Nesta quarta-feira (21), durante nossa cobertura da "Operação Cruzex 2018", realizamos uma entrevista exclusiva transmitida ao vivo através de nossa plataforma no Facebook, com Capitão de Fragata (FN) Brito Coelho, Comandante do Esquadrão VF-1, os famosos "Falcões" que operam os caças AF-1 (A-4KU) Skyhawk na Marinha do Brasil. Durante a entrevista conhecemos um pouco mais sobre a participação do Esquadrão VF-1 na Cruzex 2018 e algumas particularidades sobre os caças-bombardeiros AF-1, até o momento as únicas aeronaves de asa fixa da Marinha do Brasil em operação.
O Comandante Brito Coelho, nos disse que a participação do VF-1 na Operação Cruzex 2018, trás um importante ganho em qualificação e experiência ao esquadrão, uma vez que trata-se de uma oportunidade ímpar de atuar em sinergia com outras unidades da Força Aérea Brasileira e de países amigos, representando um enorme ganho em experiência, além de proporciona um novo desafio logístico e operacional.
Conforme nos foi dito, o VF-1 já veio se preparando para o exercício há alguns meses, tendo participado de outros exercícios em menor escala, porém, com complexidade similar, como o Exercício BVR, o qual reuniu cerca de 300 militares e vários esquadrões da FAB tendo como foco a preparação para esta edição da CRUZEX, lembrando que o VF-1 também teve participação em exercícios com a Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) participando da "Operação Formosa", o qual este ano foi acompanhado por nossa equipe, e vários exercícios com a Esquadra, treinando as defesas antiaéreas de nossos meios de superfície e preparando nossos pilotos aeronavais para o combate contra alvos de superfície em apoio ao meios navais e força de fuzileiros navais.
Os caças AF-1 tem autonomia para realizar com folga o translado entre a BAeNSPA no Rio de Janeiro, e a Base Aérea de Parnamirim no Rio Grande do Norte, mas não basta apenas levar as aeronaves, há toda uma logística envolvida e que muitos não dão a detida atenção, pois é necessário levar equipamentos de apoio no solo, pessoal qualificado na manutenção e apoio operacional, peças de reposição e uma série de outras coisas. Essa logística envolveu o apoio de uma aeronave de transporte da Força Aérea Brasileira, e o pesado seguiu de caminhão, percorrendo três dias de estradas até finalmente chegar à Base Aérea de Parnamirim, lembrando que não basta ter uma linha de frente poderosa e super moderna, se não houver uma retaguarda que conte com uma linha logística eficiente.
Para participar da CRUZEX 2018, a Marinha do Brasil enviou mais de 100 militares, entre forças especiais e observadores, só o Esquadrão VF-1 destacou cerca de 50 militares, dos quais 10 são pilotos de AF-1, contando com duas aeronaves destacadas para cumprir as missões designadas a nossa força aeronaval.
Hoje o VF-1 conta com três aeronaves em condições de voo, sendo destas duas aeronaves já modernizadas e uma que ainda irá passar pelo processo de modernização. Sobre o programa de modernização, nos foi esclarecido que o Esquadrão VF-1 irá dispor de seis aeronaves AF-1 modernizadas, sendo destas duas variante biplace e quatro monoplace. Outro ponto interessante é que o VF-1 passa a adotar o novo esquema visual de baixa visibilidade, já presente na última aeronave entregue pela Embraer, sendo este o padrão que será adotado por toda a frota de "Falcões" do VF-1. Ainda sobre a modernização, o Comandante Brito Coelho nos confidenciou que o processo pelo qual os caças AF-1 estão passando, conferem a aeronave um grande leque de possibilidades de emprego, que apesar de ser um projeto do final dos anos 50, a aeronave apresenta características de voo muito atraentes, que agora somadas a nova suíte aviônica, torna o AF-1 um vetor moderno e letal no teatro de operações moderno.
Dentre as seis aeronaves que permanecerão no inventário do VF-1, consta também o caça AF-1 que se envolveu o acidente sobre Saquarema, quando duas aeronaves AF-1 colidiram no ar durante um exercício, com uma das aeronaves precipitando sobre o mar, onde infelizmente perdemos o Capitão de Corveta Igor Bastos, com a outra aeronave conseguindo regressar em segurança a BAeNSPA apesar das avarias. Essa aeronave que conseguiu regressar, ainda encontra-se na Base Aeronaval, e deverá passar por um processo de reparação para retomar sua condição operacional, estando prevista para ocorrer no segundo semestre de 2019. Quanto as demais aeronaves, o segundo AF-1 biplace deverá ser entregue até julho de 2019, conferindo ao esquadrão maior capacidade de treinamento e preparo de seus pilotos.
Respondendo a inúmeras perguntas de nossos leitores, que constantemente nos perguntam sobre como é a formação de nossos pilotos aeronavais, esses inicialmente recebem instrução na Academia da Força Aérea, onde são treinados para operar aeronaves de asa fixa, posteriormente sendo enviados aos EUA, onde passam por um intenso treinamento com a US Navy, saindo de lá aptos a operar aeronaves de asa fixa embarcadas.
É muito interessante salientar que, embora não tenhamos mais um Navio Aeródromo (NAe) em nossa Esquadra, o domínio da doutrina de emprego de aeronaves embarcadas e o aproveitamento de seu potencial no cenário de emprego em apoio a força de superfície, ou no apoio aéreo aproximado ao desembarque e progressão de forças anfíbias, é algo que temos de manter a máxima eficiência, pois trata-se de um expertise que se conquistou ao longo de mais de vinte anos, e não seria inteligente deixar que se perca tal capacidade pela ausência de uma plataforma naval para o emprego e operação dos meios de asa fixa.
