Nesta terça-feira (20), durante evento realizado no Complexo
Naval de Itaguaí, que contou com a presença do Presidente da República, Michel
Temer, os ministros Henrique Meirelles da Fazenda, Eliseu Padilha da Casa
Civil e o Ministro da Defesa Raul Jungmann, ainda esteve
presente a cerimônia o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando
Pezão, que acompanharam o início da fase final de integração das seções que
compõe o primeiro submarino convencional da Classe “Riachuelo”, sendo este o
exemplar que dá nome a classe, o S-40 “Riachuelo”.
O presidente Michel Temer em ato simbólico
uniu duas partes do novo submarino, marcando o início da nova fase.

Essa solenidade é uma injeção de otimismo e, com
isso, estamos renovando nossa confiança no Rio e no Brasil. Não foram poucos os
progressos do desenvolvimento no país e também de ordem, disse Temer.
O presidente lembrou que a construção do
submarino de propulsão nuclear, com tecnologia totalmente brasileira,
impulsionará também setores tecnológicos como a medicina e a matriz energética,
além de gerar empregos de mão de obra extremamente especializada.

O programa de desenvolvimentos de submarinos brasileiro, o
PROSUB, inicia essa importante fase, sendo a última antes do tão aguardado
lançamento do primeiro de quatro submarinos convencionais que irão garantir a
Marinha do Brasil a capacidade de cumprir com seu papel constitucional de
salvaguardar a soberania brasileira no mar.
O PROSUB enfrentou ao longo de dez anos desde seu início,
inúmeros obstáculos, que levaram ao atraso no cronograma original do projeto, o
qual já alcançou a casa dos 16 bilhões em investimentos diretos e indiretos até
o momento para obtenção de quatro novos submarinos convencionais e o primeiro
submarino nuclear brasileiro, esse esperado para 2029.
Ao longo do seu desenvolvimento, o PROSUB atravessou
turbulentas crises financeiras e foi objeto de investigação da “Operação Lava
Jato”, a qual realizou intensa auditoria no programa em busca de indícios de
envolvimento do mesmo nos escândalos de corrupção envolvendo a empreiteira
Odebrecht, a qual se viu mergulhada em diversos processos de corrupção e
superfaturamento, porém, o programa sob a “batuta” da Marinha do Brasil,
apresentou exemplar controle financeiro, tendo sido objeto de auditorias
internas e externas, as quais não apontaram nenhuma irregularidade no programa
conduzido pela Marinha do Brasil, sendo este um dos pontos salientados pelo
Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Leal Ferreira.
"Desde
que a Marinha assumiu o projeto fomos alvos de consultorias, prestamos contas
inclusive ao TCU e nada de errado aconteceu", disse o comandante da
Marinha, Eduardo Leal Ferreira.
"A partir do
momento que a Marinha conduziu o projeto nada foi detectado pela Marinha e por
órgãos externos. A execução do projeto pela Marinha é monitorado por FGV, TCU e
auditorias... falo isso com tranqüilidade e há mais preconceito do que
realidade", acrescentou.
Em relação aos atrasos no cronograma inicial que previa a
entrega do primeiro submarino em 2017, o comandante justificou: “Os atrasos
tiveram dois aspectos, o orçamentário que todos da esfera federal tiveram, e o
técnico, envolvidos com o modelo, que é mais comprido que o francês. O
submarino que será recebido em 2019 estava previsto para ser recebido em 2017”.
Leal Ferreira, ressaltou o fato de o país
estar recuperando com o PROSUB a capacidade de construção de submarinos. Este
primeiro submarino, o S-40 “Riachuelo”, será incorporado à esquadra em 2019, na
sequência deverá ser entregue o S-41 “Humaitá”, S-42 “Tonelero” e S-43 “Angostura”, sendo
entregue um submarino ao ano.
O
primeiro submarino nuclear brasileiro esta previsto para 2029, o qual será batizado de “Almirante Álvaro
Alberto”, em homenagem a um dos pioneiros do programa nuclear brasileiro, o
submarino nuclear deverá ser entregue quatro anos após o previsto no cronograma
inicial.
Os
atrasos sofridos pelo PROSUB são comuns aos programas de defesa brasileiros,
principalmente pela “velha” política do Planalto de contingenciar e realizar
cortes no orçamento das forças armadas em situações de crise econômica, uma
postura que prejudica sobremaneira o andamento dos programas estratégicos e põe
em risco as capacidades operacionais das nossas forças armadas, uma vez que
diante de orçamentos muito distantes do que lhes é necessário, as mesmas se vêem
forçadas a realizar ajustes em suas despesas, com isso importantes processos
são afetados, o que por exemplo reflete hoje o avançado estado de obsolescência
que enfrenta a força de superfície da Marinha do Brasil, onde há urgente
necessidade de investimentos para obtenção de novos meios, em especial navios
de escolta, como fragatas, tendo em vista a proximidade do fim da vida
operacional deste tipo de navios na esquadra brasileira.
Em breve
aqui no GBN News iremos lançar uma matéria mais detalhada sobre o PROSUB, onde
pretendemos abordar os investimentos despendidos no programa e o retorno que
nos trás tal investimento, bem como a importância da obtenção dos novos submarinos
e a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro.
GBN News –
A informação começa aqui
Fotos: Roberto Caiafa
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