O
Dassault-Breguet Super Étendard (“Étendard”
em francês significa “Bandeira de Batalha”) é uma aeronave de ataque, capaz de realizar missões ar-ar como papel secundário), desenvolvido para operar embarcado nos navios-aeródromos da Marine Nationale (Marinha Francesa).
A
aeronave é uma versão avançada do Étendard IVM, o qual substituiu. O Super
Étendard voou pela primeira vez em outubro de 1974 e entrou para o serviço
francês em junho de 1978. O Super Étendard participou em vários
conflitos, desde operações no Oriente Médio, a guerra do Kosovo, guerra no
Afeganistão e a mais recente intervenção militar na Líbia.
O
Super Étendard também foi operado temporariamente pelo Iraque e pela Argentina,
que a batizaram em combate real. O Super Étendard foi usado pelo Iraque para
atacar petroleiros e navios mercantes no Golfo Pérsico durante a Guerra Irã-Iraque.
O uso do Super Étendard empregando o míssil antinavio Exocet pela Argentina durante a
Guerra das Malvinas em 1982, levaram a aeronave e o míssil a se tornarem famosos mundialmente, sendo uma dupla letal. Na França, o Super Étendard deu lugar ao
Dassault Rafale em 2016.
DESENVOLVIMENTO
O
Super Étendard teve como ponto de partida o antigo Étendard IVM, desenvolvido
nos anos 50. O Étendard IVM deveria ter sido substituído por
uma versão navalizada do SEPECAT Jaguar, o qual seria designado como Jaguar M (Marine); no
entanto, o projeto Jaguar M foi paralisado por uma combinação de fatores políticos e técnicos, durante a fase de implantação nas operações embarcadas.
Especificamente, o Jaguar M tinha apresentado problemas de controle quando operado no modo monomotor, apresentando um baixo tempo de resposta das manetes de aceleração, o que dificultaria o pouso a bordo de um navio-aeródromo em caso de falha em um dos motores. Assim, no ano de 1973, todo o trabalho de desenvolvimento do Jaguar M foi formalmente cancelado pelo governo francês.
Especificamente, o Jaguar M tinha apresentado problemas de controle quando operado no modo monomotor, apresentando um baixo tempo de resposta das manetes de aceleração, o que dificultaria o pouso a bordo de um navio-aeródromo em caso de falha em um dos motores. Assim, no ano de 1973, todo o trabalho de desenvolvimento do Jaguar M foi formalmente cancelado pelo governo francês.
Haviam
vários aviões cotados para substituir o Jaguar M, estes incluíram o LTV A-7
Corsair II (uma versão do Vought Crusader usado pelos franceses) e o Douglas
A-4 Skyhawk. Diante desta lacuna aberta com cancelamento do Jaguar M, a Dassault iniciou conversações com governo francês, apresentando sua proposta para atender as necessidades da Marine Nationale.
Segundo alguns analistas internacionais, a Dassault teve um papel significativo no fracasso do Jaguar M, tendo como objetivo criar uma oportunidade para alavancar um novo contrato com governo francês, com sua aeronave proposta – o Super Étendard.
Segundo alguns analistas internacionais, a Dassault teve um papel significativo no fracasso do Jaguar M, tendo como objetivo criar uma oportunidade para alavancar um novo contrato com governo francês, com sua aeronave proposta – o Super Étendard.
O
Super Étendard era essencialmente uma versão melhorada do já existente Étendard
IVM, equipado com um motor mais potente, uma nova asa e aviônicos melhorados. A
Dassault vendeu seu avião como único candidato 100% francês e com custos
operacionais bem mais baixos que os concorrentes, já que usava tecnologia
moderna, testada e usada nos aviões da Dassault.
A proposta do Super Étendard foi aceita pela Marinha Francesa em 1973, levando a uma série de protótipos rapidamente construídos, com o primeiro dos três protótipos, um Étendard IVM que havia sido modificado, recebendo um novo motor e novos aviônicos, fez seu voo inaugural em 28 de outubro de 1974.
A intenção original da Marinha Francesa era encomendar um total de 100 Super Étendards, no entanto, as encomendas ficou em 60 aeronaves com opções para mais 20; cortes orçamentários adicionais e um aumento no preço unitário da aeronave acabaram levando a aquisição de apenas 71 Super Étendards, os quais começaram a ser entregues em junho de 1978.