Quero agradecer ao Comandante Brito Coelho e toda equipe do VF-1 que nos recebeu aqui em Natal e nos proporcionou uma oportunidade ímpar de acompanhar o profissionalismo de nosso esquadrão de caças-bombardeiro, propiciando ao nosso público a oportunidade de obter mais conhecimento sobre este importante meio e uma real visão sobre o futuro da asa fixa em nossa Marinha do Brasil.
No ar, os homens do Mar!!!
Um Bravo Zulu a todos nossos aviadores navais.
Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, se pronunciou sobre o acordo realizado com a Rússia para compra do sistema de defesa aérea S-400, classificando o mesmo como um negócio fechado e que não pode ser cancelado.
"O acordo atual envolvendo a compra do sistema de mísseis russo S-400 Triumf, é um negócio feito, não posso cancelá-lo", disse Cavusoglu logo após uma reunião com o norte-americano Mike Pompeo.
O ministro acrescentou que Ancara busca realizar mais aquisições de defesa junto aos seus aliados.
Em 14 de novembro, a agência de notícias Anadolu informou, com referência a uma fonte de alto escalão em Washington, que os EUA sugerem que o sistema russo S-400 comprados pela Turquia, representam uma ameaça aos caças F-35 que deverão se tornar a espinha dorsal da OTAN e dos EUA, razão pela qual os norte americanos poderiam impor sanções contra Ancara. Segundo as principais alegações, o sistema russo não poderia ser integrado aos sistemas da OTAN.
O S-400 Triumf é o sistema de defesa aérea de longo alcance mais avançado em operação, tendo entrado em operação em meados de 2007. Projetado para destruir aeronaves, mísseis de cruzeiros e balísticos, além de alvos de superfície. O sistema S-400 é capaz de atingir alvos a uma distância de 400 km e a uma altitude de até 30 km.
No período de 7 - 10 de novembro, nossa equipe esteve acompanhando a "Operação Dragão XXXIX", inclusive já publicamos algumas matérias sobre essa nossa faina com a Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), tendo transmitido várias fases dessa operação ao vivo através de nossa plataforma no Facebook, além dos vídeos lançados com o Canal Arte da Guerra, considerado um dos melhores canais de conteúdo voltado à geopolítica e defesa em idioma português, contando com análises precisas de nosso grande amigo e parceiro, Comandante Robinson Farinazzo.
Um dos entrevistados por nosso editor Angelo Nicolaci, foi o CMG FN Dirlei Donizete Codo, Chefe de Operações da Força de Fuzileiros da Esquadra, como responsável pelo planejamento e coordenação de todos exercícios, manobras e operações da FFE, nos falou um pouco sobre a importância deste exercício, sendo um dos mais complexos e importantes do calendário dos nossos fuzileiros navais.
Você pode conferir nossa entrevista clicando sobre o link - "DRAGÃO XXXIX: ENTREVISTA COM O OFICIAL DE OPERAÇÕES", não esqueçam de se inscrever no canal e participar com seu comentário, lembrando que esse é apenas um dos capítulos de nossa cobertura especial da "Operação Dragão XXXIX".
Nesta segunda-feira (19) o dia começou quente aqui em Natal-RN, onde a equipe do GBN News estreou na cobertura da Operação CRUZEX 2018, onde acompanhamos uma coletiva de imprensa, a qual foi dirigida pelo Brig. Medeiros, anfitrião do exercício, sendo o comandante da Base Aérea de Parnamirim. Esse primeiro dia foi bastante curto, e conseguimos produzir algumas imagens e realizamos algumas transmissões ao vivo, as quais você pode conferir.
Continuando nossa cobertura da Operação Dragão XXXIX, estamos lançando nossa entrevista com V.Alte Zuccaro, Comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), que mais uma vez nos recebeu em um dos exercícios da FFE, nos conferindo a oportunidade de trazer ao nosso público um pouco mais sobre o adestramento e o profissionalismo de nossas forças armadas, seguindo nosso trabalho multimídia, onde transmitimos a entrevista ao vivo através da nossa plataforma no Facebook e que agora você confere no link para nosso parceiro Canal Arte da Guerra, onde lançamos uma série de vídeos sobre a operação, apresentados pelo nosso editor/jornalista Angelo Nicolaci, que esteve acompanhando toda a operação junto com nosso colaborador e consultor de defesa Sérgio Capella, presidente da CVMARJ.
Confiram a entrevista e não se esqueça de se inscrever no canal e deixar seu like.
GBN News e Canal Arte da Guerra - A informação começa aqui
Nos dias 15 e 16 de novembro, o Comando do 1º Distrito Naval realizou diversas ações para celebrar o Dia da Amazônia Azul. Os militares da Marinha promoveram ações de limpeza e divulgação alusiva à data na Praia da Urca ( Rio de Janeiro), na Servidão de Passagem (Entre a Praça Mauá e Praça XV), Praias do Canto, Itapoã e Itaparica (Espírito Santo), além da Lagoa da Pampulha (Minas Gerais) e nas Praias da Ilha da Trindade.
Cerca de 60 alunos de Escolas Públicas participaram do Cerimonial à Bandeira no Comando do 1º Distrito Naval e, em seguida, de uma visita guiada ao Aquário Marinho do Rio (AquaRio), no Rio de Janeiro, no qual tiveram contato com exposições da Marinha sobre a Amazônia Azul, Ilha da Trindade, além de instituições que contribuem para disseminar a importância do mar para o País.
A Marinha do Brasil criou o termo Amazônia Azul para voltar os olhos do Brasil para o mar sob sua jurisdição, por ser fonte de recursos, pelos incalculáveis bens naturais e pela sua biodiversidade. Sancionada pela Lei nº 13.187, de 11 de novembro de 2015, o Dia da Amazônia Azul foi escolhido em homenagem à entrada em vigor da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, em 16 de novembro de 1994.
