A Força Aérea Indiana (IAF) possui um
respeitável inventário, operando sete diferentes aeronaves de combate, um
verdadeiro desafio logístico, principalmente se levarmos em consideração que as
aeronaves são oriundas de fornecedores distintos de várias partes do mundo e
com doutrinas e conceitos operacionais e de manutenção completamente diferentes
um do outro, operando tipos de origem russa e europeia.
Seu inventário apresenta aeronaves como o Mirage
2000, Sukhoi Su-30MKI, Mikoyan-Gurevich MIG-21, que protagonizaram em 2019 uma
escaramuça com os paquistaneses, além do Mikoyan-Gurevich MiG-29, LCA Tejas e
SEPECAT Jaguar. Estas seis aeronaves atualmente constam no serviço ativo, devendo
em breve se somar a elas os primeiros caças Rafale adquiridos pelos indianos.
Ao todo a IAF possui um impressionante número que beiras as 900 aeronaves de
combate, representando mais que a metade de todas aeronaves operadas pelas
forças armadas do país asiático, o qual possui um total de 1720 aeronaves no
inventário.
Os
caças Sukhoi Su-30MKI de origem russa são a espinha dorsal da IAF, que conta
com 272 exemplares biposto desta formidável aeronave multirole. Dentre os
Su-30MKI, alguns exemplares foram modificados para empregar o míssil de
cruzeiro supersônicos BrahMos em sua variante lançada por plataforma aérea.
A
indústria indiana esta bem representada com desenvolvimento local LCA Tejas, o
caça supersônico desenvolvido no país, que entrou em serviço em 2016, com a variante mais avançada
e recente deste caça, o LCA Tejas MK.1, próximo de receber a certificação Final
Operational Clearance (FOC).
O
LCA Tejas é fruto do programa de desenvolvimento que tem por objetivo substituir
os vetustos caças MiG-21 “Bison”. Resultado do esforço conjunto da Agência
de Desenvolvimento Aeronáutico (ADA) e a Hindustan Aeronautics Limited (HAL), com
os primeiros exemplares de produção entregues ao 45º Squadron 'Flying Daggers',
atualmente baseados em Sulur, enquanto os exemplares da variante Mk.1 foram
introduzidos recentemente ao 18º Squadron 'Flying Bullets'.
Apesar
de promissor, o desenvolvimento do Tejas segue a passos lentos, mesmo tendo
realizado seu primeiro voo há 19 anos (4 de janeiro de 2001), o primeiro
exemplar só foi entregue a IAF em 2011, operando hoje com cerca de 20 aeronaves
divididos em dois esquadrões, quando a previsão inicial era contar com 40
exemplares da versão inicial. Mas apesar de tudo, o programa ganhou fôlego com
a variante avançada MK.1A, a qual já está sendo operada pela IAF e está nos planos a aquisição de 83 exemplares no
primeiro contrato, o que representa um grande impulso para o desenvolvimento desta
aeronave que é projetada, desenvolvida e fabricada de forma independente, com a
participação de vários fornecedores locais, além da HAL.
O
veterano MIG-21 “Bison”, cuja primeira versão entrou em operação com a IAF nos
idos de 1964, por muitas décadas foi a espinha dorsal de sua força aérea, sendo
o caça mais potente da Índia por muitos anos. Tido como uma aeronave simples,
robusta, fácil de manutenir e com capacidades ímpares, apontado como um vetor
ágil e moderno em seu tempo.
Apesar de suas características, o MIG-21”Bison”
chegou ao seu limite, diante dos avanços tecnológicos que incorporam aeronaves
de nova geração, as quais contam com radares, aviônicos e armamentos cada vez
mais capazes, o “Bison” já vislumbra sua aposentadoria se aproximando no
horizonte.
Os indianos alegam que exemplar deste caça
monomotor teria conseguido abater um exemplar do avançado F-16 pertencente a
Força Aérea Paquistanesa durante a escaramuça ocorrida em 27 de fevereiro de
2019, episódio relatado no artigo publicado aqui no GBN Defense de autoria do
articulista Everton Pedroza ("Fúria sobre Balakhot", o combate aéreo entre Índia e Paquistão).
A IAF conta com 57 aeronaves Mirage 2000, os
quais possuem grande versatilidade e tem sido bastante empregados em missões de
bombardeio, como o realizado contra os campos terroristas de Jaish-e-Mohammad
na região da Caxemira sob controle do Paquistão em 26 de fevereiro de 2019. O
Mirage 2000 é uma das plataformas de combate mais versáteis do inventário da
IAF, capaz de empregar armas guiadas com precisão, atingindo alvos em
profundidade no território inimigo.
Atuando
como caça de superioridade aérea, a IAF possui 69 exemplares do caça bimotor russo
MiG-29, os quais passaram por um programa de atualização para aumentar suas
capacidades de combate.
O
SEPECAT Jaguar possui um papel de destaque na capacidade de ataque da IAF, com
139 aeronaves do tipo, cabe ao “Jaguar” cumprir missões de ataque e penetração em
profundidade no território inimigo, assim como os Mirage 2000.
Em
breve a IAF irá poder contar com dois esquadrões equipados com os modernos
Dassault Rafale franceses, fruto do contrato de aquisição dos 36 exemplares do
caça, previsto para pousar na Índia ainda este ano, com as
primeiras aeronaves sendo operadas pelo 17º Squadron “Golden Arrow” e
posteriormente o 101º Squadron. A Índia tem há algum tempo um grupo de pilotos,
engenheiros e técnicos da IAF recebendo treinamento na França.
Mas apesar deste já impressionante
inventário, a Índia está promovendo um novo programa para definir a aquisição de um novo caça, o qual deverá de fato substituir os vetustos MIG-21, este contrato
deverá resultar na aquisição superior a uma centena da aeronave vencedora.
GBN Defense – A informação começa aqui.
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