Segundo Micael Johasson, CEO Global da Saab, o Brasil poderá servir como plataforma para montagem final e testes dos caças Gripen E/F, caso a Saab saia vencedora na concorrência para fornecer novas aeronaves de caça a Colômbia.
Quando questionado pelo repórter do Valor Econômico sobre o envolvimento da indústria brasileira, o executivo foi bem enfático, “Absolutamente, a relação Brasil-Colômbia é muito boa e existe grande interação entre as forças aéreas dos dois países. Ainda temos que definir o modelo de fornecimento, mas nós criamos a possibilidade de fazer a montagem final e os testes por aqui”, disse Micael Johasson.
foto: Valor Econômico |
Segundo Johansson, existe um potencial mercado em que se estima a necessidade de 250 a 300 novas aeronaves, onde vê a perspectiva de definição em concorrências como a que esta em andamento na Finlândia e no Canadá. Havendo ainda o interesse indiano de adquirir cerca de 126 aeronaves de caça para reequipar a Força Aérea Indiana, embora ainda não tenha enviado o RFP do novo programa aos potenciais fornecedores, onde estarão definidos os requisitos da IAF.
Em todos esses processos, segundo o presidente da Saab, a indústria brasileira já tem participação garantida. A brasileira AEL Sistemas integra a cadeia global de fornecedores do Gripen. A AEL Sistemas desenvolveu o WAD, parte do cockpit de última geração do Gripen, o display panorâmico otimiza a apresentação de simbologias/imagens de alta resolução e permite a operação pelo manche/manete (HOTAS) e/ou diretamente na tela (touchscreen), sensível ao toque. O WAD foi incorporado à linha dos caças suecos, não apenas aos que estão sendo produzidos para o Brasil.
A Força Aérea Colombiana deve entregar um relatório sobre as propostas em junho, e o processo decisório segue para o Ministério da Defesa e para o gabinete presidencial. A estimativa é que o contrato contemple a aquisição de 15 aeronaves, e a Saab esta bastante otimista quanto à sua proposta.
Johansson vê a base da Embraer Defesa e Segurança em Gavião Peixoto, como local de montagem e testes dos caças Gripen F, versão biplace do Gripen que tem capacidade de cumprir além das missões previstas para variante monoplace, o treinamento de pilotos.
Johansson esteve em Bogotá no início desta semana e veio em seguida para Brasília, onde esteve reunido com a cúpula do Ministério da Defesa, Ministério da Ciência e Tecnologia e o Comando da Aeronáutica. Esta é sua primeira visita como CEO da Saab, cargo que assumiu em setembro de 2019.
Conforme já anunciado, os quatro primeiros Gripen E deverão ser entregues à FAB entre setembro e outubro de 2021 e o último esta previsto para 2026, somando as 36 unidades prevista neste primeiro contrato. Não há qualquer indício que aponte para mudança no cronograma, mesmo diante das dificuldades orçamentárias que acometem o orçamento da Defesa.
Johansson também não detectou problemas decorrentes da joint venture Boeing-Embraer, que foi inicialmente objeto de preocupações da Saab, principalmente pelo risco de parte do conhecimento tecnológico cair nas mãos de sua concorrente. “Até agora, tudo certo. Não encontramos nenhum espião”, comentou executivo.
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com informações Valor Econômico
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