Na madrugada de sábado (14), um ataque bastante ousado e eficiente abalou o mundo, duas das principais instalações da ARAMCO, uma petrolífera saudita que figura entre as maiores do mundo, foram destruídas pelo que foi inicialmente descrito como sendo um ataque de drones dos Houthis, insurgentes muçulmanos xiitas que controlam parte do Iêmen, e atualmente a principal facção da terrível guerra civil que assola o país desde 2015 e que já causou a morte de dezenas de milhares de pessoas, incluindo um grande número de civis, além de milhões de refugiados.
A Arábia Saudita (muçulmanos sunitas) é um dos países envolvidos neste sangrento conflito; os Houthis são apoiados pelo Irã (também muçulmanos xiitas). Vários outros países estão envolvidos neste conflito, à semelhança da Guerra Civil da Síria.
Não vamos aqui debater a origem dos ataques, que ainda não foi oficialmente confirmada. Além dos próprios Houthis (que alegam serem os autores da ação), suspeitas também recaem sobre milícias iraquianas e sobre o próprio Irã.
Neste texto, vamos discorrer sobre algumas das armas dos Houthis. Por incrível que possa parecer, eles têm armas tão ou mais sofisticadas do que as disponíveis a muitos exércitos. O que lhes falta, no momento, são Forças Aéreas e navais dignas de nota, o que não os impede de possuir sistemas A2AD (Anti-Acesso / Negação de Área) também nestes dois domínios.
Ao contrário dos sauditas e aliados como os Emirados Árabes Unidos, que vêm demonstrando uma incapacidade quase patológica em termos de obter o máximo potencial de suas armas extremamente avançadas, os Houthis tem, vez após vez, obtido sucessos impressionantes com suas armas consideravelmente menos modernas que as da coalizão árabe.
CLASSES DE ARMAS
Reforçando o que foi afirmado anteriormente, os Houthis não dispõe de uma Força Aérea ou de uma Marinha propriamente ditas, mas tem um Exército muito bem organizado.
Além das armas leves e improvisadas, as armas dos Houthis podem ser classificadas em:
- Drones (VANT / UAV: Veículos Aéreos Não Tripulados ou ARP / RPA: Aeronaves Remotamente Pilotadas) de várias categorias, usados principalmente em missões de reconhecimento e ‘drones suicidas’, que carregam uma carga explosiva e que fazem uma missão suicida, detonando sobre um alvo de interesse, de maneira similar a mísseis de cruzeiro
- Mísseis balísticos táticos (TBM)
- Mísseis de cruzeiro de ataque a alvos em terra (LACM)
- Mísseis de cruzeiro anti-navio (ASCM)
- Mísseis superfície-ar (SAM)
- Mísseis guiados anti-tanque (ATGM)
Neste artigo vamos comentar sobre algumas delas, já que nem todas são conhecidas. Outro ponto a se lembrar é que muitas das armas foram ‘herdadas’ das FFAA (Forças Armadas) iemenitas. De uma forma ou de outra, boa parte das informações disponíveis vem de fontes pouco confiáveis e até contraditórias, então por favor lembre-se disto ao analisar as informações.
É interessante notar também que boa parte destas armas são as mesmas, ou bastante parecidas, com aquelas usadas pelo Irã ou seus ‘proxies’ (‘procuradores’) como o Hizballah. Os Houthis são também um proxy importante para o Irã.
DRONES
Além dos diversos drones comerciais (‘tipo DJI’) que praticamente qualquer pessoa pode comprar nos dias de hoje, os Houthis utilizam drones militares iranianos e outros que foram ‘herdados’ das FFAA iemenitas.
Os ‘drones suicidas’ são muito similares a mísseis de cruzeiro em muitos aspectos, e a distinção entre as categorias é mais acadêmica que baseada em outros fatores.
A suspeita de que alguns destes drones foram utilizados para atacar a ARAMCO é difícil de sustentar, já que os drones dos Houthis são de alcance relativamente curto, e o principal reduto Houthi ao redor de Sanaa, capital do Iêmen, fica a mais de 1000 km das instalações atacadas recentemente.
