O DDG-1000 Zumwalt, o mais moderno e caro
destroyer da US Navy, após um polêmico desenvolvimento, onde atingiu custos astronômicos
e atrasos no desenvolvimento, hoje opera sem poder disparar o AGS, sua arma
principal, a qual possui o custo de 1
milhão de dólares por disparo de cada LRLAP, o valor proibitivo de sua munição que ainda não
conta com uma solução para o alto custo. Após diversas tentativas de se
desenvolver novas munições de menor custo para seu armamento principal, a US
Navy tomou a decisão de converter os navios da classe que passa a contar com
novas capacidade de combate de superfície, deixando sua missão principal de
ataque contra alvos terrestres, assumindo a nova missão de defesa aérea e de
superfície.
Cena que não será vista, um DDG-1000 disparando LRLAP |
Segundo
a nova visão da marinha norte americana, os modernos e gigantescos destroyers
de alta tecnologia, agora irão atacar navios inimigos a grande distância.
Foi
solicitado ao Congresso que atenda ao pedido da US Navy para proceder na
conversão dos seus destroyers
furtivos da Classe Zumwalt, que foram desenvolvidos como navios
de ataque terrestre, para uma plataforma polivalente, capaz de realizar ataques
de superfície e defesa aérea.
O pedido
de orçamento para 2019 inclui o investimento de 89,7 milhões de dólares para integrar aos destroyers da classe Zumwalt o
míssil SM-6 de longo alcance da Raytheon, que pode ser empregado tanto como um
míssil anti-aéreo, como anti-superfície, além da variante de ataque marítimo do
míssil Tomahawk.
Converter
os DDG-1000 em navios de ataque de superfície é uma importante conquista no
campo da guerra de superfície, o que irá fortalecer as capacidades ofensivas da
esquadra norte americana. Tal
conversão também atenderá a demanda feita pelo Comando do Pacífico, que vem
pressionando para obter novos sistemas de longo alcance para compensar a
crescente ameaça representada pelos modernos mísseis de longo alcance da China.
O SM-6 é um míssil versátil, tendo realizado com êxito um teste em
agosto do ano passado, onde obteve sucesso contra um míssil balístico de
médio alcance, o qual foi abatido pelo SM-6, que explode em proximidade com
alvo, lançando fragmentos que neutralizam seu objetivo. Técnica diferente do SM-3 Block IIA em
desenvolvimento que atinge o alvo diretamente.
O SM-6 tem como
particularidade, a capacidade de ser empregado para
atingir alvos de superfície, tanto sobre o mar, quanto em terra, possuindo um raio
de ação com centenas de quilômetros. Segundo noticiado
recentemente, a US Navy planeja adquirir cerca de 625 misseis
SM-6 nos próximos anos.
Obter
uma plataforma de ataque de superfície para operar no Pacífico se encaixa
confortavelmente com o conceito de letalidade defendido pelo ex-vice Almirante
Thomas Rowden, que argumentou que os navios de superfície podem e devem ser
usados com capacidade ofensiva, e não apenas
serem relegados à defesa dos porta-aviões.
Ao adicionar sistemas de longo alcance a todo tipo de navio, força
os adversários potenciais a gastar recursos não apenas nos destroyers e
cruzadores, mas também nos LCS e até navios anfíbios que não tem um papel de
grande relevância no passado, argumenta Rowden.
O recurso solicitado no orçamento de 2019 também será destinado a
atualização dos sistemas de combate, atualização do datalink e alguns novos
equipamentos de coleta de inteligência de sinais.
O orçamento
não financiará novas munições para o sistema avançado de armas desenvolvido
para o navio. No
final de 2016, foi cancelado o desenvolvimento e compra do LRLAP de ataque ao
solo de longo alcance, que custou cerca de um milhão de dólares cada.
Os AGS (Advanced Gun Systems) permanecerão nos navios, mas em status
inativo para uso futuro, quando estiver disponível munição com as capacidades
necessárias e custo acessível.
O AGS, é
o maior sistema de armas navais dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial, foi desenvolvido
especificamente para a classe Zumwalt, assim como a LRLAP que pretendia
disparar. Não houve um plano de
backup, então quando a compra passou de 28 para apenas três, os custos
permaneceram estáticos, elevando o preço da LRLAP.
GBN News – A informação começa aqui
Com agências
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