A Marinha do Brasil promove ações em diversas esferas, buscando não só proteger nossas riquezas marinhas de hipotéticos inimigos "externos", mas também atua na área de conscientização e proteção do meio ambiente através de medidas sócio-ambientais, apoiando iniciativas que visam incutir uma cultura de preservação nossos rios e oceano, com diversas ações, inclusive tendo recentemente lançado a cartilha: “Mariana e a Ameaça do Lixo nos Mares”, tendo como objetivo levar a educação ambiental aos nossos jovens brasileirinhos.
Após um ano de perder contato com submarino ARA San Juan, finalmente a equipe da Ocean Infinity conseguiu localizar o paradeiro do submarino argentino que desapareceu em 15 de novembro de 2017 com 44 tripulantes a bordo. Agora vamos poder descobrir o que realmente aconteceu naquele fatídico dia em que a Armada Argentina perdeu seu submarino.
Conforme acompanhamos aqui no GBN News e no Canal Arte da Guerra, após o anúncio da perda de contato com submarino ARA San Juan, fora montada uma grande operação de busca e resgate, uma verdadeira corrida contra o tempo, tendo em vista a capacidade do submarino de se manter submerso por até sete dias. Porém, apesar da mobilização internacional, que envolveu equipes e meios de diversos países, inclusive britânicos, veio a má notícia, segundo o relatório de um laboratório de monitoramento de atividades nucleares, teria sido identificada uma "explosão" que seria compatível com a implosão de um submarino, exatamente na localidade em que hipoteticamente estaria o ARA San Juan.
O caso argentino levantou muitas polêmicas, várias foram as especulações sobre o acidente e houve uma verdadeira "caça as bruxas" na Argentina, onde se buscou apontar os responsáveis pelo ocorrido naquele fatídico dia de novembro. Muito se especulou sobre o programa de modernização pelo qual o submarino passou pouco tempo antes do acidente fatal, onde foram apontadas graves deficiências e problemas técnicos devido a crise orçamentária que enfrentam as forças armadas de nosso vizinho.
No último dia 15 de novembro, o nosso editor participou de um especial no Canal Arte da Guerra, onde junto com Alexandre Fontoura, outro grande jornalista da área de defesa no Brasil, traçaram junto ao Comandante Robinson Farinazzo uma análise sobre o caso do San Juan, o que rendeu dois vídeos e que você pode conferir através dos links: ARA San Juan - Um ano de seu desaparecimento - Parte 1 e ARA San Juan - Um ano de seu desaparecimento - Parte 2.
O desaparecimento do ARA San Juan causou uma grande comoção na Argentina, onde houve uma forte pressão sobre o governo exigindo respostas e a recuperação dos corpos de seus tripulantes, o que levou a uma faina de busca que envolveu muitos meios, a qual por fim chega ao fim com a localização do mesmo à 800 metros de profundidade, onde a Ocean Infinity conseguiu finalmente encontrar os restos do submarino argentino a leste da Península Valdés, na Patagônia argentina, a 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia.
"O Ministério da Defesa e a Armada Armada Argentina informam que, após investigar o ponto de interesse nº 24 reportado pela Ocean Infinity, através da observação feita com um ROV a 800 metros de profundidade, foi dada identificação positiva ao Ara San Juan", diz o comunicado da Armada Argentina.
Na noite da última quinta-feira (16), a Ocean Infinity, empresa norte-americana encarregada de localizar o ARA San Juan, noticiou ter encontrado um objeto a 800 metros de profundidade e com aproximadamente 60 metros que poderia ser o equipamento desaparecido, após o envio de ROV's para analisar o contato, confirmou-se que tratava-se realmente do ARA San Juan, pondo fim as buscas e dando inicio á uma nova fase, a qual agora deverá se focar na recuperação dos corpos de seus tripulantes e obter informações sobre o que de fato ocorreu ao submarino argentino.
A Ocean Infinity, que fazia buscas há cerca de dois meses, entrou nas buscas com um contrato de risco, onde só receberia os 7,5 milhões dólares contratuais caso localizasse o submarino, recentemente a empresa chegou a informar que abandonaria a operação, porém, logrou exito em suas buscas. Agora as famílias dos 44 tripulantes poderão colocar fim a angústia e finalmente sepultar seus entes queridos.
Nós do GBN News estivemos acompanhando os exercícios combinados previstos pela "Operação Dragão XXXIX", a qual esteve no âmbito da "Operação Atlântico V", contando com a participação das três forças brasileiras, onde conferimos a atuação conjunta em diversos aspectos da operação.
A Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) e o Comando em Chefe da Esquadra (ComemCh), realizou este importante exercício combinado, entre os dias 6 e 14 de novembro. Nesta edição, a "Operação Dragão XXXIX", teve como propósito o adestramento das forças envolvidas no cenário de uma evacuação de não combatentes.
As “Operações de Evacuação de Não Combatentes” são caracterizadas por prover a necessária segurança para extração de brasileiros, ou cidadãos de nações que estabeleçam intendimento com governo brasileiro, afim de prestar todo apoio para retirada destes civis que se encontram em país estrangeiro, onde haja um cenário de instabilidade que possa representar risco a integridade física desses civis. A "Operação Atlântico V", esta sendo coordenada pelo Ministério da Defesa, e tem como principal foco a interação entre as forças armadas brasileiras atuando em um cenário complexo, como o simulado este ano. O execício conjunto reuniu um grande efetivo da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira, sendo empregados diversos meios e unidades destas forças. Foram mobilizados 1.700 militares do Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), 27 militares do Exército Brasileiro e 16 da Força Aérea Brasileira, contando com emprego de 49 viaturas leves, 45 viaturas pesadas, 13 viaturas blindadas, dentre estas estavam 7 CLAnf e 6 Piranha III.
