Na tarde da última sexta-feira (28), o site de notícias "India Today" publicou a reportagem intitulada: "Precisa olhar além do Rafale, armar Su-30 e Mig com mísseis nacionais Astra", na qual apresenta o posicionamento da Força Aérea Indiana (IAF) após as lições obtidas no embate aéreo com aeronaves paquistanesas sobre Balakhot há um ano atrás. É interessante ressaltar que boa parte do que foi apresentado pelo Comandante da IAF, RKS Bhadauria, confirma as conclusões apresentadas no artigo "Fúria sobre Balakhot, o combate aéreo entre Índia e Paquistão" publicado aqui no GBN Defense.
Durante o seminário "Poder aéreo em guerra, sem cenário de paz", organizado pelo Center for Air Power Studies, o Comandante da IAF abordou as questões que envolvem as necessidades indianas no que diz respeito ao poder aéreo daquele país. O evento que também contou com a participação do ministro da Defesa Indiano, Rajnath Singh e do Chefe do Comitê de Defesa, o General Bipin Rawat, colocou em voga o desenvolvimento da tecnologia de defesa indiana.
Segundo Bhadauria, os 36 caças Rafale que em breve serão introduzidos na Força Aérea Indiana (IAF), não fornecerão uma solução para as necessidades da IAF, e deixa clara a necessidade indiana de se concentrar no desenvolvimento de soluções próprias, se referindo ao desenvolvimento do míssil BVR "Astra" de produção local, apontando a necessidade de integrar esse novo desenvolvimento da indústria de defesa indiana em suas aeronaves, dotando o Su-30 MKI e outras aeronaves, como os caças Mig-29 com este missil BVR, garantindo um melhor desempenho do poder aéreo.
Ele disse que a Força Aérea da Índia ficará "muito feliz" se, no próximo conflito aéreo, as armas e mísseis usados pela Força Aérea forem desenvolvidos e fabricados localmente na Índia.
Comandante da IAF, RKS Bhadauria |
A Força Aérea Indiana ganhará um relativo aumento em suas capacidades com a introdução dos novos caças Dassault Rafale, que incorporam o míssil BVR europeu "Meteor" ao arsenal indiano, porém, Bhaduria deixa claro que apesar do "Meteor" ser uma arma de primeira linha, não deve ser visto como a solução para as necessidades da IAF, esclarecendo que a solução não pode se resumir apenas ao Rafale e aos misseis "Meteor", mas no desenvolvimento local de novas tecnologias e soluções, as quais possam ser integradas aos Su-30 e Mig-29, e também complementar o leque de opções disponíveis para os Rafales indianos.
As lacunas identificadas durante o confronto em Balakhot levaram a uma reformulação não apenas nas táticas de combate aéreo, mas também no que diz respeito aos meios e tecnologias que compõem o poder aéreo indiano, conforme apresentado no artigo escrito por Everton Pedroza, que em sua análise conclui que o hiato na capacidade BVR indiana, foi um dos fatores que levaram a uma mudança de paradigmas na IAF, a qual agora volta seu foco se concentrar no desenvolvimento de novas capacidades, estabelecendo novos requisitos em busca de alcançar vantagem em termos de armas e tecnologia de origem indiana, como o Missil BVR "Astra".
Sobre o primeiro aniversário do ataque aéreo de Balakhot, Bhaduria, disse: "Foi uma demonstração clara de que existe um espaço dentro dos limites subconvencionais de conflito em que a Força Aérea pode ser usada para mirar e ainda assim ter a escalada sob controle."
Enquanto isso, o ministro da Defesa Rajnath Singh referindo-se ao ataque aéreo de Balakhot, disse: "Balakhot continuará a reiterar a intenção da Índia de empregar os recursos mais adequados para o impacto pretendido, com um elemento de imprevisibilidade e inovação como parte integrante do esforço. esse fator que deve permanecer no topo de nossas mentes ".
GBN Defense - A informação começa aqui
Com informações do site "India Today"
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