quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Super Porta-Aviões com dias contados?: US Navy estuda conceito para novos Porta-Aviões Leves

A Marinha dos Estados Unidos (US Navy) tem realizado estudos no intuito de introduzir uma nova visão estratégica, pretendendo construir até seis Navios Aeródromos Leves, ou “ligeiro” (NAeL) à sua esquadra no futuro. Os navios da nova classe de Navios Aeródromos, ou Porta-Aviões, como são mais conhecidos popularmente, apresentaria deslocamento bem menor do que as atuais classes em serviço com a US Navy, apresentando menor custo operacional e sendo voltados ao emprego ​​em cenários que não se faz necessário um dos “super porta-aviões” que custam a bagatela de 13 bilhões de dólares.

Os estudos apontam para uma visão mais consciente e ponderada quanto aos altos custos envolvidos na construção de grandes Navios Aeródromos, os quais estão se tornando cada vez mais inacessíveis até mesmo para marinhas poderosas como a US Navy.

A US Navy está estudando a aquisição de aproximadamente seis Navios Aeródromos Leves (NAeL) como um meio de distribuir capacidade para a esquadra por um custo menor. Estão pesquisando vários conceitos para um NAeL e comparando seus custos e ganhos operativos comparados ao gigante USS Gerald R. Ford, o mais recente super navio aeródromo nuclear.

Os norte-americanos avançaram muito nas doutrinas de emprego do poder aéreo embarcado, evoluindo desde os idos da Segunda Guerra Mundial, onde fora conhecido o grande potencial e poder que este tipo de navio pode conferir à uma esquadra. Hoje os super NAe contam com catapultas e equipamento de recuperação de aeronaves, que tornam possível a operação de um vasto leque de meios aéreos, com aeronaves de caça, ataque, guerra eletrônica, controle e alerta aéreo antecipado, aeronaves de reabastecimento e helicópteros capazes de executar as mais variadas tarefas. Cada moderno NAe possui um Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) com capacidades e poderio superior a muitos países, sendo capazes de conduzir e coordenar operações de guerra baseado no poder aéreo nos mais variados cenários, capaz de travar uma campanha aérea totalmente por conta própria.

O que tem levado os EUA a rever sua doutrina naval e buscar por Navios Aeródromos Leves, ou “Ligeiros”? Os super navios aeródromos tem se mostrado meios muito caros de construir e operar. A mais nova e moderna classe de NAe dos EUA é um bom exemplo do que apresentamos aqui, com o seu primeiro exemplar, o USS Ford, custando mais de 13,3 bilhões de dólares. O próximo navio da classe, o USS John F. Kennedy, dá indícios que vai estourar as previsões orçamentárias.

Mas há quem esqueça ainda de incluir nessa conta, os custos que envolvem as aeronaves que compõe o DAE, suprimentos para manter uma verdadeira cidade funcionando, o custo representado pela tripulação e destacamentos embarcados, toda essa estrutura supera a casa dos 7 bilhões de dólares, isso sem considerarmos os altos custos de descomissionamento de um NAe, que no caso dos propelidos à energia nuclear pode chegar ao custo de 1,5 bilhões de dólares, um valor que pode representar o custo de um destróier ou duas ou três fragatas leves novas.

Alguns estudos tem sido realizados com base no emprego de navios de assalto anfíbio, os conhecidos LHA da classe Wasp e Classe América, capazes de operar um destacamento aéreo composto por 13 aeronaves F-35B, podendo chegar ao número de 18 aeronaves, com deslocamento similar ao NAe francês Charles de Gaulle.

Os estudos visando o conceito de um NAeL são bem interessantes, e serão também abordados em nossa série especial sobre Navios-Aeródromos, que você pode conferir sua primeira parte clicando no link: "Navio-Aeródromo - Conheça as vantagens, desvantagens e a importância desse gigante dos mares em nossa nova série!"


GBN Defense - A informação começa aqui

2 comentários:

  1. Mais limitaria a USnavy a usar caças stol com suas limitações. Penso que a marinha americana vai precisa de um caça " superiodade aerea inquestionável como foi o f14 em seu trmpo" e não tá para operar uma coisa desta em um LPD

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    1. Mas o artigo não diz que serão abandonados os super porta-aviões, e sim complementados com Navios Aeródromos Leves, a Classe America esta sendo usada apenas como base de estudo, é provavel que adotem algo com deslocamento similar, mas com capacidades de operar outros meios aéreos, lembrem que o F/A-18 esta sendo homologado para Ski-Jump, será só para atender ao RFP da Índia?

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