O Comando em Chefe da Esquadra destacou 9 Navios, dentre eles houve a estréia do PHM "Atlântico", tendo sido o primeiro emprego deste em um exercício de tamanha complexidade, além deste, estavam compondo a Força Naval o NDM "Bahia", o qual tivemos a oportunidade de conferir sua atuação, o NDCC "Alte Sabóia", a fragata F-49 "Rademaker, Corveta V-34 "Barroso", EDCG "Marambaia", NApOC "APA", NApOC "Purus" e o NaP "Guaporé".
A Força Aeronaval destacou 4 aeronaves UH-15 pertencentes ao "Esquadrão HU-2", com o qual realizamos dois voos, duas aeronaves UH-12, uma aeronave AH-11A do "Esquadrão HA-1", uma aeronave SH-16 do "Esquadrão HS-1" e um AF-1 do "Esquadrão VF-1". Além de pessoal, a Força Aérea Brasileira empregou uma aeronave H-36 e uma aeronave de patrulha P-95 "Bandeirulha".
Nas primeira horas da última sexta-feira (9), acompanhamos o desembarque de meios e pessoal na praia de Itaóca, marcando o inicio da "Projeção Anfíbia", onde acompanhamos a chegada das primeiras forças que chegaram à praia a primeira vaga, composta por cinco CLAnf, viaturas anfíbias de extrema importância neste tipo de operação, sendo a única viatura anfíbia capaz de vencer a arrebentação, e tema de uma matéria especial que em breve você irá conferir aqui no GBN News. Após esta incursão, presenciamos a abicagem do EDCG L-20 "Marambaia". este trazendo um contingente do corpo de engenharia que rapidamente realizou os preparos para que as viaturas UNIMOG pudessem desembarcar com pessoal e material, sendo sucedidos por várias abicagens com EDVM que desembarcaram mais contingentes de material e viaturas, como os Piranha III.
No total cerca de três mil militares foram empregados na operação, e em breve vocês vão conferir o detalhamento desta operação aqui conosco no GBN News. aguardem. GBN News - A informação começa aqui
O Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro (CVMARJ) promove nos próximos dias 17 e 18 de novembro a II Exposição de Viaturas Militares, que acontecerá no Parque da Figueiras na Avenida Borges de Medeiros na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O evento terá inicio ás 10hrs e se estende até as 20hrs, contando com várias viaturas militares, sendo estimado um número de aproximadamente 30 viaturas, além de contar com uma infraestrutura que contará com Food Trucks, Beer Trucks, shows e área infantil.
O GBN News acompanhará a abertura da exposição, antes de nossa viagem rumo à cobertura da CRUZEX 2018.
Durante a cobertura da "Operação Dragão XXXIX", uma cena me chamou muito a atenção na manhã da última sexta-feira (9), estava cobrindo o desembarque das forças anfíbias na Praia de Itaóca, a chuva não nos dava trégua, mas durante a faina de abicagem de uma Embarcação de Desembarque de Viaturas e Material (EDVM), notei a presença de um casal com seu filho, o menino de 4 anos estava vestido de camuflado e se aproximou de nossa equipe, a mãe dele Fabrícia, nos perguntou se poderíamos tirar uma foto com seu filho, nos relatando que ele era fã das forças armadas e que sonha quando crescer fazer parte do Exército Brasileiro.
A equipe do CCSM que nos acompanhava se prontificou em posar para algumas fotos como nosso brasileirinho Marcos, que meio tímido fez algumas fotos. O pai dele conversou conosco, Diogo é policial militar no Espirito Santo, e nos disse que seu filho ama tudo que se relaciona ás forças armadas, tendo várias roupas camufladas e brinquedos que remetem a caserna, e que desde o inicio da "Operação Dragão" ele pede todos os dias para passar em frente a nossa base para ver as viaturas e fuzileiros. O pequeno Marcos começou a demonstrar seu interesse pelas forças armadas bem cedo, com pouco mais de um ano e meio, sua mãe disse que ele já se atraia pelos veículos militares e as roupas camufladas, sempre acompanha o desfile cívico com pessoal do Tiro de Guerra de Cachoeiro de Itapemirim, sua mãe disse que ele é uma criança muito obediente e inteligente, que sempre acompanha os pais na Igreja Batista onde a família congrega, inclusive já sabe agradecer a Deus em oração. Seus pais estão organizando sua festa de aniversário de 5 anos, que terá como tema o Exército Brasileiro. Após nossa breve conversa, peguei o contato para posteriormente enviar as fotos e nos despedimos do casal e do jovem Marcos que seguiram rumo à cidade de Marataízes. Fiquei muito feliz por ver o brilho nos olhos desse garoto que tão jovem já demonstra grande admiração pelas nossas forças armadas.
Mas a noite quando eu estava no centro de Marataízes com nossos veteranos em minha única saída durante a cobertura das operações, onde fomos comer uma pizza em companhia de nossos grandes amigos, lá chegando tivemos uma grata surpresa, reencontramos o casal Diogo e Fabrícia com nosso amigo Marcos, o mesmo quando nos viu abriu um sorriso e menos tímido conversou conosco, me mostrando seu celular "camuflado" e os joguinhos militares que tinha, pediu para tirar mais fotos, e como estávamos acompanhados de três fuzileiros, realizamos o desejo de nosso novo amigo.
Vendo a alegria e empolgação do nosso futuro militar, resolvi realizar seu sonho de conhecer a nossa base, na manhã do sábado (10) conversei com a Comandante Ana Cristina da FFE, e propus recebermos o jovem Marcos para uma visita em nossa base, nossa Comandante gostou da ideia e pediu que eu mediasse o contato para realizar o sonho desse brasileirinho que desde o berço já admira nossas forças armadas. Então, contatei os pais do Marcos, que ficaram muito felizes com a possibilidade de realizar o sonho de seu filho, passei as orientações para que o Marcos pudesse realizar seu sonho de conhecer o Corpo de Fuzileiros Navais durante a "Operação Dragão XXXIX".
