No último sábado (25) foi comemorado o Dia do Soldado, infelizmente tivemos de fazer essa publicação com um dia de atraso, tendo em vista que estávamos desembarcando do PHM "Atlântico" em sua chegada ao Brasil.
Nesta homenagem, quero primeiramente dizer que sinto ainda a recente perda de três dos nossos guerreiros, os quais tombaram aqui no Rio de Janeiro em confronto com narcotraficantes, aqueles mesmos criminosos que os direitos humanos e a grande mídia intitulam de "vítimas da sociedade", quando são feridos ou mortos em confrontos com as forças de segurança, mas que de forma alguma são apontados como o principal problema que deve ser enfrentando com rigor e sem piedade, á nos cidadãos de bem e aos nossos soldados das diversas forças envolvidas nesta "guerra urbana", nos cabe apenas chorar nossos mortos, sem qualquer amparo dos ditos "direitos humanos" e sem a comoção promovida pela mídia. Este ano só no Rio de Janeiro foram mortos dezenas de policiais militares, e agora somam-se as estatísticas desta triste guerra dois soldados e um cabo do Exército Brasileiro.
Quero levantar aqui nesta homenagem, que sejamos mais aguerridos enquanto nação, digo aguerridos não no sentido de pegarmos em armas propriamente dito, mas em cobrar das nossas autoridades maior efetividade e leis que sejam cumpridas. Enfrentamos uma grave crise moral, ética e cívica, onde na caserna ainda encontramos exemplos e motivos para acreditar que ainda há jeito para nosso país.
Neste 215º aniversário de Luís Alves de Lima e Silva, o nosso conhecido Duque de Caxias,conhecido como "O Pacificador", sendo um grande exemplo de liderança e patrono do Exército Brasileiro, a data de 25 de agosto foi escolhida para que seja comemorado o Dia do Soldado.
Conhecido como "O Pacificador", e também como "O Duque de Ferro", Duque de Caxias foi um exímio militar, político e monarquista.Esteve envolvido nos confrontos contra Portugal em 1823, algo que é pouco relatado na história da Independência do Brasil, ficou por três anos na Cisplatina durante a tentativa brasileira de manter a província que se tornou o que hoje é o Uruguai. Caxias foi um homem conhecido por sua integridade e lealdade, tendo permanecido leal ao imperador D. Pedro I diante das convulsões de 1831, as quais resultaram na abdicação do trono em favor de D.Pedro II, a quem Caxias serviu como mestre de armas, ensinando-lhe esgrima e hipismo, tornando-se amigo do imperador.
Durante a regência, no período entre a abdicação de D. Pedro I e a maioridade de D. Pedro II, Caxias enfrentou várias revoltas por todo o Brasil. Caxias comandou as forças lealistas de 1839 a 1845, se colocando até mesmo contra seu pai e tios, que simpatizavam com rebeldes. Dentre as revoltas que apaziguou estão a Balaiada, as Revoltas Liberais e a Revolução Farroupilha. Sob seu comando do general Duque de Caxias o Exército Brasileiro venceu a Guerra do Prata em 1851, derrotando os "hermanos" da Confederação Argentina. Na década seguinte, já ostentando o título de Marechal, liderou o Exercito Brasileiro rumo a histórica vitória na Guerra do Paraguai. Ocasião que lhe conferiu o título de nobreza pelo qual até hoje é lembrado e referido.
Duque de Caxias ainda teve relevante participação na vida política do Brasil, tendo sido eleito senador em 1846 e dez anos depois Presidente do Conselho de Ministros, feito repetido entre 1861 e 1862 e depois retornando a presidência do conselho pela última vez no período entre 1875 e 1878.
O patrono de nosso Exército Brasileiro veio a óbito em 7 de maio de 1880, tombando frente ao agravamento das complicações com a saúde, a qual vinha piorando progressivamente. Mas foi em 13 de março de 1962, quase um século após sua morte que foi imortalizado na história brasileira, recebendo a justa homenagem ao ser reconhecido oficialmente pelo decreto federal Nº 51.429, como o patrono do Exército Brasileiro, sendo o exemplo e o ideal de soldado, assumindo seu lugar como a figura mais importante de nossa tradição militar, sendo considerado o maior oficial militar da história do Brasil.
Neste 25 de agosto de 2018, invoco o espírito de bravura, liderança e perspicácia, ao qual atribuiu ao patrono de nosso Exército Brasileiro a alcunha de "O Pacificador", e que assim como há cerca de 180 anos, nossos bravos soldados, venham a honrar seu patrono e também se tornarem conhecidos como "Pacificadores", neste Brasil que hoje enfrenta como naqueles tempos de nosso patrono, os desafios de consolidar a paz dentro de nossas fronteiras, hoje enfrentando como inimigo o crime organizado em suas mais variadas facetas, o qual não se limita aos morros e comunidades carentes pelo Brasil, mas que hoje se encontra infiltrado no seio de nosso governo.
A todos nossos soldados, quero expressar um sentimento que acredito não ser só meu, mas sim de muitos de nós brasileiros, que confiamos e acreditamos que não importa onde e nem como, mas que sempre que preciso for, podemos contar com seu braço forte e mão amiga!!!
Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança
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