HESA ABABIL
O Ababil (‘engolir’) é fabricado pela HESA do Irã. Disponível em diversos modelos, é usado primordialmente para reconhecimento, mas seu derivado Qasef 2K é um drone suicida, com uma ogiva que detona a uma altura de 20 m.
É um drone relativamente pequeno, com um alcance da ordem de 100 km, e que tem sido intensamente utilizado em locais mais próximos a áreas controladas pelos Houthis; um Qasef 2K foi utilizado em um ataque contra a Base Aérea de Al Anad, na fronteira entre Arábia Saudita e Iêmen.
Outras versões deste drone podem ter alcances maiores, mas é improvável que chequem aos mais de 1.000 km necessários para os ataques.
AEROVIRONMENT RQ-11 RAVEN
O AeroVironment RQ-11 Raven, um pequeno drone lançado manualmente, é conhecido como ‘Raqeep’ entre os rebeldes. Eles ‘herdaram’ os drones das FFAA iemenitas, que tinham comprado dos EUA.
É muito pequeno e portátil, é de uso fácil por tropas a pé. O bom uso deste drone garante vantagens consideráveis a tropas equipadas com eles.Seu alcance chega a 10 km.
MÍSSEIS BALÍSTICOS TÁTICOS (TBM)
Além de mísseis ‘herdados’ das FFAA, os Houthis adaptaram alguns mísseis para uso como TBM. Os Houthis tem sido muito eficientes nos usos de TBM, atacando inclusive Riad, capital da Arábia Saudita.
Os TBM tem a vantagem de uma enorme velocidade terminal, que dificulta sua interceptação, mas tem a desvantagem que sua trajetória e altitude de voo facilitam sua detecção.
KOLOMNA OTR-21 TOCHKA (Nome OTAN: SS-21 Scarab)
Sistemas de mísseis Tochka-U no ensaio do desfile em Ecaterimburgo. Foto de Vladislav Fal'shivomonetchik, CC BY-SA 3.0
O OTR-21 Tochka é um TBM móvel, lançado a partir de TEL (Transportador-Eretor-Lançador), desenvolvido pela URSS na década de 1970, e amplamente usado em guerras ao redor do mundo.
Há suspeitas de que os Houthis já utilizaram todos os Tochka ‘herdados’ das FFAA iemenitas.
KOROLYEV R-11 ZEMLYA / R-17 ELBRUS (OTAN: SS-1 Scud)
Míssil SS-1 Scud no seu veículo TEL MAZ-543P, Museu nacional de História Militar, Bulgária. David Holt, CC BY-SA 2.0
Ao que parece, além dos próprios Scud, os Houthis também usam derivados e cópias como o Hwasong, Qiam e Borkan. Embora as versões mais antigas tenham um CEP (Erro Circular Provável, vulgarmente chamado de ‘precisão’) limitado a centenas de metros, o que não era problema com a ogiva nuclear.
As versões e derivados mais recentes (como o Qiam iraniano) podem acrescentar outros modos de guiagem ao INS (Sistema de Navegação Inercial) utilizado nos mísseis originais e em derivados mais simples. O Scud-D, além de ser um míssil de dois estágios, também pode receber um sistema de guiagem próprio, melhorando consideravelmente o CEP, que pode chegar a 50 m, ou a 10 m no Qiam.
Apesar de antigo, o alcance superior a 700 km de algumas versões do Qiam lhe posibilitam atingir Riad, que fica a cerca de 720 km da fronteira com o Iêmen. Além disso, a enorme ogiva dos Scud, que pode chegar a 1 tonelada, que lhe possibilita causar enormes estragos.
Suspeita-se que a tentativa de atingir Riad em 04/11/2017 utilizou um Qiam, mas o míssil foi abatido por um Patriot, e não chegou a atingir nenhum alvo.
Uma desvantagem dos Scud é que são movidos por um motor foguete a combustível líquido que, por sua natureza tóxica / corrosiva só pode ser abastecido no míssil pouco antes do lançamento. Foi durante o abastecimento que a maioria dos Scud do Iraque foram destruídos na Guerra do Golfo. Entretanto, assim que dispara o míssil, o TEL pode evadir a área de lançamento muito rapidamente.
É um míssil muito maior e mais pesado que o Tochka, mas seus maiores alcance e carga explosiva o tornam uma arma bastante útil.
Além dos Houthis, o Hizballah também tem alguns destes mísseis, mas até o momento não o utilizaram contra Israel.
Não se suspeita destes mísseis no ataque à ARAMCO, pois o alcance é insuficiente.
*O Qiam 1 ainda não tem nome código da OTAN
QAHER
Um míssil superfície-ar SA-2 egípcio durante o exercício conjunto multinacional joint Bright Star '85 (Staff Sgt. David Nolan), domínio público
Os houthis adaptaram estes mísseis para uso como TBM, com alcance de 250 km, e os denominaram Qaher. Tem 11 m de comprimento, e carregam uma ogiva de cerca de 200 kg.
MÍSSEIS DE CRUZEIRO DE ATAQUE A ALVOS EM TERRA (LACM)
Os LACM são, de certa forma, o oposto dos TBM - voam a baixa altitude e a velocidade subsônica, e aproveitam este perfil de voo para dificultar ao máximo sua detecção. Para dificultar mais ainda o trabalho das defesas, muitos LACM tem a capacidade de voar rotas pré-programadas e complexas, o que significa que podem ‘dar voltas’ até mesmo ao redor de montanhas, ao contrário dos TBM, cuja trajetória simples facilita muito o trabalho de descobrir o ponto de lançamento.
Conforme os acontecimentos recentes mostraram, a Arábia Saudita é mais eficiente combatendo TBM do que LACM, e isso não é nenhuma surpresa - um bom LACM, com um perfil de lançamento e voo bem planejados, realmente é bem difícil de conter.
QUDS-1
LACM Quds-1, principal suspeito do ataque à ARAMCO, durante exibição pelo Escritório de Imprensa Houthi, em data não especificada; esta foto foi repassada à Reuters, que a publicou
Há poucas informações disponíveis sobre o míssil, mas destroços recolhidos na Arábia Saudita não deixam dúvidas que ele foi utilizado no ataque, só não se sabe ainda se em conjunto com outras armas, nem de onde foram lançados. Além do Soumar e do Quds, há também outros derivados do Kh-55, como o Hoveyzeh e o Meshkat, e é muito difícil diferenciar estes modelos apenas por fotos.
Em comum com o Kh-55, os iranianos alegam o alcance superior a 2000 km e a ogiva de 400 kg ou maior. Embora seja difícil comprovar ou desmentir tais afirmações, é inegável que tais capacidades estão dentro das possibilidades do Irã, cujo parque aeronáutico é relativamente bem desenvolvido.
Ademais, o perfil de voo a baixa altitude e através de rotas complexas dificulta bastante o trabalho de determinação do ponto de lançamento. Junte-se isto ao enorme alcance dos mísseis e o resultado é que eles podem ter sido lançados de boa parte do território da Síria, do Iraque, do Irã ou do Iêmen e ainda assim teriam a possibilidade de atingir as instalações da ARAMCO.
MÍSSEIS DE CRUZEIRO ANTI-NAVIO (ASCM)
O Iêmen fica num lugar bastante estratégico, na junção do Mar da Arábia e do Mar Vermelho, incluindo aí o Estreito de Bab el Mandeb, de passagem obrigatória para quem queira utilizar o Canal de Suez para acessar o Golfo Pérsico.
Tal localização faz com que o país seja um local excelente para o lançamento de ASCM. E, de fato, os Houthis atacaram navios com tais armas.
AL MANDAB 1
O al Mandab 1 é basicamente o míssil chinês C-801 (OTAN: CSS-N-4 Sardine), que por sua vez é uma cópia do Exocet MM-38. A partir do C-801, a China desenvolveu outros mísseis, mas até o momento não há provas de que os Houthis utilizaram algum deles que não o al Mandab.
MÍSSEIS SUPERFÍCIE-AR (SAM)
Poucos vetores são mais importantes na guerra moderna que as aeronaves. Os Houthis contam com diversos SAM, alguns deles adaptados a partir de mísseis ar-ar capturados da Força Aérea do Iêmen.
Todos eles são bastante móveis, o que dificulta bastante sua destruição. Várias aeronaves da Coalizão Árabe já foram atingidos por estes SAM, o que mostra que os Houthis são muito bem treinados no seu uso.
Ao que parece, os Houthis valorizam bastante a guiagem por infravermelhos; por serem passivos, tais sensores não emitem alertas para os alvos antes do lançamento.
KOLOMNA 9K32 STRELA-2 / 9K338 IGLA-S (OTAN: SA-7 GRAIL / SA-24 GRINCH)
Igla-S |
O Strela-2 e o Igla-S são dois dos membros mais ilustres e numerosos da família de MANPADS (SAM portáteis) soviéticos Strela, que entrou em serviço na década de 1960 e foram amplamente exportados. Embora similares externamente, ambos são bastante diferentes internamente, com o Igla sendo consideravelmente mais avançado e resistente a ECM (Contra-Medidas Eletrônicas), como os flares.
A similaridade externa leva a uma grande confusão em termos de versões, portanto vamos supor aqui que falamos do Strela-2 e do Igla-S, e não de outras versões. O míssil mais moderno da família é o 9K333 Verba, mas até o momento ele não foi encontrado no Iêmen.
Ambos são mísseis leves, com o conjunto completo pesando entre 15-20 kg. Os mísseis tem um teto de serviço da ordem de 1500-3500 m e alcance máximo da ordem de 3700-6000 m, atingindo seus alvos com ogivas de 1,15-3,5 kg e a Mach 2.
Embora seus alcances e velocidades não sejam tão impressionantes quanto o de outros SAM, deve-se lembrar que, uma vez que o alvo esteja em seu envelope, o tempo de voo é extremamente curto, por vezes inferior a 10 segundos; a baixa altitude e/ou velocidade do alvo no momento do impacto dão poucas opções ao piloto. Com isto, o tempo de reação é muito reduzido, e os MANPADS tem feito muitas vítimas em conflitos recentes.
OKB-16 9K31 STRELA-1 (OTAN: SA-9 Gaskin)
O míssil pesa 32 kg e carrega uma ogiva de 2,6 kg. As fontes são um tanto confusas em termos de desempenho, mas sugere-se um alcance de 8 km e um teto de 3500 m, com uma velocidade de Mach 1,8, ou seja, mais ou menos o mesmo desempenho de um Igla-S 40 anos mais recente.
As mesmas observações se aplicam - apesar do desempenho limitado, um alvo em seu envelope dificilmente conseguirá reagir a tempo.
VYMPEL R-60M (OTAN: AA-8 Aphid)
Embora os dados para o R-60M como SAM não estejam disponíveis, baseando-se na redução de desempenho de outros mísseis ao ser usado nesta função ao invés de AAM, é de se supor que terá um desempenho semelhante ao Strela-1, ou seja, um alcance máximo em torno de 8 km e um teto máximo em torno de 4 km. Sua ogiva é de 3 kg.
Foi aposentado pelo R-73, mas grandes estoques do míssil ainda se encontram espalhados em diversos países, principalmente para uso em treinamento.
VYMPEL R-73 (OTAN: AA-11 Archer)
O R-73 surgiu com um novo conceito de míssil de incrível agilidade, e com desempenho bastante superior ao do R-60, que ele substituiu na URSS. Há diversas versões do míssil, e as fontes não indicam qual delas está em serviço com os Houthis, então vamos supor que é a versão básica.
VYMPEL R-27T (OTAN: AA-10 Alamo-B)
Além disso, sua grande velocidade, mais o fato de ser guiado por infravermelhos (como todos os anteriores), significa que os sistemas de alerta dos alvos terão pouca chance de detectá-lo antes que seja tarde demais.
MÍSSEIS GUIADOS ANTI-TANQUE (ATGM)
Insurgentes, via de regra, não dispõe de MBT (Carros de Combate, CC, ‘tanques’), o que significa que precisam de um meio para neutralizá-los com eficiência, e os ATGM são essenciais para isto.
KOLOMNA 9M14 Malyutka (OTAN: AT-3 Sagger)
A versão inicial era dependente de guiagem manual CLOS (Comando à Linha de Visão), mas versões mais recentes são mais automatizadas. A velocidade é relativamente baixa (abaixo de 500 km/h), com ogivas relativamente pequenas (2,6-3,5 kg) mas o alcance efetivo é relativamente bom (500-3.000 m), e é praticamente imune a ECM (embora atingir o lançador seja eficiente no sentido de quebrar a guiagem).
Além do baixo custo e ampla disponibilidade, o Malyutka é bastante compacto, com o conjunto completo pesando em torno de 30 kg e tendo cerca de 1 m de comprimento. Tal compacidade lhe garante uma grande mobilidade, mesmo se empregado por tropas a pé, e como tal segue em uso ao redor do mundo.
TULA 9K111 FAGOT (OTAN: AT-4 Spigot)
É obsoleto contra MBT atuais, mas continua eficaz contra outros alvos no campo de batalha.
TULA 9M113 KONKURS (OTAN: AT-5 Spandrel)
O 9M113 Konkurs foi desenvolvido lado a lado com o Fagot, mas é maior, mais pesado e mais potente, sendo por isso geralmente utilizado a partir de veículos. Foi construído sob licença no Irã com o nome Tosan-1.
Alcance efetivo 70 m - 4 km, velocidade de 750 km/h, ogiva de 2,7 kg. Como seu calibre é maior que do Fagot, é também mais eficiente contra MBT, e com exceção de blindados relativamente recentes, ainda é bastante letal; mesmo blindados mais recentes podem ser destruídos pelo Konkurs caso atingidos por trás. Também tem guiagem por fios tipo CLOS.
9K115 METIS (OTAN: AT-7 Saxhorn) E 9K115-2 METIS-M (OTAN: AT-13 Saxhorn 2)
O 9K115 Metis e o 9K115-2 Metis-M são bastante parecidos externamente, embora o Metis-M tenha um diâmetro maior (130 mm contra 94 mm do Metis), o que lhe garante maior eficiência contra MBT.
Ou seja, mesmo blindados modernos podem ser derrotados pelo Metis-M em algumas situações, até mesmo frontalmente.
KBP 9M133 KORNET (OTAN: AT-14 Spriggan)
O Kornet é um dos mais modernos e letais ATGM disponíveis no mercado. Também tem guiagem CLOS, mas por laser (Laser Beam Rider). O Irã produziu-o sob licença como Delavieh.
RAYTHEON M47 DRAGON
O Irã comprou tais mísseis antes da Revolução Islâmica, e produz um derivado dele, o Saeghe-1.
TOOPHAN
O Irã foi um dos primeiros países a adquirir o BGM-71 TOW dos EUA (também CLOS guiado por fios), já em 1971, mas a Revolução Islâmica de 1979 e a subsequente Guerra Irã-Iraque (1980-1988) rapidamente exauriram os estoques do míssil.
A versão encontrada com os Houthis, já desde 2015, é o Toophan 4, que emprega uma ogiva termobárica (anti-estrutura e não anti-tanque), mas outras versões (como o Toophan 2M) podem derrotar até 900 mm de blindagem RHA.
CONCLUSÃO
Como se pode ver, os Houthis dispõe de armas bastante avançadas, e muitas delas seriam mais que bem-vindas até mesmo em exércitos regulares.
Mais importante que os armamentos, entretanto, é o fato que os Houthis são bastante aguerridos, e também estão mostrando ser muito bem treinados. Com isso, eles têm obtido vitórias significativas contra inimigos muito melhor equipados, mostrando mais uma vez que os equipamentos, por si só, não são o bastante para vencer uma guerra.
Por: Renato Henrique Marçal de Oliveira - Químico, trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel), estreante no GBN Defense News.
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