Nesta
quinta-feira (5), o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) sediará a cerimônia
de assinatura do bilionário contrato para construção dos quatro novos navios de
escolta da Marinha do Brasil. O consórcio Águas Azuis, liderado pela alemã
Thyssenkrupp (TKMS) e a brasileira Embraer, venceram a disputa para construir
as quatro novas corvetas da “Classe Tamandaré”, que deverão ser construídas no
Estaleiro Oceana, em Itajaí.
O programa
estimado em 1,6 bilhões de dólares, já foi alvo de objeções, com Sindicato das
Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco, tendo
realizado denúncia ao TCU questionando a escolha do consórcio “Águas Azuis”
como vencedor do contrato, o que levou ao atraso na assinatura do contrato,
previsto inicialmente para ser assinado em 2019.
Além das
questões judiciais, também foi necessária uma revisão na proposta e o
alinhamento de uma série de itens necessários para atender aos requisitos
brasileiros. Lembrando que o mesmo contrato ainda prevê a transferência de
tecnologia e capacitação de nossa indústria, somando a essa equação a
integração de soluções nacionais afim de atingir o percentual de nacionalização
do navio.
A nova
corveta “Classe Tamandaré”, está sendo desenvolvida com base no projeto da
corveta alemã Meko A100, que tem sido classificada por muitos como Fragata
Leve, dado as características do projeto e o deslocamento pretendido, porém, a
classificação como corveta ou fragata é algo que compreende muitos fatores e
causa dúvidas no público em geral, sendo adotada a classificação de Corveta
pela Marinha do Brasil, a qual chegou a cogitar sua classificação como Fragata.
A Classe
Tamandaré proporcionará a Marinha do Brasil um grande salto tecnológico,
incorporando novas tecnologias e capacidades, as quais deverão começar a ser
entregues entre 2024 e 2028, possibilitando a substituição das fragatas Classe
Niterói, que estão em serviço por mais de 40 anos.
Os navios da
Classe Tamandaré deslocam cerca de 3.500 toneladas e medem 107 metros de
comprimento. Operando com 136 tripulantes, sendo capaz de cumprir diversas
missões, como operações antissubmarino, onde poderão operar com uma aeronave
MH-16, Defesa Aérea, onde conta com sistema VLS Sea Ceptor, e guerra de
superfície, armada com mísseis Exocet e MANSUP. Além de contar com canhões de
tiro rápido, metralhadoras 12.7mm e torpedos.
A Classe Tamandaré incorpora modernos sensores e sistemas de combate, o que coloca os novos navios entre os mais modernos e capazes da América Latina.
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