O presidente francês e o ministro das Relações Exteriores da Turquia estão trocando farpas e "agressões" verbais, o motivo é a incursão militar de Ancara na Síria, o que provocou um embate entre os membros da Otan.
O presidente francês Emmanuel Macron alertou a Turquia nesta quinta-feira (28) que está afastando aliados e não deve depender do apoio da aliança multinacional enquanto realiza operações militares amplamente condenadas contra os curdos no norte da Síria.
Mevlut Cavusoglu foi rápido em responder: "Ele já é o patrocinador da organização terrorista e os hospeda constantemente no Eliseu. Se ele diz que seu aliado é a organização terrorista ... não há realmente mais nada a dizer", disse Cavusoglu a repórteres no parlamento. Ele continuou com mais ataques à política externa de Macron, dizendo que o presidente francês "não pode ser o líder da Europa assim".
"No momento, há um vazio na Europa, ele está tentando ser seu líder", replicou Cavusoglu.
A operação turca na Síria começou no início de outubro, teve como alvo as forças curdas no norte do país, que considera "terroristas". Embora a Turquia tenha insistido que a operação é necessária para o retorno seguro dos refugiados sírios à sua terra natal, a incursão foi condenada pelos aliados da OTAN. As forças apoiadas pela Turquia também foram acusadas de abusos graves e crimes de guerra durante a operação.
No meio da operação, Macron recebeu Jihane Ahmed, porta-voz das Forças Democráticas Sírias (SDF), liderada pelos curdos, para mostrar o apoio da França a eles na luta contra o Estado Islâmico (EI) na Síria.
Irritada com a falta de apoio que suas operações na Síria receberam da aliança, a Turquia, a segunda maior força da OTAN, supostamente não apoiaria a proposta de defesa da aliança para a Polônia e os países bálticos. O novo plano militar do bloco contra o que ele afirma ser uma "ameaça" da Rússia, precisa de uma aprovação unânime de todos os estados membros.
Fonte: RT News
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