A China revelou o novo míssil balístico de alcance intermediário que afirma poder atingir o território dos EUA de Guam ou seus navios de guerra no mar. A demonstração de força ocorre quando os dois países se enfrentam em relação a Taiwan.
O governo chinês revelou imagens do míssil balístico Dongfeng-26 na televisão estatal no domingo, de acordo com o South China Morning Post. O míssil foi visto anteriormente em uma parada militar em Pequim em 2015, e está oficialmente em serviço desde abril passado, mas ainda não foi visto em ação.
Com um alcance de 3.000 km a 5.741 km (1.864 a 3.567 milhas), o míssil seria capaz de atingir alvos no território dos EUA de Guam, ou porta-aviões dos EUA no Oceano Pacífico ou no Mar da China Meridional. O Dongfeng-26 pode transportar uma ogiva nuclear ou convencional de 1.200kg a 1.800kg.
Embora o Pentágono provavelmente saiba sobre o míssil há vários anos, o vídeo revela "uma tentativa de reforçar a noção de que a China tem capacidade de afundar os Navios-Aeródromos americanos e infligir danos inaceitáveis às forças americanas", disse o pesquisador da China Adam Ni.
“Os últimos exercícios são apenas mais um sinal para os EUA sobre a escalada, inclusive intervindo militarmente em apoio a Taiwan contra a China”, continuou Ni. “É provável que vejamos mais exercícios se as relações bilaterais piorarem”.
Os exercícios surgem quando a China busca afirmar seu domínio na região. O orçamento militar publicado da China em 2018 foi de 175 bilhões de dólares, acima dos 151 bilhões de 2017. Alguns analistas dizem que esses números são pouco reportados e que Pequim gasta mais de 200 bilhões por ano em suas forças armadas.
Com o aumento de suas despesas, a China aumentou sua militarização do Mar do Sul da China, uma das vias fluviais mais disputadas do mundo. Os EUA reagiram navegando próximo as áreas reivindicadas pelos chineses, uma tentativa de "desafiar as reivindicações excessivas". O Ministério das Relações Exteriores da China chamou a operação dos EUA como "provocação".
A divulgação do vídeo do Dongfeng-26 em Pequim foi provavelmente uma resposta aos EUA que contavamm com dois navios no Estreito de Taiwan na última quinta-feira (24). Sob sua política de "uma só China", Pequim considera Taiwan uma parte do continente, e o presidente chinês Xi Jinping prometeu unificar Taiwan por qualquer meio necessário no início deste mês.
"Não prometemos renunciar ao uso da força e reservamos a opção de usar todas as medidas necessárias" , disse ele. Dois meses antes, Xi disse aos soldados que monitoram o Mar da China Meridional para fazer "preparativos para a guerra".
Antes de enviar os dois navios pelo Estreito de Taiwan, o almirante norte-americano John Richardson disse a imprensa que a Marinha dos EUA não descartou o envio de um porta-aviões pelo Estreito.
Com as tensões aumentando, o secretário interino da Defesa dos EUA, Patrick Shanahan, resumiu o foco geopolítico do Pentágono em um discurso no início deste mês, disse aos líderes que continuem "focados nas operações em andamento", mas "lembrem-se de 'China, China, China'", disse uma autoridade anônima à Reuters.
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com agências de notícias
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