Após combinar com a Comandante Ana Cristina, o casal chegou as 15hrs com o pequeno Marcos, sendo recebido pelo Cabo Nunes e nossa Comte Ana Cristina, ficou encantado ao ver tantas viaturas e militares por todos os lados, nossos fuzileiros receberam o pequeno Marcos que realizou seu sonho.
Marcos conheceu a área de Iglus, onde entrou em um deles, após conhecer os iglus, o brasileirinho visitou as barracas, conheceu um militar da engenharia (Esquadrão Anti-bomba) e acompanhou o mesmo recolher uma mochila suspeita e levá-la para passar pelo raio-x. Nosso menino estava fascinado com tudo que estava vendo ali, era um verdadeiro sonho, conheceu também uma das viaturas blindadas especiais sobre rodas Piranha III, onde tirou muitas fotos. Os militares da Companhia de Polícia fizeram questão de posar para uma foto com Marcos, que ainda andou com uma viatura operativa dentro do campo. "É muito importante para nós este contato com a sociedade, a Força de Fuzileiros da Esquadra busca sempre aproximar nossa sociedade de nossa força, onde inclusive na última quinta-feira (8), acompanhamos nossos veteranos da AVCFN em uma ação social, levando ás crianças de uma escola aqui próximo em Itapemirim-ES uma festa de Natal antecipada, com nossos veteranos presenteando essas crianças da Escola Municipal Palmital. Nós como militares e fazendo parte de uma das forças com maior atuação no âmbito de operações GLO, vemos a importância de manter esse contato com nosso povo e mostrar a eles que aqui estamos, como diz nosso lema: Adsumus! Ficamos felizes de encontrar um menino de apenas 4 anos tão apaixonado pela nossa profissão", disse a Comandante Ana Cristina da Força de Fuzileiros da Esquadra.
Algumas fotos cedidas pela família do Marcos
"Para mim é muito gratificante poder ajudar a realizar o sonho do Marcos, ele me lembrou muito a mim mesmo quando criança, onde desde que me entendo por gente eu pedia aos meus pais para visitar museus e acompanhar as atividades militares, sempre vidrado em revistas especializadas, pois na minha época a internet ainda não tinha a amplitude que tem hoje, e vejo que o incentivo desde que surge essa "vocação", é primordial para que no futuro tenhamos um cidadão consciente e que venha a contribuir para nosso amanhã, venha ele seguir ou não a carreira militar, pois ele terá uma visão mais ampla da importância que representam as forças armadas em nossa sociedade, principalmente numa realidade como a que vivemos hoje, onde a grande mídia não dá o devido apoio aos valores cívicos," segundo Angelo Nicolaci.
O GBN News agradece a Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) por nos apoiar na realização do sonho desse brasileirinho, bem como parabeniza pelo apoio que é dado as ações sociais promovidas pela AVCFN, e desejamos ao Marcos e sua família que tenham um ótimo fim de ano e muitas alegrias ao longo de suas vidas, esperando que no futuro o Marcos venha a realizar seu sonho de ser militar, um forte abraço e fé no Brasil!!!
Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança
Na manhã da última quinta-feira (8), nossa equipe acompanhou os veteranos da Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais em uma nobre missão, onde a AVCFN promoveu uma ação social na cidade de Itapemirim-ES, levando esperança e exemplo ao jovens alunos de uma escola municipal em Palmital.
A escola que já vem recebendo apoio da Marinha do Brasil através de nossa associação de veteranos, já tendo sido reformada pelos nossos veteranos, e neste ano em visita à Itaóca para acompanhar a "Operação Dragão XXXIX", foi decidido pelos veteranos da sede nacional do AVCFN, com apoio da SR-Espírito Santo, fazer uma surpresa para esses jovens brasileirinhos, levando a eles um natal antecipado.
Após a cerimonia de apresentação ao comandante da unidade em Itaóca, base das operações "Dragão XXXIX" e "Atlântico V", embarcamos no ônibus rumo á escola de educação infantil e alfabetização "Palmital", onde as professoras e representantes da Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Itapemirim já nos aguardavam. No ônibus o clima era de muita alegria e orgulho, tínhamos a bordo nosso "Papai Noel" e um grande número de presentes que em poucos minutos fariam a alegria dessas crianças que enfrentam uma difícil realidade.
Ao chegar ao nosso destino, nosso editor Angelo Nicolaci, realizou uma transmissão ao vivo através de nossa plataforma no Facebook, onde tivemos um alcance que superou as 4 mil visualizações, mostrando a alegria dessas crianças ao reencontrar nosso veteranos fuzileiros navais nessa festa surpresa. Você pode conferir nossa cobertura áudio-visual clicando aqui.
A pedagoga Natália nos recepcionou em nossa chegada, e foi muito emocionante acompanhar essa ação, onde o veterano Raylander da Seção Regional do Espirito Santo deu inicio a atividade com um discurso, falando sobre a importância do exemplo, "A palavra convence, mas o exemplo arrasta", disse ele e continuou, "...nós veteranos temos o orgulho de retornar a esta escola e encerrar as atividades de civismo e patriotismo no ano de 2018, são essas crianças que os senhores estão vendo aqui é que podemos chamar de futuro da nação, se eles precisam de exemplo, esse exemplo somos nós, não somente na escola de Palmital, mas onde passar um veterano que seja um exemplo para nossas crianças..."
O diretor social da Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais (AVCFN), Veterano Costa, proferiu algumas palavras sobre "Iniciou uma ideia de vir ate esta escola, com apoio do Veterano Raylander da SR-Capixaba, o apoio do Tenente Vargas e da Comandante Ana Cristina da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), vou dizer só uma coisa, estou orgulhoso como diretor social porque todos aderiram, e olhem bem a alegria dessas crianças. Isso me faz lembrar quando eu era criança lá na roça e estudava em um colégio rural...".
