domingo, 5 de agosto de 2018

Atentado contra Maduro???

Neste sábado (4), Nicolás Maduro saiu ileso, de um suposto atentado perpetrado por drones que carregavam explosivos, durante uma cerimônia militar em Caracas, o qual culpou a "ultra-direita", como ele se refere à oposição, onde inclui o atual presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e ex-aliados nos Estados Unidos.
"Trata-se de um atentado para me matar, tentaram me assassinar no dia de hoje (...) Não tenho dúvidas de que o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado", afirmou Maduro.
O presidente anunciou a prisão de vários dos envolvidos, sem especificar suas identidades. Maduro garantiu que uma bomba explodiu em frente à sua tribuna e outra atrás dos convidados. O governo afirmou que sete militares ficaram feridos.
Maduro estava terminando seu discurso quando um barulho chamou sua atenção. Ele tenta encontrar a fonte, bem como sua esposa, Cilia Flores, e o ministro da Defesa, o general Vladimir Padrino López. Antes do canal cortar a transmissão, pode-se notar dezenas de militares correndo de forma desordenada.
Um funcionário da Casa Branca negou que os EUA estão por trás da suposta explosão de drones que aconteceu neste sábado (4), na Venezuela, e que teria como alvo o ditador venezuelano, Nicolás Maduro.
"Posso dizer sem equívoco que o governo dos EUA não está envolvido", disse John Bolton, conselheiro nacional de segurança, ao canal Fox. "Se o governo da Venezuela tem informações que demonstram violação de leis e quer apresentar aos EUA, vamos analisar seriamente", acrescentou.  
Além dos EUA, a Colômbia também se manifestou depois de um um discurso feito por Nicolás Maduro, que atribui ao país a responsabilidade pelos fatos. "Resultam absurdos e carecem de todo fundamento as acusações de que o mandatário colombiano seria o responsável pelo suposto ataque contra o presidente Maduro", diz um comunicado oficial.
O conselheiro americano, John Bolton, ainda sugeriu que o próprio Maduro pudesse estar por trás dos acontecimentos, mencionando a corrupção e opressão na Venezuela. "Poderia ser muitas coisas, incluindo um pretexto armado por Maduro", diz.
A oposição venezuelana acusa Maduro de se aproveitar do suposto ataque para intensificar sua repressão política. Segundo opositores, incidentes como esse já foram usados como motivo para ações contra críticos do regime.
O governo colombiano soltou na manhã deste domingo (5), um comunicado oficial afirmando não ter relação com o suposto atentado de que teria sido vítima o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, na tarde de sábado (4).
O texto diz: "o governo da Colômbia rejeita enfaticamente as acusações contra o presidente Juan Manuel Santos por parte do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Resultam absurdos e carecem de todo fundamento as acusações de que o mandatário colombiano seria o responsável pelo suposto ataque contra o presidente Maduro."
E acrescenta: "Já é costume que o mandatário venezuelano culpe permanentemente a Colômbia de qualquer tipo de situação. Exigimos respeito ao presidente Juan Manuel Santos e ao povo colombiano."
Já na noite de sábado, a assessoria de imprensa da presidência havia se pronunciado de maneira informal.
Um de seus porta-vozes disse que a acusação "não tem base, o presidente está dedicado ao batizado de sua neta Celeste e não a derrubar governos estrangeiros".
Santos deixa o cargo na próxima terça-feira, após oito anos de gestão, quando assume o oposicionista Iván Duque.
Bombeiros presentes na cena, porém, informaram à agência Associated Press que o barulho estaria relacionado a um tanque de gás que explodiu em um apartamento ao redor do evento. O que levanta enormes dúvidas sobre o ocorrido, principalmente quando observamos as estratégias usadas por outros regimes para tentar justificar ações repressivas e se perpetuar no poder.

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com agências
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