quarta-feira, 4 de março de 2020

Classe Tamandaré - Marinha do Brasil assina contrato para construção da nova classe de corvetas


Nesta quinta-feira (5), o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) sediará a cerimônia de assinatura do bilionário contrato para construção dos quatro novos navios de escolta da Marinha do Brasil. O consórcio Águas Azuis, liderado pela alemã Thyssenkrupp (TKMS) e a brasileira Embraer, venceram a disputa para construir as quatro novas corvetas da “Classe Tamandaré”, que deverão ser construídas no Estaleiro Oceana, em Itajaí.

O programa estimado em 1,6 bilhões de dólares, já foi alvo de objeções, com Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco, tendo realizado denúncia ao TCU questionando a escolha do consórcio “Águas Azuis” como vencedor do contrato, o que levou ao atraso na assinatura do contrato, previsto inicialmente para ser assinado em 2019.

Além das questões judiciais, também foi necessária uma revisão na proposta e o alinhamento de uma série de itens necessários para atender aos requisitos brasileiros. Lembrando que o mesmo contrato ainda prevê a transferência de tecnologia e capacitação de nossa indústria, somando a essa equação a integração de soluções nacionais afim de atingir o percentual de nacionalização do navio.

A nova corveta “Classe Tamandaré”, está sendo desenvolvida com base no projeto da corveta alemã Meko A100, que tem sido classificada por muitos como Fragata Leve, dado as características do projeto e o deslocamento pretendido, porém, a classificação como corveta ou fragata é algo que compreende muitos fatores e causa dúvidas no público em geral, sendo adotada a classificação de Corveta pela Marinha do Brasil, a qual chegou a cogitar sua classificação como Fragata.

A Classe Tamandaré proporcionará a Marinha do Brasil um grande salto tecnológico, incorporando novas tecnologias e capacidades, as quais deverão começar a ser entregues entre 2024 e 2028, possibilitando a substituição das fragatas Classe Niterói, que estão em serviço por mais de 40 anos.


Os navios da Classe Tamandaré deslocam cerca de 3.500 toneladas e medem 107 metros de comprimento. Operando com 136 tripulantes, sendo capaz de cumprir diversas missões, como operações antissubmarino, onde poderão operar com uma aeronave MH-16, Defesa Aérea, onde conta com sistema VLS Sea Ceptor, e guerra de superfície, armada com mísseis Exocet e MANSUP. Além de contar com canhões de tiro rápido, metralhadoras 12.7mm e torpedos.

A Classe Tamandaré incorpora modernos sensores e sistemas de combate, o que coloca os novos navios entre os mais modernos e capazes da América Latina.



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