Após as palavras dos representantes da AVCFN, FFE e Secretaria Municipal de Educação de Itapemirim, deu-se inicio ao cerimonial da bandeira, com o hasteamento da nossa Bandeira do Brasil, a qual cumpriu todo rito previsto na doutrina militar. As crianças tiveram a grande surpresa, pois até o momento nenhuma delas sabia que o "Papai Noel" estaria presenta a festa e distribuindo presentes. Foi então que o Veterano Raylander anunciou que eles teriam uma surpresa. Foi realmente emocionante ver a alegria nos olhos daquele pequenos brasileirinhos ao ver o Papai Noel entrando pelo portão da escola, os seus olhos brilhavam de alegria, "foi uma experiência inesquecível, me fez sentir ainda mais orgulho de estar ali acompanhando nossos veteranos, uma verdadeira lição de civismo e compromisso com nossos jovens..." disse nosso editor Angelo Nicolaci.
Foi uma grande festa, com distribuição de presentes para todas as crianças e momentos que com certeza irão ficar guardados na memória dessas crianças por toda sua vida. Convido a assistir o vídeo completo na nossa página no Facebook, e quero agradecer o grande trabalho feito por nossos veteranos da AVCFN, lhes dizer que são um forte exemplo de garra e determinação, onde continuam a defender o nosso país, agora não mais com armas, mas com sua sabedoria, humanidade e empenho em ajudar nossas crianças. Um forte abraço a todos veteranos, ADSUMUS!!!
Hoje é imprescindível para o sucesso do
emprego do poder naval o pleno domínio técnico e a presteza das suas
tripulações, o que envolve muito treinamento e doutrinas que são fundamentais
no cenário marítimo. Mas há determinados pontos inseridos em toda doutrina e
preparação de nossas tripulações que são pouco conhecidas por nosso público em
geral, sendo o Controle de Avarias (CAv) um fator de grande relevância no
treinamento daqueles homens e mulheres que irão se fazer ao mar em defesa dos
interesses nacionais. Não basta ter os meios, tem que possuir o material humano
bem adestrado para fazer frente a toda e qualquer situação que possa surgir
durante uma faina (trabalho), seja em paz ou principalmente na guerra, o preparo
é fundamental para que qualquer operação seja bem sucedida.
Nosso editor, Angelo Nicolaci, esteve no dia
23 de outubro acompanhando um pouco do treinamento ministrado pela Marinha do
Brasil aos seus tripulantes, sendo o Centro de Adestramento Almirante Marques
de Leão (CAAML) uma referência nesse quesito, onde além de ministrar os cursos
teóricos, o centro conta com diversos simuladores que buscam replicar algumas
das situações de risco que esses tripulantes podem vir a enfrentar no Mar.
“Logo
pela manhã cheguei a unidade que fica localizada em Parada de Lucas no Rio de
Janeiro, o acesso ao centro de adestramento é um pouco difícil devido a sua
localização próxima a uma área de mangue a beira da Avenida Brasil e muito
próximo à uma comunidade. Mas nada que seja um obstáculo para realização de
nosso trabalho.
Lá fui
recebido pelo Capitão-Tenente Luiz Gabriel, que me apresentou um pouco da
história do CAv na Marinha do Brasil e conduziu pela unidade afim de acompanhar
alguns treinamentos previsto para aquele dia.”
Na ocasião fora respondida algumas questões
para que nosso público possa compreender melhor a história e a importância do
CAv na Marinha do Brasil:
Quando
o CAv surgiu na Marinha do Brasil? E qual sua relevância em nossa doutrina de
emprego naval?
O surgimento do Controle de Avarias (CAv) na
Marinha do Brasil se confunde com a criação da instituição. Devido à sua
importância vital para qualquer Navio de Guerra, o CAv não pode ser dissociado
da vida de bordo e o conhecimento da doutrina vigente é obrigatório para todos
da tripulação.
O CAv possui as relevantes tarefas de manter
o poder combatente do Navio, fazendo frente às avarias e preservando a
integridade física dos componentes da tripulação.
A doutrina e o adestramento de CAv teve um impulso
com a criação da Escola de Controle de Avarias em 1949, tendo como seu primeiro
Encarregado e Instrutor o Capitão-Tenente Carlos Borba, mentor da mesma. O
Capitão-Tenente Borba utilizou inicialmente os conhecimentos adquiridos nos
cursos de Controle de Avarias (CAv) e de Combate à Incêndio (CBINC) realizados
na Filadélfia, nos Estados Unidos em 1947.
Quais
os princípios do CAv?
Os princípios mais relevantes do CAv são a
rapidez de resposta (prontidão), e o emprego adequado dos sistemas,
equipamentos e técnicas de combate ao sinistro. Esses atributos são alcançados
por meio da tríade “Instrução –
Adestramento – Exercício contínuo”, aliada à manutenção do material
utilizado pelo Controle de Avarias.
Como
são ministrados os cursos de CAv e os demais cursos ligados a essa doutrina?
Os cursos de CAv na Marinha do Brasil são
ministrados pelo Centro de Adestramento “Almirante Marques de Leão” (CAAML), no
Grupo de Controle de Avarias, localizado no bairro de Parada de Lucas, no Rio
de Janeiro. Os cursos são estruturados de forma a atender às múltiplas
necessidades da instituição, que vão desde o Combate à Incêndio e Alagamentos
em Navios, à evacuação de militares e civis nas Organizações Militares de
Terra.
A duração do curso varia de 5 à 45 dias,
incluindo a parte prática, de acordo com a finalidade a que se destina.
Quais
doutrinas compõe a formação em CAv?
A doutrina de CAv da Marinha Brasil
incorporou parte dos conhecimentos adquiridos nos contatos com as Marinhas
amigas, principalmente a norte americana e inglesa, somada as experiências
vividas por nossos Navios, que se traduzem em manuais específicos de Controle
de Avarias Estruturais, Combate à Incêndio, Estabilidade e Controle de Avarias
Elétricas e Eletrônicas.
