No último domingo, dia 12 de janeiro, completaram-se dez anos do terremoto que deixou um rastro de destruição, com cerca de 230 mil mortos e mais de um milhão e quinhentos mil haitianos desabrigados. Registra, de forma profunda, a história da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), pela perda de 18 preciosas vidas de militares do Exército Brasileiro, no cumprimento do dever.
Assim, o Ministério da Defesa reconhece o trabalho realizado por todos que atuaram na nobre Missão de Paz no Haiti, mas, sobretudo, o trabalho daqueles que atingiram o auge da dedicação à profissão militar, que, extrapolando o juramento de dar a própria vida por nossa Pátria, pereceram pela melhoria da vida de pessoas de outro país. Materializaram, assim, o que de melhor se pode oferecer à humanidade: a busca do bem comum para si e para todos os seres sobre a terra.
A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) foi criada em 2004, para conter a deflagração de uma guerra civil naquele país, e esteve sob o comando de militares brasileiros por 13 anos, alcançando, com sucesso, níveis de segurança adequados em diversas áreas, principalmente nos bairros mais violentos da capital Porto Príncipe, como Bel Air, Cité Militaire e Cité Soleil.
Após o desastre, além do trabalho que o Brasil já executava, passou a desempenhar as tarefas de reconstrução e de assistência humanitária, realizando a distribuição de mais de três mil e quinhentas toneladas de mantimentos, procedimentos cirúrgicos para cerca de mil e novecentas pessoas e atendimento médico geral para outras 40 mil pessoas afetadas pelo desastre.
Que esta data seja enaltecida, em memória dos 18 valorosos militares que, longe de seus lares, faleceram no cumprimento do dever. Entre as vítimas, estavam, os promovidos post mortem aos postos e graduações: General de Brigada Emilio Carlos Torres dos Santos; General de Brigada João Eliseu Souza Zanin; Coronel Marcus Vinícius Macedo Cysneiros; Tenente-Coronel Francisco Adolfo Vianna Martins Filho; Tenente-Coronel Marcio Guimarães Martins; Capitão Bruno Ribeiro Mário; Segundo-Tenente Raniel Batista de Camargos; Primeiro-Sargento Davi Ramos de Lima; Primeiro-Sargento Leonardo de Castro Carvalho; Segundo-Sargento Rodrigo de Souza Lima; Terceiro-Sargento Ari Dirceu Fernandes Júnior; Terceiro-Sargento Washington Luiz de Souza Seraphim; Terceiro-Sargento Douglas Pedrotti Neckel; Terceiro-Sargento Antonio José Anacleto; Terceiro-Sargento Tiago Anaya Detimermani; Terceiro-Sargento Felipe Gonçalves Júlio; Terceiro-Sargento Rodrigo Augusto da Silva; e Terceiro-Sargento Kleber da Silva Santos.
As tropas brasileiras deixaram definitivamente o Haiti em 15 de outubro de 2017, com todos os objetivos definidos pela ONU para o Componente Militar plenamente alcançados.
O terremoto de 2010
No dia 12 de janeiro de 2010, um terremoto com magnitude 7.0 na escala Richter destruiu a capital do Haiti, Porto Príncipe, e deixou milhares de mortos e feridos, incluindo milhares de pessoas que tiveram membros amputados, e cidadãos desabrigados. Dentre os mortos, militares brasileiros e a presidente da Pastoral da Criança, Zilda Arns.
O desastre natural causou grandes danos à cidade e a outras localidades do país, com milhares de edifícios destruídos, incluindo o Palácio Presidencial, o edifício do Parlamento e a sede da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH).
Por Comandante Cleber Ribeiro, com informações do CCOMSEx
Fotos: Divulgação/ MD
Assessoria de Comunicação Social (Ascom) Ministério da Defesa
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