Segundo noticiado pelo site Naval News, a Naval Group teria entregue no mês de janeiro deste ano, o primeiro lote de torpedos F21 à Marinha do Brasil, porém, não há informações sobre a quantidade recebida pela MB. Os novos torpedos pesados franceses serão empregados na nova classe de submarinos convencionais brasileiros, a Classe "Riachuelo", da qual se pretende inicialmente construir quatro navios, os quais são fruto do contrato entre a Marinha do Brasil e a Naval Group, sendo desenvolvido com base na Classe "Scorpene" de projeto francês, apesar de não ser operado por aquela marinha, o "Scorpene" foi adquirido pelo Chile, Malásia e Índia, devendo somar um total de 14 submarinos da classe a ser construídos em suas distintas variantes e projetos.
O anúncio que foi realizado durante uma coletiva de imprensa sobre os resultados anuais da empresa francesa, ocorreu no dia 21 de fevereiro de 2020. Onde também fora anunciada a entrega dos seis primeiros F21 à Marine Nationale, os quais deverão substituir os antigos F17 mk2 como torpedo pesado da esquadra francesa de submarinos, dotando todas as classes. A França deverá inicialmente receber 93 destes modernos torpedos.
A entrega dos F21 "Ártemis" à Marinha do Brasil, marca a consolidação da primeira exportação deste moderno torpedo, o qual será adotado como torpedo padrão dos submarinos da classe "Riachuelo", o qual encontra-se realizando provas de mar e nos meados deste ano deve ser transferido ao setor operativo, marcando mais uma importante fase do PROSUB.
Além do Brasil, a Índia e Grécia são apontados como potenciais compradores deste novo torpedo pesado francês, lembrando que a Índia é um dos países que escolheu o projeto "Scorpene" como seu moderno submarino convencional, o que aponta para o F21 como uma opção natural.
De acordo com o Naval Group, o F21 "Artémis" apresenta desempenhos excepcionais, cumprindo os rigorosos requisitos da Marine Nationale (Marinha Francesa): Com modo autoguiado avançado, capacidade de operar em águas rasas e confinadas, resistência à contra-medidas de última geração e conformidade com as normas de segurança de submarinos nucleares. Graças à sua inteligência, alcance e poder de fogo, oferece aos seus operadores uma vantagem tática incomparável, aumentando o espectro de cenários operacionais nos quais pode ser efetivamente empregado.
O F21 foi concebido dentro padrão OTAN, com diâmetro de 533 mm, comprimento de 6 metros e peso de 1.550 kg. Atinge velocidade superior a 50 nós, com alcance que supera a marca de 27mn (50 km). Sua profundidade de ataque operacional é compreendida entre 10 m e mais de 500 m.
O torpedo é guiado inicialmente por fio e, em seguida, usa retorno acústico. Seu motor elétrico é acionado por uma bateria de óxido de prata de alumínio (AgO-Al). O back-end do torpedo é fornecido pela Atlas Elektronik (e provém do SeaHake mod4), que permitiu que os engenheiros franceses da DGA e da Naval Group concentrassem totalmente seu tempo e orçamento durante a fase de pesquisa e desenvolvimento na inteligência, orientação e recursos de rastreamento do F21.
GBN Defense - A informação começa aqui
com informações do Naval News
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