Para quem questiona as capacidade da nova aeronave de 5ª Geração norte americana, a USAF iniciará no próximo mês de dezembro uma série de testes para avaliar o desempenho do novo sistema de comunicação que esta sendo desenvolvido para possibilitar a interoperabilidade entre os caças de 5ªG F-22 Raptor e F-35 Lightning II, os quais até o momento não contam com a compatibilidade de seus sistemas de comunicação, o que torna inviável o link de dados entre as aeronaves de forma segura sem revelar sua posição ao inimigo.
O experimento que tem por objeto não apenas tornar viável a transmissão segura de dados entre as aeronaves de 5ªG, envolve outros campos da comunicação, tratando de uma nova rede militar que abrange as capacidades de Comando e Controle de vários setores, ligando de forma segura as forças armadas dos EUA em terra, mar, ar, espaço e ciberespaço. O novo programa tem três pontos focais:
- Criar novas maneiras de compartilhar dados entre aeronaves e forças terrestres.
- Gerar imagem operacional comum baseada em nuvem que rastreia onde estão as forças amigas e exibe um mapa de suas posições constantemente atualizadas
- Criar um link de comunicação que finalmente permita que os caças furtivos F-35 e F-22 compartilhem dados sem revelar sua posição.
O grande desafio que envolve a comunicação entre aeronaves furtivas como o F-22 e o F-35, é justamente a interface entre os software empregados nestas aeronaves, tendo em vista a lacuna temporal entre o desenvolvimento de ambas, aliados ao altíssimo custo e limitações ao se pensar em modernizar o F-22 para o mesmo sistema utilizado pelos mais modernos F-35.
Como sabemos, aeronaves furtivas tem como seu grande trunfo se manter indetectáveis pelo inimigo, essa capacidade se faz valer com uso não apenas do desenho de sua fuselagem, ou mesmo emprego de novos materiais que absorvam ou desviem as ondas radar, mas envolvem toda uma série de soluções que visam negar a possibilidade de se identificar e rastrear tais aeronaves, e uma dessas formas se daria pela transmissão de dados e comunicações, as quais jogariam por água abaixo todos esforços e demais soluções se as mesmas fizessem uso de rádios e sistemas convencionais para se comunicar em combate, lembrando que as transmissões são alvos para o inimigo captar e acompanhar determinados objetivos. Portanto, ambas aeronaves de 5ªG usam as chamadas comunicações de baixa probabilidade de detecção / baixa probabilidade de interceptação (LPD / LPI).
Conforme já explicamos acima, cada uma usa sistemas que operam em diferentes frequências com software incompatíveis. O F-22 usa um IFDL (Intra-Flight Data Link) exclusivo que funciona apenas com outro F-22, enquanto os F-35 usam a nova tecnologia MADL (Multifunction Advanced Data Link), que só pode conversar com outros F-35.
O novo sistema que promete solucionar a problemática entre os caças de 5ªg, envolve o uso de um dispositivo chamado “gateway” que efetivamente recebe os dados e traduz entre IFDL e MADL. Alguns relatórios sugerem que um drone atuará como plataforma de ligação entre as duas aeronaves.
A nova solução não está 100% pronta, segundo envolvidos no programa, a solução esta em 10%, nada será resolvido imediatamente como um passe de mágica. O objetivo é obter algo que funcione bem o suficiente para testar em condições do mundo real e obter feedback de pilotos reais. Depois se pega esses dados e aprimora essa solução de 10% para 12%, 15% ou mais, e executa a versão aprimorada através de outra bateria de testes quatro meses depois, e se repete este ciclo a cada quatro meses, até obter algo bom o suficiente para atender as necessidades reais.
Ressaltando que essa solução não envolve apenas a comunicação entre as aeronaves F-22 e F-35, antes que venham a despejar críticas sobre o programa, o mesmo tem como objetivo estabelecer uma nova e segura rede de comunicações ligando todo comando e controle das forças armadas norte americanas como nunca antes em toda história, um verdadeiro salto tecnológico sem precedentes ou similares em todo mundo.
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