Quais
requisitos exigidos do tripulante para que esse seja considerado proficiente em
CAv?
Os integrantes das tripulações dos Navios da
Marinha do Brasil devem possuir conhecimentos suficientes para responderem
rapidamente a qualquer tipo de avaria que possa ocorrer a bordo. Além disso,
devem desenvolver qualidades importantes para o Marinheiro, tais como:
Presteza, coragem, tenacidade, iniciativa e trabalho em equipe.
Os conhecimentos básicos são ministrados nos
Cursos de Formação de Oficiais e Praças, e os ensinamentos mais aprofundados
são adquiridos nos demais cursos ministrados pelo CAAML ao longo da carreira
dos militares, atendendo as especificidades das funções desempenhadas pelos
mesmos a bordo.
A Marinha do Brasil aufere a eficiência dos
seus tripulantes por meio de um vasto e rigoroso programa de adestramentos,
tanto individuais como em equipe, além da avaliação de exercícios realizados a
bordo dos Navios, seja no porto ou no mar, assim como o emprego de simuladores
de avarias.
Como é
a rotina de treinamento?
A rotina de treinamento a bordo obedece a um
rigoroso planejamento que envolve também os Comandos Superiores e as
Organizações Militares (OM), responsáveis pelas inspeções e assessorias ao
adestramento, como é o caso do CAAML.
Os diversos programas de treinamento
abrangem: Instruções, adestramentos, exercícios e avaliações que ocorrem
durante todo o período de serviço ativo do Navio. Tais programas são executados
diariamente, como forma de se manter a prontidão das tripulações para a reação
imediata a quaisquer avarias que ocorram a bordo. Como exemplo, podemos citar o
exercício diário de CAv realizado pelo Grupo de CAv de Serviço dos Navios.
Quais
meios e simuladores a Marinha dispõe hoje para treinamento de seus homens?
A
Marinha do Brasil por intermédio do CAAML, disponibiliza dois simuladores para
adestramentos e exercícios de controle de avarias estruturais e alagamentos,
além de oito simuladores para combate à incêndios. Os simuladores reproduzem os
diversos compartimentos de bordo com maior probabilidade de ocorrência de
sinistros, tais como praças de maquinas, alojamentos, cozinhas, paióis e
compartimentos situados abaixo da linha d’ água. Entre os oito simuladores de
CBINC, temos um helicóptero e uma aeronave de asa fixa destinado à pratica de combate
a incêndio em aeronaves.
Nos Distritos Navais existem simuladores para
treinamento básico das equipes dos Navios subordinados.
A Marinha do Brasil conta ainda, com
simuladores específicos para adestramento de CAV em submarinos na Base
Almirante Castro e Silva, localizada em Niterói, além de simuladores para
adestramento de CBINC em aeronaves (CBINC-Av) na Base Aeronaval de São Pedro da
Aldeia.
Tendo
em vista nossa vocação para o mar, como a Marinha lida com a formação dos
futuros Oficiais e Praças da Esquadra e de nossa Marinha Mercante?
A Marinha do Brasil tem como missão e visão
de futuro “Preparar e emprega o Poder Naval, a fim de contribuir para Defesa da
Pátria; para garantia dos poderes constitucionais, e por iniciativa de qualquer
destes, da Lei e da Ordem; para o cumprimento das atribuições subsidiárias
previstas em Lei; e para o apoio à Politica Externa.”
Desta forma, a Marinha considera a formação
dos seus integrantes e os da Marinha Mercante como uma de suas prioridades.
Assim, visando o cumprimento de sua missão, a
Marinha do Brasil investe uma parcela considerável de seus recursos financeiros
e de pessoal, no desenvolvimento e aprimoramento da formação e qualificação dos
seus integrantes.
Tendo
em vista que temos hoje muitas empresas que exploram petróleo e recursos em
nossas águas, e com fins de maximizar a segurança no mar, há algum tipo de
formação voltada para iniciativa privada?
Sim, A Marinha do Brasil representada pelas
suas Capitânias dos Portos, que estão distribuídas pelas diversas regiões do
território nacional, disponibiliza o curso PREPOM para o pessoal da Marinha
Mercante e para quem desenvolve atividades correlatas. Neste curso, os
aquaviários tem aulas teóricas e práticas de prevenção e combate à incêndio a
bordo.
Continuando nossa visita
Após uma escala na Praça D’Armas, seguimos
para acompanhar uma série de treinamentos nos simuladores, começando pelo
conjunto de simuladores voltados ao adestramento de Combate à Incêndios
(CBINC), Nesta seção, o CAAML conta com dois simuladores de incêndio
“Maracanã”, um simulador “Árvore de Natal, este destinado a equipes especificas
que operam em refinarias, depósitos de combustível e atividades similares, dois
simuladores de incêndio em aeronaves (CBINC-AV) sendo um de asa fica e outro de
asa rotativa, o simulador de “Praças de Máquinas” e uma área indoor que simula
diferentes focos de incêndio e é utilizado afim de estabelecer a doutrina de
emprego de extintores, onde cada tipo de foco demanda uma adequada categoria de
extintores, além de simular todo o procedimento que precede o combate ao
sinistro e o pós combate, quando o fogo é controlado.
Nesta ocasião estavam recebendo o
adestramento, equipes das fragatas F-40 “Niterói”, F-49 “Rademaker” e da
corveta V-32 “Júlio de Noronha”. A Faina teve início com uma “corrida seca”,
onde as equipes realizam uma familiarização com os procedimentos a serem
realizados, isso ocorrendo sem que os simuladores estejam “acesos”. Após a
realização de três corridas e a verificação de todos os procedimentos que serão
executados, os simuladores são “acesos” e as equipes tomam posição de combate
ao sinistro. É notória a sincronia e a grande importância do trabalho em
equipe, bem como o papel da liderança nessas fainas, simulando de forma bem
realista o que deverá ser feito no caso de uma ocorrência dessas a bordo, há
toda uma série de verificações que são feitas pelas equipes antes de
literalmente combater o fogo, o que demonstra a grande preocupação com a
segurança de cada membro da equipe.
