Uma variante modificada do J-20 começou a ser produzida em série recentemente pela China, sendo a primeira aeronave de 5ª geração do gigante asiático, o mesmo deverá passar por muitos refinamentos até 2035, quando se completa o ciclo de desenvolvimento da aeronave, segundo informado.
Há muitas controvérsias em relação a nova aeronave chinesa, a qual vem sendo desenvolvida em curto espaço de tempo, utilizando informações e dados oriundos dos programas norte americanos, fruto de espionagem industrial e obtidas através de meios não convencionais e ilegais. O que leva o caça a ser encarado como uma "cópia" tecnológica, sendo apontado por alguns especialistas como uma cópia inferior das aeronaves norte americanas. Porém, temos que considerar que a tecnologia representa um enorme avanço em relação ao que há hoje no mercado, sendo capaz de superar os modernos vetores de 4ªG ++.
Comparado ao projeto do russo Su-57, a aeronave chinesa demonstra mais características stealth que a solução russa, o que em si, demonstra uma capacidade técnica que supera o desenvolvimento russo, mas, temos de ser cuidadosos em adotar qualquer afirmativa, uma vez que muito pouco sobre a aeronave foi disponibilizado até o momento.
Diferente das gerações anteriores de caças, onde a capacidade de manobra costumava ser um dos fatores decisivos na arena ar-ar, esse conceito tem sido demolido desde os meados dos anos 90, com o constante desenvolvimento e amadurecimento dos novos mísseis BVR e o alcance cada vez maior dos radares embarcados, permitindo obter uma solução de tiro muito antes até do oponente se dar conta que esta sendo "travado". somando as novas capacidades de EW, os caças de nova geração (5ªG) exigem não apenas um maior alcance de identificação de ameaças e solução de tiro, mas uma maior discrição e menor emissão, reduzindo as chances adversárias de identificá-lo e obter uma solução de tiro. As modernas aeronaves como o J-20 e o ocidental F-35, prometem resistência maior alcance, capacidade furtiva, maior carga de armas ar-ar e ar-superfície e fornecer ao piloto uma melhor fusão de dados, possibilitando a este uma visão situacional mais ampla e atualizada, de fácil acesso e com sistema seguro de comunicações e interface via link com os meios envolvidos no pacote.
Alguns especialistas concordam que as capacidades declaradas sobre o J-20 se assemelham com as descritas pelo F-35, incluindo a capacidade de integração e fusão de dados para o piloto.
O suposto sistema integrado ao J-20, possibilita a aeronave formar uma rede, desenhar imagens situacionais integradas em tempo real, criar várias rotas de ataque e transmitir informações da missão em tempo real.
As capacidades creditadas ao J-20 mostram que a semelhança com o F-35, vai além do seu design, o que corroborá com as denuncias de furto de informações do programa norte americano pelos chineses. No entanto, não apenas o J-20 se apresenta como um fruto deste avanço da "engenharia" chinesa, ao observarmos as fotos do J-31, outro projeto stealth em desenvolvimento pelos chineses, identificamos ainda mais semelhanças entre o F-35 e o caça multifuncional chinês.
Apesar dos inúmeros avanços incorporados pelo ambicioso projeto chinês, o mesmo apresenta como "calcanhar de Áquiles" a ausência de motores modernos, sendo o mesmo fator limitante do projeto russo. Mas, a ausência de um motor mais eficiente não representa um ponto crítico para o caça, superando as capacidades apresentadas pelos caças da geração anterior.
Uma característica distinta do J-20 inclui o uso de inteligência artificial, que representa um importante ganho, sendo um ativo essencial para auxiliar o piloto a processar as informações coletadas e a tomar decisões no complexo campo de batalha.
Ainda carecemos de muitas informações, muitas das quais dificilmente serão reveladas, porém, tendo em vista o empenho chinês nas últimas décadas e a clara percepção do desenvolvimento a partir dos bem sucedidos estudos norte americanos neste revolucionário campo, estamos certos de que o 'Mighty Dragon' será um formidável oponente na arena de combate aéreo deste novo século, primeiro por suas claras características stealth, segundo pela capacidade de fusão de dados e terceiro pelo sólido investimento no desenvolvimento de novas tecnologias e armamentos pela China, a qual busca claramente desenvolver a capacidade de enfrentamento com os mais modernos meios do ocidente.
por Angelo Nicolaci
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