É tamanha a preocupação que essa postura irresponsável nos traz, levando a uma importante reflexão sobre os fatos que tem sido divulgados a torto e a direito, em sua maioria fake news embasadas em fatos deturpados, afim de favorecer ou disseminar determinada narrativa política e ideológica, o que muito soa como uma clara perseguição as instituições brasileiras.
Diante deste cenário, mais uma vez o GBN Defense se coloca ao lado do bom jornalismo em defesa dos valores profissionais, os mesmos que tem sido abandonados descaradamente pelas grandes mídias brasileiras. Tais mídias têm agido como meretrizes se vendendo aos interesses de determinados antagonistas no cenário nacional, se posicionando contra a verdade e as instituições, em especial as Forças Armadas, as quais tem se mantido fiéis ao que reza nossa Constituição Federal com relação as atribuições que lhes cabe.
As demissões na ICN e o PROSUB:
No primeiro caso, o menos grave dos dois que serão citados, diz respeito a reportagem veiculada pelo Jornal “O Dia” em 6 de abril de 2021, com a manchete: “Itaguaí Construções Navais demite cerca de 70 funcionários”, a qual dá a entender que as demissões ocorridas no quadro de funcionários da ICN, seria ocasionado por atrasos nos projetos da Marinha do Brasil, fato que não condiz com o verdadeiro cenário, resultando na divulgação de uma nota à imprensa emitida pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha do Brasil.
Abaixo reproduzimos na íntegra a nota que nos foi enviada:
MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA-GERAL DE DESENVOLVIMENTO
NUCLEAR E TECNOLÓGICO DA MARINHA
NOTA À IMPRENSA
Rio de Janeiro, RJ, 06 de abril de 2021.
Em relação à reportagem do Jornal “O Dia”, veiculada em 6 de abril de 2021, intitulada “Itaguaí Construções Navais demite cerca de 70 funcionários”, a MARINHA DO BRASIL (MB), por meio da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), esclarece que a Itaguaí Construções Navais (ICN) é a empresa contratada pela MB para a construção de quatro submarinos convencionais (S-BR) e um submarino convencional com propulsão nuclear (SN-BR), encontrando-se os pagamentos honrados rigorosamente em dia, em estrita conformidade com a execução dos marcos contratuais.
As demissões mencionadas na matéria, nesse sentido, são corolário de decisões gerenciais da Direção da ICN, em relação às quais a MB não exerce quaisquer ingerências.
A despeito dos impactos decorrentes do contexto da pandemia da COVID-19, releva destacar que o PROSUB é um programa rentável para o Naval Group (NG), controlador operacional da ICN.
A MB reconhece, no entanto, a necessidade de uma reestruturação da empresa que propicie a competitividade requerida à captação de outros empreendimentos no segmento da construção naval.
Também cabe mencionar que a Gestão do Conhecimento aplicada ao Programa de Submarinos (PROSUB) vem priorizando ações de modo a assegurar a manutenção das competências adquiridas pela ICN, no sentido de que possam ser executadas com proficiência as atividades necessárias à construção desses meios. Para a consecução de processo industrial de tal magnitude, a empresa emprega colaboradores altamente treinados e qualificados e gera cerca de 8.000 empregos indiretos, implicando em benefícios socioeconômicos para a região de Itaguaí.
A fim de atender aos rigorosos requisitos de garantia da qualidade exigidos na construção de submarinos, a ICN mantém uma Gerência específica para tal, que monitora as etapas da construção e assegura que sejam atendidas as exigências técnicas previstas.
Nesse sentido, a expectativa é a de que as demissões anunciadas não acarretem impactos no cronograma corrente do PROSUB.
Leitos em Hospitais Militares e a luta contra o Covid-19
O segundo caso é ainda mais preocupante, e marca o total compromisso do veículo em apurar os fatos e trazer à tona a verdade dos fatos. Já velha conhecida por desrespeitar os valores jornalísticos, omitindo deliberadamente muitas informações, além de distorcer fatos para tentar dar um fundo de verdade à sua narrativa claramente panfletária, esta mais uma matéria veiculada pela Folha de São Paulo, com a seguinte manchete: Hospitais das Forças Armadas reservam vagas para militares e deixam até 85% de leitos ociosos sem atender civis”, publicada em seu portal na última terça-feira, 6 de abril
Tamanha foi a série de erros na narrativa, inveracidades e deturpações nos dados, que tal publicação levou a necessidade do Ministério da Defesa emitir uma nota de esclarecimento ao público, a qual fazemos questão de compartilhar:
Nota de esclarecimento: matéria da Folha manipula, omite e distorce ao dizer que hospitais militares estão ociosos
Publicado em 07/04/2021 18h15
Brasília (DF), 07/04/2021 - O Ministério da Defesa (MD) informa que a matéria "Hospitais das Forças Armadas reservam vagas para militares e deixam até 85% de leitos ociosos sem atender civis", publicada em 6 de abril, no portal da Folha de S. Paulo, contém graves manipulações, incorreções, omissões e inverdades, que levam o leitor à completa desinformação.
Ao contrário do que induz o título da matéria, a grande maioria dos hospitais militares está com quase todos os leitos de UTI ocupados. Na realidade, muitos hospitais militares têm frequentemente removido pacientes para outras regiões para evitar o colapso. Assim como os hospitais civis, a situação varia de acordo com cada região. Os números são críticos e evoluem diariamente.
