Atentos a oportunidade que representa a nossa indústria de defesa e a Marinha do Brasil, resolvemos dar continuidade em nossa matéria sobre aviação naval brasileira e desenvolvimento do Gripen Maritime da sueca SAAB, que esta concebendo os estudos para um caça naval moderno para cumprir um variado leque de missões no desafiador teatro de operações aeronavais moderno.
Estivemos consultando a SAAB recentemente sobre o desenvolvimento da nova aeronave, a qual possui potencial para atender um restrito mercado para este tipo de aeronaves, o que resultou na matéria que você poderá conferir clicando sobre o link "Como anda o Gripen Maritime? Consultamos a SAAB", contendo informações muito interessantes sobre o programa. Agora fomos até a Marinha do Brasil em busca de saber qual a perspectiva dela com relação ao caça naval sueco e como ela vê as perspectivas de sua aviação embarcada, tendo em vista as limitações dos caças AF-1 (A-4KU) Skyhawk. Enviamos algumas questões à Marinha do Brasil, afim de assim responder pontos que são dúvidas entre muitos de nossos leitores e entusiastas da aviação.
Começamos buscando saber da Marinha do Brasil, qual a importância que há hoje de substituir os caças AF-1 que são hoje a única aeronave de asa fixa em operação na força aeronaval, tendo em vista principalmente a desativação do A-12 "São Paulo", e não havendo no horizonte próximo a previsão de aquisição, ou construção, de um novo NAe.
Em resposta a essa questão, a Marinha do Brasil foi enfática em afirmar que não há, neste momento, qualquer intenção de substituir os AF-1, estando em vigor o processo de modernização destas aeronaves junto à EMBRAER. As novas capacidades dos AF-1 modernizados contribuirão para o crescimento operacional do Esquadrão VF-1 e da Aviação Naval e para o cumprimento das tarefas básicas do Poder Naval. Além disso, a expectativa de permanência em serviço destas aeronaves após serem modernizadas é ser mantidas em operação até o ano de 2030.
A Marinha do Brasil estuda a definição dos requisitos operacionais para a aquisição de um Navio-Aeródromo (NAe) com a capacidade de operar aeronaves de asa fixa, bem como para a composição de sua ala aérea embarcada. Tais requisitos serão elaborados de forma integrada e esses dados servirão de base para a escolha, oportunamente, da futura aeronave que substituirá os AF-1B/C.
A Marinha do Brasil no âmbito do Acordo de Compensação Comercial do contrato assinado entra a Força Aérea Brasileira (FAB) e a SAAB com a definição do Programa FX-2, atuou através da inclusão da mesma no estudo preliminar de exequibilidade para uma versão naval dos caças Gripen, onde o NAe A-12 São Paulo foi utilizado como base para os estudos preliminares da SAAB, além da importante troca de informações, onde a Marinha do Brasil forneceu dados importantes relacionados ao emprego da aviação de asa fixa embarcada. Apesar de atualmente a Marinha do Brasil não possuir qualquer atividade relacionada a versão naval, o Gripen M (Sea Gripen).
A Marinha do Brasil no âmbito do Acordo de Compensação Comercial do contrato assinado entra a Força Aérea Brasileira (FAB) e a SAAB com a definição do Programa FX-2, atuou através da inclusão da mesma no estudo preliminar de exequibilidade para uma versão naval dos caças Gripen, onde o NAe A-12 São Paulo foi utilizado como base para os estudos preliminares da SAAB, além da importante troca de informações, onde a Marinha do Brasil forneceu dados importantes relacionados ao emprego da aviação de asa fixa embarcada. Apesar de atualmente a Marinha do Brasil não possuir qualquer atividade relacionada a versão naval, o Gripen M (Sea Gripen).
Com relação a perspectiva de padronização dos meios entre a Força Aérea e a Força Aeronaval com a adoção por ambas do Gripen em suas distintas variantes, esclareceu que em relação a vantagem, à primeira vista, da padronização da frota de aeronaves de combate e de seus respectivos equipamentos, estuda a definição dos requisitos operacionais, de forma integrada, tanto para a aquisição do futuro Navio-Aeródromo (NAe) como para a definição de sua ala aérea embarcada. A eventual aquisição de aeronaves para compor essa ala aérea, se efetuada de forma dissociada dos requisitos do futuro NAe, poderá dificultar, ou até impedir, que seja alcançada a capacidade operacional plena dessas aeronaves quando embarcadas. Por essa razão, a Marinha do Brasil aguardará a conclusão dos estudos sobre os requisitos operacionais do NAe e sua respectiva ala aérea para decidir sobre a escolha da aeronave que atenderá aos seus anseios.