A proposta do Super Étendard foi aceita pela Marinha Francesa em 1973, levando a uma série de protótipos rapidamente construídos, com o primeiro dos três protótipos, um Étendard IVM que havia sido modificado, recebendo um novo motor e novos aviônicos, fez seu voo inaugural em 28 de outubro de 1974.
A intenção original da Marinha Francesa era encomendar um total de 100 Super Étendards, no entanto, as encomendas ficou em 60 aeronaves com opções para mais 20; cortes orçamentários adicionais e um aumento no preço unitário da aeronave acabaram levando a aquisição de apenas 71 Super Étendards, os quais começaram a ser entregues em junho de 1978.
No
primeiro ano de produção, 15 células foram produzidas,
permitindo a formação do primeiro esquadrão já em 1979. A Dassault produziu a
aeronave a uma taxa aproximada de dois exemplares por mês. A Marinha argentina foi único
cliente de exportação, realizando um pedido de 14 aeronaves, destinadas a operar no seu único porta-aviões, o “ARA Vientecinco de Mayo”. Em 1983
a linha de produção da aeronave foi encerrada, com a última entrega à Marinha
Francesa ocorrendo ainda naquele ano.
DESIGN E CARACTERÍSTICAS
O
Super Étendard é um pequeno avião monomotor de asa média com estrutura toda em
metal. Tanto as asas quanto os estabilizadores horizontais tem uma grande
envergadura, com a ponta das asas dobráveis em 45 graus, enquanto a aeronave é
movida por um turbojato SNECMA Atar 8K-50 sem pós-combustão, gerando 49 kN
(11.025 lbf) de potência. Seu desempenho não foi muito melhor do que o Étendard
IV oferecia, mas seus sensores foram significativamente melhorados.
A
principal arma do Super Étendard é poderoso míssil ar-superfície francês, o Aérospatiale
(hoje MDBA) AM39 Exocet. Conta com radar Thomson-CSF Agave, que entre
outras funções, era essencial para lançar o Exocet.
Um dos principais avanços técnicos do Super Étendard era o computador central UAT-40, responsável por gerenciar a maioria dos sistemas críticos de missão, integrando dados e funções de navegação, informações e exibição de radar, direcionamento e controle de armas.
Um dos principais avanços técnicos do Super Étendard era o computador central UAT-40, responsável por gerenciar a maioria dos sistemas críticos de missão, integrando dados e funções de navegação, informações e exibição de radar, direcionamento e controle de armas.
Um Super Étendard da Aviação Naval Argentina equipado com o míssil antinavio Exocet. (Reprodução Internet) |
Na
década de 1990, modificações significativas e atualizações foram feitas na aeronave, incluindo um computador atualizado UAT-90 e um novo radar, o Thomson-CSF
Anemone, que forneceu quase o dobro do alcance do radar anterior.
Outras atualizações incluíram um cockpit extensivamente redesenhado com controles HOTAS, e trabalho de extensão de vida da célula, com total de 48 aeronaves incorporando essas melhorias. Tal programa de modernização levou a redesignar tais aeronaves como Super Étendard Modernisé (SEM).
Durante a década de 2000, outras melhorias incluíram uma capacidade de contramedidas eletrônicas (ECM) de autodefesa significativamente melhorada para evitar detecção e ataques inimigos, o cockpit foi compatibilizado com emprego de óculos de visão noturna (OVN), um novo sistema de dados inercial integrando GPS e a integraçáo com o pod de designação laser Damocles.
Outras atualizações incluíram um cockpit extensivamente redesenhado com controles HOTAS, e trabalho de extensão de vida da célula, com total de 48 aeronaves incorporando essas melhorias. Tal programa de modernização levou a redesignar tais aeronaves como Super Étendard Modernisé (SEM).
Durante a década de 2000, outras melhorias incluíram uma capacidade de contramedidas eletrônicas (ECM) de autodefesa significativamente melhorada para evitar detecção e ataques inimigos, o cockpit foi compatibilizado com emprego de óculos de visão noturna (OVN), um novo sistema de dados inercial integrando GPS e a integraçáo com o pod de designação laser Damocles.
O
Super Étendard também desde o início tinha capacidade de lançar armas nucleares táticas;
inicialmente eram bombas gravitacionais não guiadas, no entanto, durante os
anos 90 o Super Étendard foi extensivamente atualizado, permitindo a implantação
da capacidade de lançar o míssil ramjet nuclear Air-Sol Moyenne Portée (ASMP).
