quinta-feira, 11 de junho de 2020

11 de Junho - 155 anos da Vitória na Batalha do Riachuelo: Conheça nossa história

Há 155 anos, ás margens do arroio Riachuelo, um afluente do Rio Paraguai na província de Corrientes na Argentina, no dia 11 de junho de 1865, um Herói brasileiro escreveu uma das mais gloriosas páginas da nossa história, marcando a Data Magna da Marinha do Brasil, onde passamos a celebrar nossa vitória na "Batalha do Riachuelo", um grande feito de nosso "Velho Marinheiro", Almirante Joaquim Marques Lisboa, conhecido "Almirante Tamandaré", que comandou com maestria as Forças Navais Brasileiras naquele confronto, considerada uma das mais importantes vitórias do Brasil no conflito com nosso vizinho Paraguai, guerra que durou de 1864-1870. 

Hoje, após 155 anos dessa grande vitória de nossa pátria, nós brasileiros com muito orgulho celebramos a vitória na "Batalha Naval do Riachuelo", especialmente em nossa Marinha do Brasil, a qual tem como Data Magna este importante momento de nossa história, a qual infelizmente não tem sua importância e heroísmo envolvidos naquele dia em que brasileiros conquistaram uma importante vitória, devidamente divulgado em nossas escolas ou por nossas mídias 

Em face deste importante dia de nossa história, o GBN Defense rende uma justa homenagem aos nossos heróis da "Batalha do Riachuelo", e rende a nossa briosa Marinha do Brasil e a todos homens e mulheres que compõe nossa Força Naval, um Bravo Zulu pelos excelentes serviços prestados a nossa nação, sempre presentes na defesa de nosso povo diante de qualquer ameaça que se erga contra nós. 

Hoje nossa nação enfrenta uma batalha contra um inimigo invisível, a pandemia do Covid-19, que trouxe enormes desafios, envolvendo um esforço conjunto que alia nossos cientistas, profissionais de saúde e militares de nossas três Forças, no combate a esse vil inimigo, que demanda de nós uma nova resposta a ameaça real e imediata que este vírus representa a nosso povo e a nossa economia. 

Estes que considero heróis desta pátria, ontem, hoje e sempre, arriscam diariamente suas vidas, promovendo ações de combate, quer seja através de ações de desinfecção de ambientes, quer seja distribuindo víveres e medicamentos aos mais necessitados. Nossa Força Naval continua firme, honrando sua história de luta e vitórias, e nós do GBN Defense damos um Viva á Invicta Marinha de Tamandaré!

Afim de manter viva a memória dos feitos de nossos heróis naquele 11 de junho de 1865, reproduzimos abaixo nosso elogiado artigo sobre essa grande vitória. Como diz nosso hino nacional: "Paz no futuro e Glória no passado", então, recordemos nossos dias de glória, e transmitamos aos nossos filhos e netos, como motivo de orgulho em sermos brasileiros:


A Batalha do Riachuelo

O Paraguai não tinha uma saída direta para o mar, uma vez que a bacia estava em mãos da Argentina e do Uruguai, este último em constante disputa entre os interesses da República Argentina e do Império do Brasil. Por essa razão, as fortificações mais importantes do Paraguai tinham sido erguidas nas margens do baixo curso do rio Paraguai.

No início do conflito, as tropas paraguaias já haviam ocupado áreas da então Província do Mato Grosso (atual Estado do Mato Grosso do Sul), no Império do Brasil, e da República da Argentina. Se vencessem a batalha do Riachuelo, poderiam navegar livremente pelo rio Paraguai, descer o rio Paraná, conquistar Montevidéu no Uruguai e de lá ocupar a então Província do Rio Grande do Sul. Formando o sonhado Grande Paraguai, que se abriria ao comércio atlântico com as demais nações.

