A Armênia recorreu a um bloco de segurança liderado pela Rússia após acusar as tropas do Azerbaijão de entrar em seu território pela fronteira sul.
Rússia e países ocidentais expressaram preocupação com esse novo aumento das tensões, após o conflito ocorrido no final do ano passado entre os dois países rivais pela disputada região de Nagorno-Karabakh.
O gabinete do primeiro-ministro armênio Nikol Pashinyan anunciou nesta sexta-feira que o presidente apresentou um pedido à Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) para solicitar apoio ao país, membro do mesmo.
De acordo com o tratado, os membros do bloco – incluindo Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão – consideram qualquer agressão contra um membro da organização como uma agressão contra eles próprios.
Na quinta-feira, a Armênia acusou o exército azerbaijano de ter cruzado sua fronteira sul como parte de uma “infiltração” para “sitiar” um lago compartilhado pelos dois países. O Azerbaijão rejeitou essas acusações.
Pashinyan informou ao presidente russo, Vladimir Putin, de sua decisão de recorrer ao CSTO durante um telefonema na quinta-feira à noite, explicou seu escritório.
“A parte russa reafirmou sua disposição de continuar exercendo uma mediação ativa para garantir a estabilidade na região”, explicou a fonte.
Mas, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, Pashinyan não pediu ajuda imediata.
“A parte armênia expressou sua extrema preocupação com a situação na fronteira”, disse Peskov. “O presidente Putin compartilha dessa preocupação”.
De acordo com o vice-primeiro-ministro da Armênia, Tigran Avinyan, autoridades da Armênia e do Azerbaijão estão negociando, embora no momento não tenham encontrado qualquer base de entendimento.
Por sua vez, o Azerbaijão destacou que suas “tropas de fronteira estão assumindo posições que pertencem ao Azerbaijão, nos distritos de Lachin e Kalbajar”.
A Armênia, que controlava esses distritos desde a década de 1990, os devolveu ao Azerbaijão no ano passado sob o acordo de paz patrocinado pela Rússia que encerrou um conflito de seis semanas que deixou cerca de 6.000 mortos na região pró-independência de Nagorno.
Fonte: IstoÉ
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