A Índia fechou um acordo avaliado em 2,4 bilhões de dólares na última quarta-feira (19), o acordo que envolve a aquisição de 24 helicópteros MH-60R SeaHawk. A aeronave apesar de possuir capacidades de realizar múltiplas funções, tem como principal característica a realização de missões de guerra antissubmarina. O acordo firmado próximo a visita do presidente norte americano ao país na próxima semana, é o primeiro passo, com a assinatura do contrato de aquisição prevista para ocorrer durante a visita de Trump à Índia.
O contrato que deve ser realizado no âmbito do FMS (Foreign Military Sales) é de suma importância para Marinha Indiana, que se vê confrontada com aumento na presença dos submarinos chineses no Oceano Índico. Não contando mais com a capacidade de guerra antissubmarina (ASW) de seus vetustos Sea King de origem britânica, os quais hoje se limitam as missões de transporte. A função ASW recai sobre a frota de aeronaves P-8I que operam de bases em terra, abrindo uma lacuna em suas capacidades operativas.
Os helicópteros MH-60 são operados pela Marinha dos EUA como sua principal aeronave ASW e ASuW (anti superfície) para emprego em mar aberto e zonas próximas à costa, sendo a variante "R" (Romeu) de uso exclusivo das forças norte americanas até 2010.
O MH-60R pode empregar diversos armamentos, como torpedos Mark 54 contra alvos submarinos e mísseis AGM-114 Hellfire. A aeronave conta com aviônicos e sistemas de missão capazes de detectar e atacar tanto alvos de superfície como submarinos, conferindo flexibilidade de emprego ao meio, o qual ainda pode ser utilizado em missões esclarecimento/reconhecimento, busca e salvamento (SAR), transporte de pessoal e se necessário EVAM (Evacuação Aeromédica).
Além da aquisição dos 24 MH-60R, a Marinha da Índia está realizando um programa que prevê a aquisição de 123 helicópteros multifuncionais de emprego naval, o qual deverá ser produzido localmente com nacionalização de componentes e sistemas, sob a iniciativa Make in Índia.
MH-16 "Guerreiro", variante S-70B SeaHawk operado pela Marinha do Brasil - Foto: Angelo Nicolaci - GBN Defense |
A Marinha do Brasil opera seis aeronaves da variante S-70B da família SeaHawk, compradas em dois lote (4 e 2), os quais dotam o EsqdHS-1 "Guerreiro", à época da aquisição dos SeaHawk pela Marinha do Brasil, a variante MH-60R era de uso exclusivo da US Navy, sendo liberada para exportação apenas em 2010, seis meses após a assinatura da aquisição dos S-70B. Quando da aquisição do segundo lote, nos foi ofertada a possibilidade de adquirir a variante "Romeu", mas isso representaria um problema logístico, tendo em vista que já operávamos quatro aeronaves S-70B, e a solução apresentada de revenda dos nossos S-70B à outro operador, não seria atraente do ponto de vista econômico, resultando na opção de manter os S-70B e a compra de mais duas unidades do tipo.
Foto: Angelo Nicolaci - GBN Defense |
Mas a variante MH-60R apresenta algumas limitações se comparada a variante S-70B que operamos no HS-1. Sendo a variante "Romeu" mais pesada (24.000 lbs) que o S-70B (21844 lbs), quando em carga máxima, apresentando restrição de manter a aeronave parada no hover, seja realizando SAR, ASW ou sobre terra. Sendo necessário alijar combustível para manter a aeronave no hover, com isso reduzindo o tempo de sua presença na cena de ação.
Outro ponto que verificamos ao consultar os operadores do tipo, é que devido o lançador de sonobóias, a variante "Romeo" só leva um operador de sensores a ré (o operador sonar). O outro fica no navio mãe da aeronave operando os demais sensores via link satélite que só está disponível para os países da OTAN.
GBN Defense - A informação começa aqui
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