A reportagem deliberadamente usou dados de hospitais pequenos, com poucos leitos, recursos limitados e de alguns que sequer possuem UTI.
No caso do Exército, a matéria afirmou que os leitos clínicos estão ociosos nos hospitais em Florianópolis-SC, Curitiba-PR, Marabá-PA e em Juiz de Fora-MG. No entanto, a reportagem omitiu que os leitos de UTI, dessas mesmas unidades, estão totalmente ocupados. No Paraná, no Pará e na Zona da Mata Mineira a ocupação é de, respectivamente, de 117%, 133% e 500%. Em Santa Catarina, não há leitos de UTI.
No caso da Força Aérea, o Esquadrão de Saúde de Guaratinguetá, também alvo da reportagem, está instalado dentro de uma escola de formação da FAB. Ele possui sete leitos de enfermaria Covid-19 para atender 3.000 militares, sendo que desse total 1.300 alunos estudam em regime de internato. Já os esquadrões de saúde de Curitiba-PR e de Lagoa Santa-MG possuem, respectivamente, seis e 13 leitos de enfermaria. Ressalta-se que essas unidades não dispõem de estrutura para internação de longa permanência e também não possuem disponibilidade de UTI.
A matéria mostra ainda todo o seu viés, tendencioso e desonesto, ao mencionar que as Forças Armadas “contrariam os princípios da dignidade humana e violam o dever constitucional do Estado de oferecer acesso à saúde de forma universal”. O jornalista deliberadamente ignora e omite todas as ações que as Forças Armadas vêm realizando há mais de um ano, em apoio abnegado à população brasileira, desde o início da pandemia.
O sistema de saúde das Forças Armadas possui caraterísticas específicas para atender militares que estão na linha de frente, atuando em todo o território nacional, nos inúmeros apoios diuturnos, como transporte de material, insumos, e, agora na vacinação dos brasileiros. A reportagem omitiu também que os hospitais militares não fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e que atendem 1,8 milhão de usuários da família militar (militares da ativa, inativos, dependentes e pensionistas), em sua maioria idosos, que contribuem de forma compulsória todos os meses para os fundos de saúde das Forças Armadas.
Mesmo com seu sistema de saúde fortemente pressionado, com carência de recursos e de pessoal, os profissionais de saúde militares também estão fortemente engajados nas Operações Covid-19 e Verde Brasil-2. As Forças Armadas seguem atendendo à população civil, especialmente as comunidades indígenas e ribeirinhas, tanto na Amazônia como no Pantanal, realizando evacuação de pacientes nas regiões mais críticas, transportando toneladas de oxigênio, medicamentos e suprimentos, transportando, montando e operando hospitais de campanha, além de, em parceria com a academia e com a indústria, fabricando respiradores.
Apesar de os dados do HFA e dos hospitais militares estarem disponíveis para acesso público na internet, a matéria insinua que há falta de transparência. Mesmo após a pasta ter respondido a todas as informações solicitadas dentro do prazo acordado, a reportagem ignorou que os leitos dos hospitais são operacionais e de alta rotatividade. Logo, ocupados tanto por pacientes com Covid-19, quanto por pacientes oncológicos e em pós-operatório.
Este Ministério sempre se colocou à disposição para informar e responder prontamente a todos os questionamentos demandados por esse veículo no que tange ao combate à Covid-19. Entretanto, a reportagem optou por buscar um viés claramente negativo em um assunto de tamanha relevância para a sociedade brasileira neste momento em que todos os esforços estão concentrados no combate ao novo coronavírus.
O MD lamenta que assunto de tamanha gravidade seja objeto de matéria que induz a sociedade brasileira à desinformação.
Reiteramos que as Forças Armadas atuam na atual pandemia, com extrema dedicação, no limite de suas capacidades, sempre com total transparência e prontidão, preservando e salvando vidas. .
Centro de Comunicação Social da Defesa (CCOMSOD)
Ministério da Defesa
Como profissional do jornalismo, sinceramente me questiono muito sobre a nossa missão e como realizar o trabalho de maneira isenta e em acordo com os valores que aprendemos quando escolhemos a profissão de jornalistas. Não é difícil hoje confirmar dados e informações junto as instituições, existem diversas ferramentas que podemos usar, há inúmeros consultores e os canais disponibilizados pelas Forças Armadas e demais instituições, cabe apenas usar um pouco o bom senso, o profissionalismo e o principal, ter caráter.
Não nos cabe como jornalistas realizar panfletagem política ou ideológica, muito menos criar falsos argumentos e notícias com fins de atender determinadas narrativas. Somos comunicadores, nossa missão é dar ao público conhecimento acerca dos fatos, possibilitando ao mesmo desenvolver uma visão de mundo baseada em informações e notícias o mais isentas possíveis de nossa opinião ou posicionamento politico/ideológico. Se o sujeito não sabe separar as coisas, que vá escrever um blog com suas opiniões, não escrever falsas notícias e divulgar como se fossem verdades.
É preocupante demais os caminhos que nossa sociedade tem tomado e os rumos escolhidos por determinados setores, especialmente a grande mídia e seus pseudo jornalistas, os quais se assemelham a marionetes. O GBN Defense repudia tal postura e se mantém ao lado da verdade, do profissionalismo e na salvaguarda dos valores do jornalismo.
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