A aeronave recebeu aperfeiçoamentos tornando capaz de empregar uma série de bombas
guiadas a laser e, para permitir que o tipo substituísse o aposentado Étendard
IV na missão de reconhecimento, o Super Étendard também foi equipado com um
casulo de reconhecimento especializado. No entanto, a aeronave é incapaz de
realizar pousos navais sem descartar armamento não utilizados.
USO OPERACIONAL
Argentina
Um Super Étendard argentino pousando no Porta-Aviões USS Ronald Reagan da Marinha dos EUA (US Navy) durante exercício. (Reprodução Wikipedia) |
O
Comando da Aviação Naval Argentina (COAN) decidiu comprar 14 Super-Étendards em
1979, depois que os Estados Unidos impuseram um embargo de armas devido à "Guerra Suja", se recusando a fornecer peças de reposição para os Douglas A-4Q
Skyhawks.
Entre agosto e novembro de 1981, cinco aeronaves e cinco mísseis MAS AM39 Exocet foram enviados para a Argentina. Os Super Étendards, armados com os Exocet, teriam um papel fundamental na Guerra das Malvinas, travada entre Argentina e Reino Unido nos idos de 1982.
O 2º Esquadrão Naval estava situado na base de Río Grande, a cerca de 800 km das ilhas. Durante o conflito, a ameaça imposta às forças navais britânicas levou ao planejamento da "Operação Mikado", dentre outras missões de infiltração propostas para invadir a base aérea, com o objetivo de destruir os Super Étendards impedindo seu emprego contra os ingleses.
Um total de quatro Super-Étendards estavam operacionais durante o conflito (um foi canibalizado para manter as outras unidades voando)
Entre agosto e novembro de 1981, cinco aeronaves e cinco mísseis MAS AM39 Exocet foram enviados para a Argentina. Os Super Étendards, armados com os Exocet, teriam um papel fundamental na Guerra das Malvinas, travada entre Argentina e Reino Unido nos idos de 1982.
O 2º Esquadrão Naval estava situado na base de Río Grande, a cerca de 800 km das ilhas. Durante o conflito, a ameaça imposta às forças navais britânicas levou ao planejamento da "Operação Mikado", dentre outras missões de infiltração propostas para invadir a base aérea, com o objetivo de destruir os Super Étendards impedindo seu emprego contra os ingleses.
Um total de quatro Super-Étendards estavam operacionais durante o conflito (um foi canibalizado para manter as outras unidades voando)
Uma
primeira tentativa de atacar a frota britânica foi realizada em 2 de maio de
1982, mas foi abandonada devido a problemas no reabastecimento em voo. Mas, no dia 4 de maio, dois Super Étendards, vetorados por um Lockheed SP-2H Neptune,
lançaram um ataque com missil Exocet contra o destróier britânico HMS Sheffield, que fazia piquete-radar
protegendo a Força-Tarefa Britânica, resultando num incêndio que tirou o navio de combate, posteriormente o
Sheffield afundou em 10 de maio.
No dia 25 de maio (data magna da Argentina), outro ataque lançado por um elemento composto por dois Super Étendards, resultou no navio mercante Atlantic Conveyor, que transportava helicópteros e vários outros suprimentos para a linha de frente, sendo atingido por dois Exocet. Curiosamente, os mísseis que atingiram o Atlantic Conveyor, foram inadvertidamente redirecionados pelas medidas defensivas lançadas pelos navios ingleses para o mercante. Após o ataque o Atlantic Conveyor pegou fogo e acabou indo a pique.
No dia 25 de maio (data magna da Argentina), outro ataque lançado por um elemento composto por dois Super Étendards, resultou no navio mercante Atlantic Conveyor, que transportava helicópteros e vários outros suprimentos para a linha de frente, sendo atingido por dois Exocet. Curiosamente, os mísseis que atingiram o Atlantic Conveyor, foram inadvertidamente redirecionados pelas medidas defensivas lançadas pelos navios ingleses para o mercante. Após o ataque o Atlantic Conveyor pegou fogo e acabou indo a pique.
Dois
anos após o fim do conflito, em 1984 a Argentina conseguiu completar a entrega
dos 14 Super Étendards encomendados, bem como os Exocet. Os Super-Étendards operaram
no porta-aviões ARA Vientecinco de Mayo até sua aposentadoria nos
anos 90.
