O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (7), que não tem planos imediatos para retirar suas tropas da Síria, mas também não constrói instalações de longo prazo.
"Quanto à presença de nossos militares na Síria, a questão militar não é nada simples. Existem dois locais onde estão estacionados. Um está no porto de Tartus, e o outro em Hmeymim ", disse Putin.
"Não temos planos para retirar essas unidades por enquanto. Mas deixe-me chamar a atenção para o fato de que eu não chamei as bases nesses locais de implantação"."Não estamos construindo instalações de longo prazo lá. Se for necessário, poderemos retirar prontamente nosso pessoal militar sem custos materiais", disse ele.
Putin lembrou que as forças russas estão na Síria, de acordo com um tratado com o governo sírio em total conformidade com o direito internacional.
"Nosso pessoal militar está lá para garantir os interesses da Rússia nesta região crucial do mundo. E eles permanecerão lá enquanto a Rússia achar razoável, de acordo com nossos compromissos internacionais", disse Putin.
Experiência de combate única
Segundo Putin, a oposição síria traz uma experiência de combate única para as forças armadas russas.
"O uso de nossas forças armadas em condições de combate é uma experiência única e um instrumento único de aprimoramento. Nenhum exercício é como o uso de equipamento militar em combate real", disse Putin.
"Sabemos que usar as forças armadas em combate implica perdas. Jamais nos esqueceremos dessas perdas, e nunca deixaremos de cuidar das famílias de nossos camaradas que não retornaram para nós do solo sírio", disse Putin.
Ele ressaltou que o pessoal militar russo na Síria estava em uma importante e nobre missão de proteger os interesses da Rússia, porque milhares de militantes, incluindo nativos da Rússia e da Ásia Central, se reuniram na Síria.
"Primeiro, é melhor eliminá-los lá do que confrontá-los aqui com as armas na mão. Segundo, nosso esforço militar contribuiu para a estabilização dentro da Síria", disse Putin.
Ele lembrou que o exército sírio e o governo sírio controlam hoje um território que representa mais de 90% da população do país.
"As operações de combate em larga escala, em particular as que envolvem as forças armadas russas, chegaram ao fim. Não há nenhuma necessidade para elas. A paz está em pauta. É nisso que estamos trabalhando hoje", disse Putin.
Não é um campo de treinamento para armas russas
Putin disse que o território da Síria não é um campo de testes para armas russas, mas eles são atualizados lá em condições de combate.
"É uma experiência verdadeiramente inestimável, que eu já mencionei, tanto do uso das Forças Armadas quanto do uso de armas de ponta. Eu quero especificar, quando estou falando sobre as armas mais avançadas, não é um campo de tiro", disse ele."A Síria não é um campo de teste para as armas russas. No entanto, nós ainda empregamos armas lá e elas são armas russas. Como resultado, os modernos sistemas de ataque, incluindo os de mísseis, foram melhorados."
"Quando começamos a testar essas armas modernas, incluindo as de mísseis, equipes de empresas da indústria de defesa partiram para a república síria e aperfeiçoaram essas armas no local. É extremamente importante para nós perceber o que podemos esperar empregando essas armas em condições de combate", disse o presidente.
Além disso, muitos oficiais e generais visitaram as zonas de combate da Síria. "Eles começaram a entender como é um conflito armado atual, quão importantes são as comunicações, a inteligência e a interação entre diferentes unidades e formações e como é importante garantir a operação do grupo especial, da força aérea e da força terrestre, incluindo operações especiais ", disse Putin.
"Tudo isso nos permitiu dar mais um passo importante na modernização de nossas Forças Armadas", disse ele.
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com agências
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