Os Estados Unidos disseram nesta sexta-feira (23) que vão abrir sua embaixada
para Israel em Jerusalém em maio, numa mudança de Tel Aviv que reverte décadas
de política dos EUA.
Em dezembro, o presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos
reconheciam Jerusalém como a capital de Israel, enfurecendo os palestinos, que
querem a parte leste da cidade como sua capital, e até mesmo os árabes que são
aliados de Washington.
Nenhum outro país reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, e a
decisão de Trump semeou discórdia entre os Estados Unidos e a União Européia
sobre os esforços de paz no Oriente Médio.
“Estamos empolgados em dar esse passo histórico e aguardamos
ansiosamente a abertura para maio”, disse a porta-voz do Departamento de Estado
norte-americano, Heather Nauert, observando que irá coincidir com o 70º
aniversário de Israel.
A abertura da embaixada já em maio parece representar uma antecipação ao
que se esperava. Em discurso no Parlamento israelense no mês passado, o
vice-presidente dos EUA, Mike Pence, disse que a transferência aconteceria no
final de 2019.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, saudou o anúncio dos
EUA na sexta-feira como “um ótimo dia para o povo de Israel”.
Os palestinos reagiram com irritação.
“Este é um passo inaceitável. Qualquer movimento unilateral não dará
legitimidade a ninguém e será um obstáculo para qualquer esforço para criar a
paz na região”, disse Nabil Abu Rdainah, porta-voz do presidente palestino,
Mahmoud Abbas, que está nos Estados Unidos até sábado.
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