O tenente-coronel e astronauta Marcos Pontes comandará o Ministério da Ciência e Tecnologia, segundo anunciado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Natural de Bauru, Marcos Pontes se formou no Colégio Liceu Noroeste em 1980, em seguida recebeu o bacharelado em Tecnologia Aeronáutica pela Academia da Força Aérea (AFA) em 1984, no ano de 1989 iniciou o curso de engenharia aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, recebendo o título de engenheiro em 1993, com a obtenção do mestrado em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, em Monterrey na Califórnia em 1998. Tendo ainda bacharelado em administração pública pela Academia da Força Aérea (AFA).
O astronauta brasileiro foi agraciado com a Medalha Santos Dumont e com a Medalha de Ouro Yuri Gagarin, pela Federação Aeronáutica Internacional. Tendo acumulado em sua carreira de piloto militar da Força Aérea Brasileira quase 2 000 horas de voo em 25 tipos de aeronaves, dentre elas algumas que nunca operaram no Brasil, como as aeronaves F-15, F-16, F-18 e MIG-29.
Sua carreira como astronauta teve início em junho de 1998, quando foi selecionado para o programa espacial da NASA, para ocupar a vaga que o Brasil tinha direito no programa espacial que envolvia diversos países, integrando o esforço multinacional de construção da Estação Espacial Internacional.
Começou seu intenso treinamento em agosto daquele mesmo ano no Centro Espacial Lyndon Johnson, em Houston. Fazendo parte do grupo de treinamento número 17 da NASA, apelidado de "Os Pinguins". Em dezembro de 2000, ao concluir o curso, foi declarado oficialmente "astronauta da NASA".
Seu voo inaugural originalmente marcado para o ano de 2001, como parte da construção da Estação Espacial Internacional. Mais especificamente, o objetivo da missão seria transportar e instalar o módulo construído no Brasil (conhecido como "Express Pallet"). Porém, problemas orçamentários da NASA forçaram ao adiamento da missão para 2003. Ao se aproximar a data, persistentes problemas financeiros indicavam novo adiamento, mas o acidente que resultou na destruição do ônibus espacial "Columbia", em fevereiro de 2003, suspendeu todos os voos da NASA por tempo indeterminado.
Em 18 de outubro de 2005, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) assinaram um acordo que possibilitou a realização da primeira missão espacial tripulada brasileira, batizada como "Missão Centenário", em referência à comemoração dos cem anos do voo de Santos Dumont.
A tripulação, composta por Marcos Pontes, o norte americano Jeffrey Williams e o russo Pavel Vinogradov, comandante da missão, decolou no dia 29 de março de 2006, às 23h30min (horário no Brasil), no Centro de Lançamento de Baikonur, no Cazaquistão. Eles seguiram na nave Soyuz TMA-8, para a Estação Espacial Internacional, levando 15 quilos de carga da Agência Espacial Brasileira, incluindo oito experimentos científicos criados por universidades e centros de pesquisas brasileiros. A missão, realizada com sucesso, teve duração de 10 dias, sendo dois dias a bordo da Soyuz e oito na ISS.
A indicação de Marcos Pontes é um grande ganho para o incentivo a pesquisa e desenvolvimento no Brasil, sendo uma pessoa extremamente capacitada para ocupar a pasta e conduzir uma nova política neste campo.
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