Na área Indoor, o instrutor primeiro faz uma
apresentação dos tipos de extintores, leva as equipes para dentro do simulador
e ensina os procedimentos que devem ser realizados em cada um dos casos
simulados ali, sendo capaz de reproduzir incêndio em quadro elétrico, painel de
sistemas, cozinha, paiol, escritório, alojamento e equipamentos. Após essa fase
de familiarização, os simuladores indoor são “acesos” e um a um vai recebendo a
indicação de qual foco deverá combater, onde o tripulante adentra a área, se
dirige ao comunicador simulando o procedimento que deve ser executado,
informando o nome do navio, patente e identifica o sinistro informando a
localização do foco de incêndio, após esse procedimento o tripulante pega o
extintor correspondente a categoria de incêndio, testa o equipamento e então dá
combate ao foco. Após a extinção do foco, o tripulante retorna ao comunicador,
mais uma vez se dirige ao comunicador e reporta o nome do navio, patente, o
local do sinistro e o status do combate como controlado.
A experiência é muito boa, e nos mostrou o
quão desafiador é uma faina de combate a incêndio, pois ali num ambiente
controlado, já é possível replicar o calor e parte do stress que enfrentará a
equipe numa situação real, pois a sincronia e precisão de cada membro é
fundamental para o sucesso e principalmente a segurança de cada membro.
Após ser apresentado aos simuladores de
CBINC, conhecemos o “Labirinto”, outro treinamento de grande importância aos
tripulantes. Neste o militar e inserido em uma sala escura, cheia de
obstáculos, um verdadeiro labirinto sem um mínimo de luz, e para aumentar a
fidelidade do que seria abandonar um compartimento do navio em pane elétrica e
sinistrado, ainda é adicionada fumaça a sala, elevando o fator de stress e
elevando o grau de dificuldade para que o tripulante tenha noção de como
proceder em uma situação real de abandono de compartimento tomado pela fumaça e
sem iluminação.
Continuando nosso mergulho em busca de mais
conhecimento sobre CAv, fomos conduzidos pelo nosso anfitrião, o
Capitão-Tenente Luiz Gabriel, até os simuladores de Controle de Avarias
Estruturais e de Alagamento, onde encontramos equipes da corveta V-32 Júlio de
Noronha e do G-28 Mattoso Maia, o NDCC (Navio de Desembarque de Carros de
Combate) que está passando por um período previsto de manutenções e
atualizações.
No primeiro simulador, onde estava sendo
adestrada a equipe do “Julio de Noronha”, havia uma sala de alagamento, onde se
reproduz uma situação de alagamento em um compartimento do Navio, e no mesmo
simulador, na outra sala era possível ver outra parte da equipe realizando uma
faina de reforço estrutural, onde com uso de madeira foi montado um escoramento
em “K” na escotilha de acesso ao compartimento alagado, além de um escoramento
em “T” no teto do compartimento. O mais interessante nesse simulador é que ele
conta com sistema que joga água em todas as partes do compartimento, literalmente
dando um banho nos membros da equipe, reproduzindo a situação de stress e as
dificuldades de trabalhar com jatos d’ água de todas as direções, o que leva a
algo muito próximo do que pode ocorrer a bordo. No outro lado, a sala
rapidamente foi alagada, cabendo a equipe realizar um escoramento em “K” na
antepara, lembrando que diferente do que ocorre na sala ao lado, o
compartimento está quase que completamente submerso, o que exige muito mais
perícia no manuseio das ferramentas e no trabalho em equipe.
O simulador onde estava sendo adestrada a
equipe do “Mattoso Maia”, reproduz avarias no costado do Navio, onde há vários “rombos”,
por onde entram jatos de água e leva a necessidade de as equipes estancarem os “vazamentos”
no casco com uso de variadas técnicas, além de exigir a montagem de vários
tipos de escoramento, como o escoramento de antepara em “Triplo K”, de
escotilha em “K”, Escoramento em “T” e o mais complexo que é o “H”.
O treinamento exige muito das tripulações, o
que eleva consideravelmente a capacitação desses homens frente aos sinistros
que podem ocorrer durante uma comissão ou mesmo com navio atracado, sendo um
fator que pode ser decisivo não só entre o sucesso ou fracasso de determinada
operação, mas crucial em situações que colocam esses profissionais entre a vida
e a morte.
O GBN News pode através desta visita trazer
ao conhecimento de todos um pouco mais sobre a formação de nossos “homens do
mar”, demonstrando que a vida na Marinha do Brasil não é moleza como muitos por
ai pensam. A vida militar exige muita ralação, é uma rotina severa de muito
treinamento e avaliações que garante a presteza de nossa Marinha, lembrando que
a melhor forma de lidar com um sinistro é estando preparado para lidar com ele,
e essa é a missão do Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão, que ao
longo de sua existência vem contribuindo para o sucesso do emprego de nossos
meios navais, constituindo uma ferramenta fundamental para o poder naval
brasileiro.
Agradecemos a toda equipe do CAAML por ter
recebido nosso editor e compartilhado conosco um pouco do conhecimento sobre o
Controle de Avarias (CAv) na Marinha do Brasil.
Em breve pretendemos trazer mais sobre a
formação de nossos militares, dando origem a uma nova e espetacular série que
fará que você veja nossos militares de outra forma. Não esqueçam de conferir a cobertura
dessa visita em vídeo no Canal Arte da Guerra, onde o Comte Robinson Farinazzo
preparou um vídeo que irá complementará essa matéria em duas partes, a primeira
sobre CBINC já esta no ar, e você confere clicando no link: “As reportagens militaresdo Nicolaci (CAAML)”
Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança