O Peregrine, atualmente em desenvolvimento, oferece o alcance dos mísseis AIM-120 AMRAAM, com a capacidade de manobra do AIM-9X Sidewinder, diz Mark Noyes, executivo de desenvolvimento de negócios da Raytheon para sistemas de guerra aérea.
"Pegamos as tecnologias desses dois sistemas superiores e as combinamos no que você vê hoje, chamado Peregrine", diz ele.
O míssil ganha sua capacidade de manobra por meio da tecnologia de vetoração de empuxo, semelhante à usada no AIM-9X, diz Noyes. Ele não informa o alcance exato do míssil. O AMRAAM tem um alcance de mais de 17,4 nm (32 km), de acordo com a USAF.
“Será um alcance além de médio. Não posso entrar em detalhes, como você pode imaginar", diz Noyes. "Mas ele pode fazer de tudo, de curto alcance a além do alcance visual e além do alcance médio".
Noyes também observa que o míssil é autônomo e tem um buscador em modo triplo, mas também não informa com que outros sensores a arma está equipada.
A Raytheon não desenvolveu o Peregrine para atender a nenhum requisito ou programa específico de serviço militar dos EUA. Ela está desenvolvendo o míssil principalmente com fundos internos de pesquisa e desenvolvimento, diz Noyes.
O míssil "tem metade do tamanho e do custo dos mísseis ar-ar de hoje", diz a empresa. No entanto, a Raytheon não está lançando-o como um substituto do AMRAAM ou do AIM-9X, dizendo que vê a arma como complementar a estes mísseis.
Com um comprimento de cerca de 1,8 m e peso de 68 kg, o míssil é substancialmente menor que seus antecessores. Por exemplo, o AMRAAM tem 3,7 m de comprimento.
"Nos caças de quarta ou quinta geração, você pode dobrar ou triplicar a carga", diz Noyes. "Você pode pelo menos dobrar a carga em um F-35."
O Lockheed Martin F-35 nas versões F-35A e F-35C pode transportar quatro AMRAAM internamente, divididos entre o compartimento de armas esquerdo e direito da aeronave furtiva. Em maio de 2019, a Lockheed Martin apresentou um rack de mísseis em desenvolvimento, chamado Sidekick, que afirmou aumentar a carga interna de armas do F-35 para seis mísseis no total.
A Raytheon diz que o míssil supersônico Peregrine poderia ser usado contra drones, aeronaves tripuladas ou mísseis de cruzeiro.
A empresa não disse quando o míssil entraria em produção, mas indicou que poderia "ser colocado em serviço rapidamente".
"A beleza disso é que estamos usando alguns de nossos processos de fabricação aditiva [impressão 3D], além de tecnologias militares e materiais já disponíveis para montar isso", diz Noyes.
Fonte: FlightGlobal
Tradução e Adaptação: Renato Henrique Marçal de Oliveira
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