Após quase 20 anos desde o recebimento do
último F-15 pela USAF, a Força Aérea dos Estados Unidos voltará a receber novos
exemplares do emblemático "Eagle". Apesar da USAF apostar em
aeronaves como F-35 e já ter dado inicio aos estudos visando o futuro da
aviação de combate com a 6ª geração, a mesma tem se voltado para aquisição
meios já consagrados, os quais em teoria deveriam ser substituídos pela dupla
de 5ª geração, F-22 Raptor e F-35 Lightning II, como é o caso dos caças F-15 e
F-16.
Recentemente publicamos a matéria "Novos F-16 para USAF?", que traz o interesse da USAF em adquirir novos caças F-16, afim de atender suas necessidades diante de uma revisão profunda em seus requisitos táticos e suas ambições de investir apenas em meios furtivos de 5ª geração, e agora com o sucesso nos testes de avaliação e validações do F-15EX, tudo aponta para uma postura mais conservadora, o que nos leva a concluir que os custos altos representados pelos modernos caças de 5ª geração comparados aos principais meios hoje em operação no mundo,, não justificam tamanho investimento, levando a se considerar manter um número "x" de aeronaves de 4G++, ao passo que se mantém uma capacidade ímpar e o domínio de tecnologias avançadas como a representada pela 5ª geração.
A
decolagem do novo exemplar do F-15EX que decolou das instalações da Boeing em
St. Louis, realizando seu primeiro voo de testes no último dia 2 de fevereiro,
o primeiro de uma nova "raça" de Eagles que deverão
em reve substituir as versões anteriores do lendário caça ainda em operação com
a USAF, o que deverá resultar num feito histórico e mais um importante record
para lista desta fantástica aeronave, que deverá se manter em operação por mais
de 80 anos após seu primeiro voo que ocorreu há 48 anos (27 de julho de 1972),
se tornando o caça mais antigo e a mais tempo em operação com a USAF.
A última aquisição um F-15 pelos EUA ocorreu em 2001, mas a
linha de produção do Eagle se manteve aberta graças ao interesse de países como
Israel, Catar, Arábia Saudita e Coréia do Sul, que realizaram ao longo deste
período compreendido entre 2001 e hoje, várias encomendas, as quais continuam
sendo realizadas. Diante do sucesso no mercado de exportação, e afim de
atender aos mais variados requisitos de seus clientes, a Boeing manteve ativo o
desenvolvimento da aeronave, introduzindo diversos aperfeiçoamentos e
atualizações com novos aviônicos e integrando novas armas ao leque de opções do
Eagle, o mantendo na vanguarda tecnológica para enfrentar os desafios do novo
século.
A previsão
é que os novos F-15EX substituam os 211 F-15C e 23 F-15D do inventário da USAF
que hoje operam como aeronaves de superioridade aérea. A idade média da atual frota de F-15C é de 36
anos, chegando ao fim de seu ciclo de vida operacional. Está planejada a aquisição de 144 F-15EX, com
possibilidade desse número chegar aos 200 exemplares. Isso poderia de fato
acontecer se o custo da hora/voo do F-35 não atingir a meta desejada de 25 mil
dólares até 2025.
Originalmente
a USAF planejava substituir todos seus F-15 pelos caças de 5ªG F-22 Raptor,
porém, os altos custos envolvidos, aliados ao cenário pós Guerra-Fria, levaram
o Pentágono a cancelar o "Programa Raptor" antes que a substituição
fosse concluída. Outra hipotética solução, seria a substituição dos
"Eagles" pelo F-35, mas se depararam com o mesmo problema
ocorrido com o F-22, o custo unitário do F-35 apesar de estar continuamente
caindo, ainda tem um custo operacional muito alto, na faixa de 44mil por
hora/voo. Só para efeito comparativo, a hora/voo do F-15EX esta na casa dos 29
mil dólares, aproximadamente 35% menor que o "Lightning II". Se
considerarmos a meta da USAF, que busca que
seus pilotos voem cerca de 200 horas por ano, isso representa uma cifra de 8,8
milhões por ano cada piloto, voando F-35, e
5,8 milhões no caso do F-15EX.
Além dos custos operacionais, o F-15EX se apresenta como um
caça de primeira linha, capaz de fazer frente aos rivais em operação no mundo
hoje, sendo capaz de carregar muito mais armas que o F-35. Por não ser uma
aeronave furtiva, o F-15 é capaz de levar muito mais combustível e armas em
suas estações de armas. A nova variante F-15EX equipado com os novos racks de mísseis
AMBER pode carregar até 22 mísseis ar-ar, contra apenas quatro do F-35.
Em termo de aviônica, o F-15EX conta com um novo computador
de missão, sistema de guerra eletrônica Eagle Passive/Active Warning and
Survivability System, novo radar AESA AN/APG-82 e um cockpit que adota a
tecnologia de tela plana.
O F-15EX deverá coexistir com o F-35, com as duas
aeronaves provavelmente trabalhando juntas, com o F-35 sendo capaz de localizar
alvos aéreos e se valendo de sua "discrição" vetorar os objetivos
para que o F-15 lance seus mísseis com maior êxito e sem se expor
demasiadamente.
A "Águia" deverá se manter na vanguarda e
garantindo ainda por muitos anos a superioridade aérea dos EUA pelas próximas
décadas.
GBN Defense - Informação começa aqui
com agências
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