Coube ao então Almirante Joaquim Marques Lisboa, conhecido "Almirante Tamandaré", o comando das Forças Navais do Brasil em Operações de Guerra contra o Governo do Paraguai. A Marinha do Brasil representava praticamente a totalidade do Poder Naval presente no teatro de operações. O Comando-Geral dos Exércitos Aliados era exercido pelo Presidente da República da Argentina, General Bartolomeu Mitre. As Forças Navais do Brasil não estavam subordinadas a ele, de acordo com o Tratado da Tríplice Aliança. A estratégia naval adotada pelos aliados foi o bloqueio. Os rios Paraná e Paraguai eram as artérias de comunicação com o Paraguai. As Forças Navais do Brasil foram organizadas em três Divisões: Uma permaneceu no Rio da Prata e as outras duas subiram o Rio Paraná para efetivar o bloqueio.
Com o avanço das tropas paraguaias ao longo da margem esquerda do Paraná, na Província de Corrientes, Tamandaré resolveu designar seu Chefe do Estado-Maior o Chefe-de-Divisão (posto que correspondia a comodoro, ou almirante de uma estrela em outras Marinhas) Francisco Manuel Barroso da Silva, "Almirante Barroso", para comandar a força naval que estava rio acima. Barroso partiu de Montevidéu em 28 de abril de 1865, na Fragata Amazonas, e se juntou à força naval em Bela Vista. A primeira missão de Barroso foi um ataque à cidade de Corrientes, que estava ocupada pelos paraguaios. O desembarque ocorreu, com bom êxito, em 25 de maio. Não era possível manter a posse dessa cidade na retaguarda das tropas invasoras e foi preciso, logo depois, evacuá-la, mas o ataque deteve o avanço paraguaio para o sul, ao longo do Rio Paraná. Ficou evidente que a presença da força naval brasileira deixaria o flanco dos invasores sempre muito vulnerável. Era necessário destruí-la, e isso motivou Solano López a planejar a ação que levaria à Batalha Naval do Riachuelo.

Na manhã de 11 de junho de 1865, domingo da Santíssima Trindade, por volta das 8:30. após ter sido arriado o sinal de rancho, preparam-se as toldas do Amazonas e do Jequitinhonha para a celebração da Missa. Perto das 9:00. a canhoneira Mearim, navio de vanguarda e de prontidão avançada, iça o sinal de Inimigo à vista, e logo após outro sinal: os navios avistados são em número de oito.. Barroso, a bordo da Fragata Amazonas, faz o primeiro sinal Preparar para o combate e depois Safa geralDespertar os fogos das máquinas e a seguir: "Suspender ou largar amarras por arinques e boias, ou até por mão, como melhor convier".

A primeira carga

Às 9:25, a esquadra brasileira está na formação em escarpa voltada águas acima. Barroso iça o sinal O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever, seguido de outro, com instruções de combate: Atacar e destruir o inimigo o mais de perto que puder. Os paraguaios descem o rio, perfilham-se com a esquadra brasileira, trocam-se tiros, duas chatas paraguaias são afundadas, um terceira avariada e o Jejuí também é atingido e seriamente avariado e vai abrigar-se na beira do Riachuelo para reparos. A esquadra paraguaia desce o rio faz a volta um pouco abaixo do Riachuelo, torna águas acima e encosta-se na curva do Riachuelo a jusante das suas baterias de terra, as chatas são fundeadas e preparadas, aguardam a resposta brasileira. Descendo a frota paraguaia se estira ao longo e perto da margem esquerda do Paraná, entre a boca do Riachuelo e a saliência do Rincão de La Graña, a jusante dos 22 canhões inimigos assestados em terra.

A segunda carga


Às 10:50 - A esquadra brasileira começa a se mover águas abaixo na direção dos paraguaios, a "Amazonas" repete o sinal para Atacar e destruir o inimigo o mais perto que puder. A Corveta "Belmonte" vai a frente e abre fogo às 11:20, sofre com o fogo combinado dos navios e das baterias de terra, é fortemente fustigada, a água lhe invade o porão. Comunica à capitânea que as bombas não dão vazão e faz contramarcha, dirige-se ao banco mais próximo, na ilha Cabral e aí encalha para não ir a pique e se recuperar.
11:25 - A Amazonas investe na vanguarda e abre fogo contra as baterias inimigas e recebe a resposta a bala e metralha. Segue-lhe a Beberibe às 11:40. abre fogo, seguem-lhe a Mearim pelo canal e a Araguari, esta repele uma tentativa de abordagem dos inimigos Taquari, Marquês de Olinda e Paraguari. Às 11:50 A Ipiranga investe pelo canal trocando tiros com a linha inimiga e consegue atravessar. Às 12:10 a esquadra brasileira concluíra a primeira passagem águas abaixo.

De 12:05 às 13:00. A Jequitinhonha, segundo maior navio da esquadra do Brasil, encalha antes de passar pelo canal, a pouca distância das baterias de terra do Cel. Bruguez, é atacada com vigor pela artilharia das barrancas e responde a altura com os canhões de bombordo, mas não pode mover-se, ainda assim consegue repelir a tentativa paraguaia de abordagem simultânea pela Taquari, do Marques de Olinda'' e da Paraguari. A Parnaíba deixa a formação e vai águas acima em socorro da Jequitinhonha, bate o leme num banco e depois é atingida no leme, o comandante tenta governá-la só com as velas, mas vêm em sua direção o vapor Paraguari pela proa, o Taquari por bombordo e o Salto por estibordo. A situação da esquadra brasileira nesta hora é crítica: A Belmonte e a Jequitinhonha encalhadas fora de combate e a Parnaíba sofre a abordagem e a bandeira brasileira no navio é arriada.
Deu-se voz de preparar para abordagem, o comandante mandou tocar a máquina a toda força e foi sobre o Paraguari, este abriu-se quase ao meio, viu-se perdido e só teve tempo de buscar a praia e a tripulação o abandonou. No entanto a capitânea Taquari, o Salto e logo depois pela popa o Marques de Olinda realizaram a abordagem. Os paraguaios em luta corpo a corpo tomam o navio desde a pôpa até o mastro grande, nesta luta sobressaem do lado dos brasileiros o Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh, o Imperial Marinheiro Marcílio Dias, o Capitão do 9º Batalhão de Infantaria Pedro Afonso Ferreira e o Tenente do mesmo batalhão Feliciano Inácio Andrade Maia mortos na defesa da embarcação e da bandeira. A bandeira brasileira é arriada pelos paraguaios. São 575 os atacantes e 263 os defensores. O comandante da Parnaíba dá ordens de incendiar o paiol de pólvora para que a embarcação não caia em mãos do inimigo. A luta dura uma hora, a esquadra brasileira, a Araguari e a Beberibe fazem águas acima e vêm em seu socorro, neste momento os navios paraguaios abandonam o costado da Parnaíba.

A terceira carga


Jejuí vai a pique

14:00. A batalha está na fase mais crítica e indecisa. A Amazonas tendo descido o rio e completado a volta investe águas acima e sinaliza sustentar o fogo que vitória é nossa e, por ordens de Barroso, joga a proa contra o casco do Jejuí e o põe ao fundo, a seguir joga a proa contra uma das Chatas paraguaias e a afunda. Livre da abordagem a Parnaíba iça novamente a bandeira brasileira. A fragata Amazonas avistando o Salto parado repetiu a manobra afundando-o, a manobra se repete mais uma vez contra o Marques de Olinda que atingido pela proa da Amazonas desce o rio desgovernado à deriva para encalhar mais abaixo. A esquadra paraguaia perde 4 embarcações e 4 chatas, o restante surpreendido pela manobra foge em retirada rio acima perseguida pela Beberibe e pela Araguari que os fustiga com os seus canhões até se distanciarem. Às 17:30 a batalha está terminada com clara vitória da esquadra comandada por Barroso, a Belmonte se acha alagada e inutilizada e a Jequitinhonha encalhada.
A vitória foi decisiva para a Tríplice Aliança, que passou a controlar, a partir de então, os rios da bacia platina até à fronteira com o Paraguai, garantindo todo o apoio logístico às forças de terra e bloqueando qualquer ajuda ou contato de López com o exterior.
Ficaram famosas na História Militar Brasileira as mensagens transmitidas às embarcações brasileiras pelo Almirante Barroso, através da sinalização de bandeiras:
  • "O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever!"

  • "Sustentar o fogo, que a vitória é nossa!


As Forças Navais envolvidas:

Brasil

A Força Naval Brasileira que bloqueava o rio Paraná estava fundeada ao lado do Chaco, a 25 km ao sul de Corrientes e fronteiro a um monumento denominado A Coluna, ereto na margem esquerda do rio. Era composta de 11 navios, mas no dia da batalha contava só com 9; outros dois: as canhoneiras Itajaí e Ivaí encontravam-se destacadas em ponto distante rio abaixo. A força era formada pela 2ª e 3ª Divisões da Esquadra. A frota composta de nove navios de guerra estava armada com 59 bocas de fogo, levando à bordo 1 113 fuzileiros navais e 1 174 soldados do Exército Imperial. Somavam um total de 2 287 homens. Seu comandante em chefe era o Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva.
2ª Divisão Naval: Chefe de Divisão Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva
        Navio    CascoTon.     Poder
        de
      fogo
Potência      Notas    Comandante
1 Fragata "Amazonas"(Capitânia)Aço Couraçado1050 t
6

(1 70 £ e 5 68 £)
300 cv
Capitão de Fragata

Teotônio Raimundo de Brito
2 Corveta "Parnaíba"Madeira Couraçado637 t
7

(1 70 £, 2 68 £ e 4 32 £)
120 cv
Encalhada.

Foi Seriamente avariada.
Capitão-Tenente

Aurélio Garcindo Fernandes de Sá
3 Canhoeira "Mearim"Madeira Couraçado415 t
7

(3 68 £ e 4 32 £)
100 cvAlarmou a Armada Imperial
Primeiro-Tenente de Marinha

Elisiário José Barbosa
4 Canhoeira "Araguari"Madeira Couraçado400 t
5

(3 68 £ e 2 32 £)
80 cv
Primeiro-Tenente de Marinha

Antônio Luís von Hoonholtz
5 Canhoeira "Iguatemi"Madeira400 t
5

(3 68 £ e 2 32 £)
80 cv
Primeiro-Tenente de Marinha

Justino José de Macedo
3ª Divisão Naval: Comandante Capitão-de-Mar-e-Guerra José Secundino de Gomensoro
NavioCascoTon.Poder de fogoPotênciaNotasComandante
6 Corveta "Jequitinhonha"Madeira637 t
7

(2 68 £ e 5 32 £)
130 cv
Encalhada.

Destruída em combate no dia seguinte.
Capitão-Tenente

Joaquim José Pinto
7 Corveta "Belmonte"Aço Couraçado602 t
8

(1 70 £, 3 68 £ e4 32 £)
120 cv
Encalhada.

Foi Seriamente avariada.
Primeiro-Tenente de Marinha

Joaquim Francisco de Abreu
8 Canhoeira "Beberibe"Madeira560 t
7

(1 68 £ e 6 32 £)
130 cv
Capitão-Tenente

Joaquim Bonifácio de Santana
9 Canhoeira "Ipiranga"Madeira325 t
7

(7 30 £)
70 cv
Primeiro-Tenente de Marinha
Álvaro Augusto de Carvalho

Paraguai
A marinha paraguaia era composta de 8 navios armados com 38 bocas de fogo, contando ainda com sete baterias flutuantes "chatas" comandadas por tenentes de artilharia, montando cada uma um canhão de 68 libras. Estas chatas eram rebocadas ao campo de batalha por um navio à exceção do "Salto Oriental" Entre a tripulação figuravam 400 marinheiros entre os oito navios e outros 72 a bordo das chatas. Somando 472 marinheiros que foram agregados com quinhentos combatentes do 6º Batalhão de Infantaria a bordo. A esquadra guarani era comandada pelo Comodoro Pedro Ignácio Mezza. Foram posicionadas nas barrancas da Foz do Riachuelo 22 peças de artilharia e duas baterias à "Congreve" com 1 200 atiradores do exército paraguaio que estavam posicionados em terra, comandados pelo Tenente-Coronel José María Bruguez. Dois outros navios da esquadra paraguaia não participaram do combate e ficaram fundeados águas acima do rio em razão de avarias, o Vapor Paraná, comandante Gutierres e o Vapor Yberá, sob comando do Tenente Pedro Victorino Gill, teve problemas mecânicos e atrasou a chegada da frota paraguaia ao campo de batalha.
NavioCascoTon.Poder de fogoPotênciaNotasComandante
1 Corveta Tacuarí(Capitânea)Aço730 t
8

(2 68 £ e 632 £)
130 cv
Comodoro

Pedro Ignácio Mezza
2 Corveta "Paraguarí"Aço627 t
8

(2 68 £ e 632 £)
120 cvAfundou em combate.
Primeiro-Tenente de Marinha

José M. Alonso
3 Vapor "Ygureí"Madeira548 t
7

(3 68 £ e 432 £)
130 cv
Capitão de Corveta

Remigio Cabral
4 Vapor "Marquês de Olinda"Madeira300 t
4

(4 18 £)
80 cv
Neutralizado em combate e abordado.

Posteriormente destruído.
Tenente de Navio

Ezequiel Robles
5 Vapor "Salto Oriental"Madeira255 t
4

(4 18 £)
70 cvAfundou em combate.
Alferes de Marinha

Vicente Alcaraz
6 Vapor "Yporá"Madeira226 t
4

(4 32 £)
80 cv
Capitão de Fragata

Domingo Antônio Ortíz
7 Vapor "Jejuy"Madeira120 t
3

(3 18 £)
60 cvAfundou em combate.
Tenente de Marinha

Aniceto López
8 Vapor "Pirabebé"Ferro150 t
1

(1 8 £)
60 cvCanhões ficaram indisponíveis.
Tenente de Marinha

Toribio Pereira
9 Vapor "Rangel"Madeira90 tDesarmado50 cvRebocado para ser utilizado como navio transporte
Primeiro-Tenente

Pedro Victorino Gill

"Nossa brava Marinha do Brasil por seus feitos e vitórias históricas que nos enchem de orgulho, e a sua disposição em manter-se atual e capaz em face das adversidades, afim de defender e auxiliar nossa nação frente a toda e qualquer ameaça e catástrofes, muito obrigado.  Marinha do Brasil - Vitórias no passado, conquistas para o futuro."
Angelo Nicolaci - Editor GBN Defense


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança, membro da Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais (AVCFN), Sociedade de Amigos da Marinha (SOAMAR), Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro (CVMARJ) e Associação de Amigos do Museu Aeroespacial (AMAERO).

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