Após o descomissionamento do seu NAe, os pilotos argentinos em 1993, passaram a praticar a bordo do NAeL Minas Gerais pertencente a Marinha do Brasil, posteriormente realizaram exercicios a bordo do NAe São Paulo. Os exercícios de pouso “touch-and-go” também eram comuns em porta-aviões da US Navy durante manobras “Gringo-Gaúchas” e exercícios conjuntos.
Após o descomissionamento do seu NAe, os pilotos argentinos em 1993, passaram a praticar a bordo do NAeL Minas Gerais pertencente a Marinha do Brasil, posteriormente realizaram exercicios a bordo do NAe São Paulo. Os exercícios de pouso “touch-and-go” também eram comuns em porta-aviões da US Navy durante manobras “Gringo-Gaúchas” e exercícios conjuntos.
Em
2009, um acordo foi assinado entre a Argentina e a França para atualizar a
frota de Super Étendards da Argentina. Uma proposta anterior para adquirir antigas
aeronaves da França foi rejeitada devido aos altos níveis de horas de voo
acumuladas; em vez disso, o equipamento e o hardware seriam removidos das
células francesas e instaladas em aeronaves argentinas, atualizando-as
efetivamente para o padrão Super Étendard Modernisé (SEM). Esse acordo acabou
sendo adiado, devido a questões políticas e econômicas. Devido a esse atraso e
a crise da Argentina, a frota de Super Étendard acabou sendo paralisada no
início da década de 2010.
Em
2017, cinco Super Étendard Modernisé, recém-desativados, foram comprados junto a
França por 12,5 milhões de Euros, visando reforçar a frota, juntamente
com um simulador, oito motores sobressalentes e um grande lote de peças de
reposição e ferramentas. No entanto, não estava claro se a Argentina vai
colocar em operação as cinco aeronaves recém-compradas usadas ou usar como
reserva de peças sobressalentes para células antigas.
Reprodução do vídeo da Aviação Naval Argentina que mostra um Super Éterndard Modernisé (SEM) ex-Marinha Francesa em testes de motor. (Reprodução: Poder Naval) |
No
dia 14 de maio de 2020 foi noticiado que um dos cinco SEM comprados pela
Argentina realizou testes de motor. A aeronave mostrada era a ex-Marine Nationale “44”, que já estava com aa marcações da Aviação Naval Argentina, indicando
que a mesma, provavelmente junto com as outras adquiridas da França, se juntarão
à “2ª Esquadrilha Aeronaval de Caça e Ataque”, que foi recentemente reativada.
França
Um Super Étendard Modernisé da Marinha Francesa prestes a pousar no. Porta-Aviões Charles de Gaulle. |
As
entregas do Super Étendard para a Marinha Francesa começaram em 1978, com o
primeiro esquadrão, Flottille 11F, a
tornar-se operacional em fevereiro de 1979. Como não ofereciam capacidade de
combate aéreo, a França teve de prolongar a vida útil dos seus veteranos caças
Vought F-8 Crusader, pois não foi encontrada nenhuma opção de substituição que
satisfizesse a Marinha Francesa. Os EUA ofereceram um lote do então novo caça naval
McDonnell Douglas F/A-18 Hornet, mas os franceses recusaram.
No
total, três esquadrões operacionais e uma unidade de treinamento foram
equipados com o Super Étendard. Os Super-Étendards operariam a partir de ambos
os porta-aviões da França naquela época, Clemenceau e Foch; uma ala aérea de
combate embarcada normalmente compreendia 16 Super-Étendards, 10 F-8 Crusaders,
3 Étendard IVPs, 7 aeronaves antissubmarinas Breguet Alizé, além de numerosos
helicópteros.
As
primeiras missões operacionais de combate ocorreram no Líbano durante a “Operação
Olifant”. Em 22 de setembro de 1983, Super Étendards operando a partir do
porta-aviões Foch bombardeou e destruiu as posições das forças sírias depois
que algumas salvas de artilharia foram disparadas contra as forças de paz
francesas. Em 10 de novembro, um Super Étendard escapou de ser atingido por um
míssil sírio lançado no ombro da SA-7 perto de Bourj el-Barajneh. Em 17 de novembro
de 1983, os mesmos aviões atacaram e destruíram um campo de treinamento islâmico,
como retaliação ao ataque terrorista aos paraquedistas franceses em Beirute.
