guarda Costeira planeja atingir a marca de mais 20.000 horas de voo com sua frota de MH-60T, disse ele.
A Guarda Costeira também está convertendo alguns MH-60 Sea Hawk de segunda mão com capacidade de dobrar as pás do rotor para variante MH-60T para operar a bordo de seus navios de patrulha de maior deslocamento que possuem capacidade de opera com aeronaves embarcadas.
Esse trabalho é feito pelo Centro de Logística de Aviação da Guarda Costeira em Elizabeth City, Carolina do Norte e pode ser acelerado com um maior investimento federal no programa, de acordo com Schultz.
“A Guarda Costeira pode montar os MH-60 e ampliar o número de MH-60 em nosso Centro de Logística de Aviação, usando processos de produção comprovados para converter e montar células excedentes da US Navy com horas de voo relativamente baixas, no que chamamos de programa 'sundowner' ou novas células adquiridas direto da Sikorsky”, disse Schultz. “A transição para uma frota totalmente composta por MH-60 melhora a eficiência no cumprimento de sua missão devido ao maior alcance, resistência e a relação potência-peso do Jayhawk, o que também serviria para agilizar o treinamento das equipagens e os sistemas de logística, ao mesmo tempo em que proporcionaria um estoque menor da frota.”
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com informações da VerticalMag
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