Quando questionada sobre a possibilidade de ampliação das suas capacidades de combate aéreo baseadas em aeronaves de asa fixa, a Marinha do Brasil nos respondeu que o Programa de Modernização, ora em curso, irá conferir às aeronaves AF-1 sensores de excelente qualidade e com a capacidade de integração a armamentos de última geração, ultrapassando a atual limitação à interceptação de alvos (de desempenho similar ou inferior) com a necessidade de um controle aéreo de interceptação, e ao engajamento de alvos fora do alcance visual, podendo assim operar em cenários mais complexos de Defesa Aeroespacial, como tarefas “Offensive/Defensive Counter-Air” (OCA/DCA) em arenas “Beyond Visual Range” (BVR). No momento, portanto, não há intenção da Marinha expandir suas capacidades de combate aéreo, para além daquelas conferidas pelo Programa de Modernização dos AF-1.
Quando questionada sobre a possibilidade de ampliação das suas capacidades de combate aéreo baseadas em aeronaves de asa fixa, a Marinha do Brasil nos respondeu que o Programa de Modernização, ora em curso, irá conferir às aeronaves AF-1 sensores de excelente qualidade e com a capacidade de integração a armamentos de última geração, ultrapassando a atual limitação à interceptação de alvos (de desempenho similar ou inferior) com a necessidade de um controle aéreo de interceptação, e ao engajamento de alvos fora do alcance visual, podendo assim operar em cenários mais complexos de Defesa Aeroespacial, como tarefas “Offensive/Defensive Counter-Air” (OCA/DCA) em arenas “Beyond Visual Range” (BVR). No momento, portanto, não há intenção da Marinha expandir suas capacidades de combate aéreo, para além daquelas conferidas pelo Programa de Modernização dos AF-1.
Mesmo sem possuir um NAe operacional, as aeronaves AF-1 modernizadas oferecem à Marinha do Brasil um poderoso vetor de interceptação e ataque para a proteção da Força Naval, por conferir ao Poder Naval grande alcance e versatilidade, mostrando-se de grande valor na proteção das Águas Jurisdicionais Brasileiras e das suas linhas de comunicação marítimas. A manutenção destes meios aéreos, mesmo que baseados em terra, propiciará a capacidade de manter e aprimorar os valiosos conhecimentos adquiridos ao longo desses quase vinte anos de operação de aeronaves de interceptação e ataque, preservando a “cultura” da aviação de asa fixa embarcada e facilitando a transição para a ala aérea do futuro NAe brasileiro.
A aquisição pela FAB do Gripen NG, no Programa FX-2, possibilitou, como parte da compensação comercial (OffSet), o desenvolvimento pela SAAB de um estudo de exequibilidade técnica. A participação de especialistas da Marinha do Brasil nesse estudo propiciou importante experiência, não só na definição de requisitos operacionais e técnicos, como também na condução e acompanhamento de um projeto desse porte. Assim, ainda que não se possa assegurar que a aplicação desse offset redunde, posteriormente, na efetiva construção de uma versão naval do Gripen, a Marinha do Brasil vem absorvendo relevantes ensinamentos para balizar uma futura obtenção de aeronaves para a ala aérea do próximo NAe brasileiro.
Assim conclui-se que a Marinha do Brasil tem acompanhado o desenvolvimento do Gripen Maritime, porém, a mesma ainda se limita em apontar qualquer posicionamento oficial com relação a uma provável adoção do mesmo futuramente pela força, o que é bem compreensível em se tratando de um programa tão complexo e que depende muito de recursos orçamentários dos quais a mesma ainda não dispõe, cabendo uma visão mais centrada no que há de concreto no momento, que no caso os AF-1 que passam pelo programa de modernização e serão a espinha dorsal da Marinha do Brasil até que finalmente haja um horizonte em relação a obtenção de um novo Nae, para só então a mesma definir-se em relação a hipotética escolha do Gripen Maritime, embora nos bastidores hajam muitos indícios que apontam para futura possibilidade do Gripen M se tornar uma realidade em nossa Marinha.
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