A
partir de 1991, a aeronave de ataque Étendard IVM foi retirada do serviço
francês, embora a versão de reconhecimento do Étendard IV, o IVP, permanecesse
em serviço até julho de 2000. Em resposta, os Super Étendards passaram por uma
série de atualizações nos anos 90 para adicionar novos recursos e atualizar os
sistemas existentes para uso no moderno campo de batalha. O agora Super
Étendard Modernisé (SEM) teve as primeiras missões de combate ocorridas durante
as operações da Força Aliada da OTAN sobre a Sérvia em 1999; foi relatado que
mais de 400 missões de combate foram realizadas com 73% dos objetivos
atribuídos destruídos.
O
SEM também voou missões de ataque na Operação Enduring Freedom. A Missão
Héraclès, a partir de 21 de novembro de 2001, viu o desdobramento do
porta-aviões Charles de Gaulle e seus Super-Étendards no Afeganistão. A Operação
Anaconda, a partir de 2 de março de 2002, fez uso extensivo do Super Étendard
em apoio às tropas terrestres francesas e aliadas. Os Super Étendards
retornaram às operações no Afeganistão em 2004, 2006, 2007, 2008 e 2010–2011.
Um de seus principais papéis era levar pods de designação a laser para iluminar
os alvos do Dassault Rafale M.
Em
março de 2011, os SEM foram destacados como parte da Força-Tarefa 473, durante
a “Opération Harmattan” da França, em apoio à resolução 1973 da ONU durante o
conflito na Líbia. Eles foram pareados novamente com o Dassault Rafale em
missões de interdição. Os últimos SEM da aviação naval francesa estavam reunidos
em um “flottille” (esquadrão) chamado flottille
17F. Todos os Super Étendards foram aposentados do serviço francês em 12 de
julho de 2016 para serem substituídos pelo Dassault Rafale M, 42 anos depois
que o jato de ataque subsônico realizou seu primeiro voo. O último destacamento
operacional do Super Étendard de Charles de Gaulle foi em apoio à “Opération
Chammal” contra militantes do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, que
começaram no final de 2015. Em 16 de março de 2016, a aeronave realizou seu
lançamento final de Charles de Gaulle antes de sua retirada final do serviço em
julho.
Iraque
Representação de um Super Étendard que operou no Iraque na década de 1980. Eles não receberam marcas da Força Aérea Iraquiana. |
Um
total de cinco Super Étendards foram emprestados ao Iraque em 1983, enquanto o
país aguardava as entregas do Dassault Mirage F1, equipados com o radar Agave.
A primeira dessas aeronaves chegou ao Iraque em 8 de outubro de 1983. A cessão dos Super Étendards ao Iraque foi politicamente controversa, pois Estados Unidos e o rival Irã manifestaram sua oposição, enquanto a Arábia Saudita apoiou o empréstimo; a aeronave era vista como um fator de influência na guerra Irã-Iraque entre 1980 e 1988, pois eles poderiam lançar ataques com Exocet contra os navios mercantes iranianos que atravessavam o Golfo Pérsico.
Os Super Étendards iniciaram operações marítimas no Golfo Pérsico em março de 1984; um total de 34 ataques foram realizados em navios iranianos durante o resto de 1984. Navios-tanque de qualquer nacionalidade que transportassem petróleo bruto iraniano também estavam sujeitos a ataques iraquianos.
A primeira dessas aeronaves chegou ao Iraque em 8 de outubro de 1983. A cessão dos Super Étendards ao Iraque foi politicamente controversa, pois Estados Unidos e o rival Irã manifestaram sua oposição, enquanto a Arábia Saudita apoiou o empréstimo; a aeronave era vista como um fator de influência na guerra Irã-Iraque entre 1980 e 1988, pois eles poderiam lançar ataques com Exocet contra os navios mercantes iranianos que atravessavam o Golfo Pérsico.
Os Super Étendards iniciaram operações marítimas no Golfo Pérsico em março de 1984; um total de 34 ataques foram realizados em navios iranianos durante o resto de 1984. Navios-tanque de qualquer nacionalidade que transportassem petróleo bruto iraniano também estavam sujeitos a ataques iraquianos.
