Bloqueio norte americano pode significar revés a venda do Rafale ao Egito

Os franceses estão estudando uma solução para que seja possível fornecer ao Egito os mísseis de cruzeiro MBDA SCALP, vai depender se os egípcios estarão dispostos a esperar um pouco mais para receber os mísseis, tendo em vista o trabalho em andamento que visa substituir os componentes de origem norte americana presente nos mísseis por componentes produzidos na própria França, o que iria anular o bloqueio da venda ao Egito imposto pelos EUA, valendo-se do acordo ITAR.

O problema que é cada vez mais comum na industria de defesa que esta ficando cada dia mais globalizada, torna-se um grande obstáculo, quando um dos países fabricantes de determinado componente, resolve vetar sua venda a determinado cliente de seu parceiro comercial. Esse caso já aconteceu inclusive com nós brasileiros, quando nos foi vetada a liberdade de fornecer aeronaves AMX-T e "Super Tucano" a determinados países, por contrariar os interesses e políticas dos norte americanos, os quais forneciam grande parte dos sistemas presentes nestas aeronaves.

No caso francês, o bloqueio levantado por Washington pode afetar muito mais do que a venda dos mísseis de cruzeiro SCALP, pode significar a perda do contrato para venda adicional de 12 aeronaves Dassault Rafale ao Egito, que pretende ampliar sua encomenda inicial de 24 aeronaves para 36 aeronaves. Porém,o negócio esta atrelado a disponibilização dos mísseis SCALP no pacote destas aeronaves e a integração dos mesmos aos demais 24 exemplares egípcios.

A MBDA esta investindo na pesquisa e desenvolvimento dos componentes alvo do bloqueio imposto pelo acordo ITAR. Ponderando que será necessário um pouco mais de tempo para que seja capaz de entregar os novos mísseis sem os componente "made in USA", algo que dependerá da paciência do governo do Cairo em aguardar a conclusão da substituição dos componentes originais por similares de origem francesa.

Segundo informações divulgadas, o governo egípcio não pretende assinar a aquisição de novas aeronaves sem que esteja definida a disponibilidade para aquisição dos mísseis SCALP.

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com agências