Um piloto de F-16 holandês conseguiu um feito
raro, conseguindo atingir a sua própria aeronave com um disparo do seu canhão
Vulcan durante um exercício de tiro real.
O fato ocorreu durante um exercício de
treinamento envolvendo duas aeronaves F-16 que sobrevoavam a ilha de Vlieland
em 21 de janeiro, o piloto abriu fogo com seu canhão Vulcan e após realizar uma
manobra de mergulho e recuperação foi atingido por seus próprios projéteis,
causando danos ao motor e a fuselagem de sua aeronave.
O piloto não se feriu no incidente, tendo
realizado todos procedimentos de emergência e pousando em segurança na Base
Aérea de Leeuwardem.
Curiosamente em outro dia 21, mas desta vez
em setembro de 1956, o piloto de testes da Grumman, Tom Attridge, enquanto realizava um voo de testes de
rotina, foi misteriosamente atingido por projéteis que atravessaram a
fuselagem e o canopy de sua aeronave, forçando-o a realizar um pouso de
emergência, a aeronave foi “abatida” enquanto sobrevoava os limites de uma zona
para ensaios em voo nos EUA, muito distante de qualquer área de conflito.
Attridge
estava voando uma missão para avaliar o novo sistema de armas do F-11F Tiger, onde
disparou uma série de rajadas com seus canhões de 20mm, após os disparos
Attridge aumentou o ângulo de descida e realizou novos disparos. Foi então que
após aproximadamente um minuto após a primeira rajada, sua aeronave foi
surpreendentemente atingida por seus próprios projéteis, conforme concluiu as
investigações posteriores ao ocorrido.
O
feito repetido em 21 de janeiro pelo piloto holandês é considerado "um em
um milhão", mas há uma explicação cientifica para o ocorrido.
Segundo
uma matéria publicada explicando o ocorrido em 1956, onde o piloto norte
americano abateu sua própria aeronave, basta um pouco de matemática elementar para entender o que aconteceu. O F-11F Tiger
disparou seus projéteis de 20mm á 13.000 pés (4.000 m) e foi atingido quando
estava voando á 7.000 pés (2.100 m). Sabemos que os projéteis saíram dos
canhões a mais de 2.000 km/h e que o F-11F estava em voo supersônico, a
aproximadamente 1.300 km/h.
Fonte: Aeromagazine |
Assim, ao
serem disparadas a velocidade dos projéteis era muito superior à do F-11F, o
que significa que não havia nenhuma maneira das trajetórias se cruzarem. Porém,
agora vamos a explicação pela física. Depois de alguns quilômetros os projéteis
diminuem significativamente sua velocidade por seu deslocamento em um fluído,
no caso o ar, que realiza uma elevada resistência. O avião continuava na mesma
velocidade, graças ao uso de um motor, o que os projéteis evidentemente não
dispunham, viajando apenas pela energia cinética, ou seja, a energia do
disparo.
Assim, ao
manter sua trajetória de mergulho o avião encontrou os projéteis, que possivelmente
estavam nesse momento na mesma velocidade (ou até mais devagar) que o F-11F.
Talvez seja mais fácil ganhar na loteria, mas o piloto Tom Attridge estava
na frente das balas que havia disparado segundos antes, o que possivelmente
também aconteceu no caso do F-16 holandês.
Realmente
um feito que não acontece qualquer dia, tanto que só temos dois relatos da
ocorrência deste tipo de caso. Algo que é muito incomum ocorrer, mas como já está
demonstrado, não é impossível ocorrer.
GBN News - A informação começa aqui
com pesquisa em várias fontes
Colaborou: Joaquim Guerreiro
É como chutar o escanteio e cabecear.
ResponderExcluirFísica e matemática pura. Questão vestibular
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