domingo, 18 de fevereiro de 2018

"Zumwalt" receberá capacidade de ataque de superfície

O DDG-1000 Zumwalt, o mais moderno e caro destroyer da US Navy, após um polêmico desenvolvimento, onde atingiu custos astronômicos e atrasos no desenvolvimento, hoje opera sem poder disparar o AGS, sua arma principal,  a qual possui o custo de 1 milhão de dólares por disparo de cada LRLAP, o valor proibitivo de sua munição que ainda não conta com uma solução para o alto custo. Após diversas tentativas de se desenvolver novas munições de menor custo para seu armamento principal, a US Navy tomou a decisão de converter os navios da classe que passa a contar com novas capacidade de combate de superfície, deixando sua missão principal de ataque contra alvos terrestres, assumindo a nova missão de defesa aérea e de superfície.

Cena que não será vista, um DDG-1000 disparando LRLAP
Segundo a nova visão da marinha norte americana, os modernos e gigantescos destroyers de alta tecnologia, agora irão atacar navios inimigos a grande distância.

Foi solicitado ao Congresso que atenda ao pedido da US Navy para proceder na conversão dos seus destroyers furtivos da Classe Zumwalt, que foram desenvolvidos como navios de ataque terrestre, para uma plataforma polivalente, capaz de realizar ataques de superfície e defesa aérea.

O pedido de orçamento para 2019 inclui o investimento de  89,7 milhões de dólares para integrar aos destroyers da classe Zumwalt o míssil SM-6 de longo alcance da Raytheon, que pode ser empregado tanto como um míssil anti-aéreo, como anti-superfície, além da variante de ataque marítimo do míssil Tomahawk.

Converter os DDG-1000 em navios de ataque de superfície é uma importante conquista no campo da guerra de superfície, o que irá fortalecer as capacidades ofensivas da esquadra norte americana. Tal conversão também atenderá a demanda feita pelo Comando do Pacífico, que vem pressionando para obter novos sistemas de longo alcance para compensar a crescente ameaça representada pelos modernos mísseis de longo alcance da China.

O SM-6 é um míssil versátil, tendo realizado com êxito um teste em agosto do ano passado, onde obteve sucesso contra um míssil balístico de médio alcance, o qual foi abatido pelo SM-6, que explode em proximidade com alvo, lançando fragmentos que neutralizam seu  objetivo. Técnica diferente do SM-3 Block IIA em desenvolvimento que atinge o alvo diretamente. 

O SM-6 tem como particularidade, a capacidade de ser empregado para atingir alvos de superfície, tanto sobre o mar, quanto em terra, possuindo um raio de ação com centenas de quilômetros. Segundo noticiado recentemente, a US Navy planeja adquirir cerca de 625 misseis SM-6 nos próximos anos.

Obter uma plataforma de ataque de superfície para operar no Pacífico se encaixa confortavelmente com o conceito de letalidade defendido pelo ex-vice Almirante Thomas Rowden, que argumentou que os navios de superfície podem e devem ser usados ​​com capacidade ofensiva, e não apenas serem relegados à defesa dos porta-aviões.

Ao adicionar sistemas de longo alcance a todo tipo de navio, força os adversários potenciais a gastar recursos não apenas nos destroyers e cruzadores, mas também nos LCS e até navios anfíbios que não tem um papel de grande relevância no passado, argumenta Rowden.

O recurso solicitado no orçamento de 2019 também será destinado a atualização dos sistemas de combate, atualização do datalink e alguns novos equipamentos de coleta de inteligência de sinais. 

O orçamento não financiará novas munições para o sistema avançado de armas desenvolvido para o navio. No final de 2016, foi cancelado o desenvolvimento e compra do LRLAP de ataque ao solo de longo alcance, que custou cerca de um milhão de dólares cada.

Os AGS (Advanced Gun Systems) permanecerão nos navios, mas em status inativo para uso futuro, quando estiver disponível munição com as capacidades necessárias e custo acessível.

O AGS, é o maior sistema de armas navais dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial, foi desenvolvido especificamente para a classe Zumwalt, assim como a LRLAP que pretendia disparar. Não houve um plano de backup, então quando a compra passou de 28 para apenas três, os custos permaneceram estáticos, elevando o preço da LRLAP.


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Com agências
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