O
Iraque tipicamente operava os Super Étendards em pares, escoltados por caças
Mirage F1 de bases no sul do Iraque; uma vez dentro da zona de missão, os Super
Étendards procurariam por alvos usando seu radar a bordo e atacariam navios-tanques
suspeitos a longa distância sem identificação visual. Enquanto os petroleiros
normalmente seriam atingidos por um Exocet lançado, eles geralmente eram
levemente danificados. Em abril de 1984, um McDonnell Douglas F-4 Phantom II iraniano
relatou ter abatido um Super Étendard iraquiano na ilha de Kharg. Separadamente,
em 26 de julho e 7 de agosto de 1984, as alegações de perdas de Super Étendards
para os Grumman F-14 Tomcats iranianos foram divulgadas. O Irã afirmou que um
total de três Super Étendards foram abatidos por interceptadores iranianos, mas
os franceses afirmaram que quatro dos cinco aviões arrendados foram devolvidos
à França em 1985.
OPERADORES
Argentina
A
Marinha Argentina recebeu originalmente 14 aeronaves, das quais nenhuma está
atualmente em operação. Mais cinco aeronaves da Marinha Francesa foram
adquiridas para treinamento e/ou peças sobressalentes em 2017. Em 2020 foi verificado que as aeronaves ex-Marinha Francesa podem operar.
França
A
Marinha Francesa recebeu 71 aeronaves. Foram retiradas do serviço ativo em 12
de julho de 2016.
Iraque
A
Força Aérea Iraquiana recebeu cinco aeronaves emprestadas entre 1983 e 1985; um
foi perdida durante a guerra Irã-Iraque, o restante retornou à França em 1985.
ESPECIFICAÇÕES
Características Gerais
Tripulação:
1 piloto
Comprimento:
14,31 m (45 pés 11½ in)
Envergadura:
9,60 m (31 pés e 6 pol)
Altura:
3,86 m (12 pés e 8 pol)
Área
das asas: 28,4 m² (306,7 pés²)
Peso
vazio: 6.500 kg (14.330 lb)
Max.
peso de decolagem: 12.000 kg (26.455 lb)
Powerplant: 1 ×
Snecma Atar 8K-50 turbojato, 49,0 kN (11,025 lbf)
Desempenho
Velocidade
máxima: 1205 km/ h (651 nós, 749 mph)
Alcance
máximo: 1,820 km (983 nmi, 1.130 mi)
Raio
de combate: 850 km (460 nmi, 530 mi) com um míssil AM 39 Exocet, num pilone numa
asa e um tanque alijável num pilone na outra asa, perfil hi-lo-hi (alto-baixo-alto).
Teto
de serviço: 13.700 m (44.900 pés)
Taxa
de subida: 100 m/s (19.700 pés/min)
Carregamento
de asa: 423 kg/m² (86,3 lb/ft²)
Relação empuxo/peso:
0,42
Armamento
Armas:
2 × 30 mm (1.18 in) DEFA 552 canhões com 125 voltas por arma
Pilones:
4 × sob as asas e 2 × sob a fuselagem com uma capacidade de 2.100 kg (4.600 lb)
no máximo
Foguetes:
4 × foguetes Matra com foguetes 18 × SNEB 68 mm cada
Mísseis:
1
× AM 39 Exocet Míssil antinavio, ou
1 × míssil ramjet
nuclear Air-Sol Moyenne Portée (ASMP), ou
2
× AS-30L, ou
2
× Matra Magic 2 míssil ar-ar
Bombas:
bombas convencionais não guiadas ou guiadas por laser, capacidade de uso de bomba
nuclear de queda livre 1 × AN-52, capacidade de reabastecimento de ar através
do sistema “buddy-buddy”.
FOTO DE CAPA: Um SEM decolando do Charles de Gaulle. (Foto: Marinha Francesa)
Com informações retiradas da Wikipedia.
______________________________
Por Luiz Reis, Professor de História da Rede Oficial de Ensino do Estado do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza, Historiador Militar, entusiasta da Aviação Civil e Militar, fotógrafo amador. Brasiliense com alma paulista, reside em Fortaleza-CE. Luiz colaborou com o Canal Arte da Guerra e o Blog Velho General e atua esporadicamente nos blogs da Trilogia Forças de Defesa, também fazendo parte da equipe de articulistas do GBN Defense. Presta consultoria sobre História da Aviação, Aviação Militar e Comercial. Contato: [email protected]
GBN Defense – A informação começa aqui
super etender M para a marinha do Brasil
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