Hoje é bastante discutido nos grupos e
fóruns as necessidades brasileiras quanto a dotar a Marinha do Brasil de novas
“Escoltas”, uns apontam a solução com novas fragatas, outros apontam as
corvetas multi-propósito como a solução ideal e outros um mix de corvetas e
fragatas. Mas antes de entrar no mérito da discussão, vamos primeiro entender o
que são os navios de escolta, seu papel e suas origens, acompanhando sua
evolução desde a Segunda Guerra Mundial até os dias atuais.
O GBN News inicia o ano abordando este que
é um tema bastante rico e de grande importância para o Brasil, o qual também levanta
muitas dúvidas ao público em geral. Sendo assim, resolvemos iniciar a série
especial “Os Navios de Escolta”, onde iremos abordar: uma breve história de sua
evolução, a importância das escoltas no cenário naval, as corvetas, as
fragatas, os destroyers, os modernos meios navais, as perspectivas de emprego
de uma força naval no moderno teatro de operações, um breve histórico do Brasil
e suas escoltas, e por fim, as escoltas e a Marinha do Brasil em face do
moderno teatro de operações navais. Este será um grande desafio para nós, visto
que abordaremos ao longo do primeiro semestre deste ano pontos chave para
fomentar o debate, estando este alicerçado em uma base de conhecimento que
permita o desenvolvimento produtivo das idéias, as quais visam lançar luz sobre
as necessidades reais da Marinha do Brasil e aproximar nosso público deste tema
tão importante à estratégia nacional de defesa.
Nesta primeira parte, pretendemos fazer uma
apresentação resumida de nossa série. Lançando os alicerces desse importante
trabalho.
Então para começar a falar sobre os navios
de escolta, é preciso saber um pouco de suas raízes, então vamos abordar
o que são consideradas as raízes dos navios de escolta.
Uma das características inerentes a esse
tipo de embarcação é sua agilidade e manobrabilidade, aliados á um armamento
relativamente leve em comparação com os cruzadores e outros navios de maior
poder de fogo, com capacidade de contrapor ameaças nos campos submarino, aéreo
e de superfície.
Embora hajam variados arranjos, nos quais obtemos diversas classes deste tipo de navios especializados em determinado tipo de missão, ou como tem sido cada vez mais comum nos tempos atuais, classes multi-propósito, capazes de prover defesa aérea, de superfície e contra ameaças submarinas. É de consenso que os Contratorpedeiros sejam os navios precursores a desempenhar esse papel, sendo os primeiros adequados ao emprego como “escoltas”.
O contratorpedeiro tinha como característica de destaque sua agilidade além de sua fácil navegação. Tendo surgido nos meados de 1880, este tipo de navio surgiu como resposta a outro tipo que surgira no campo de guerra naval em 1860, os torpedeiros, navios que eram extremamente rápidos e armados com torpedos, se faziam uma grande ameaça as esquadras de sua época, então, diante desta ameaça houve a necessidade de criar um navio que fosse mais armado e ágil como resposta. Assim surgiram os ”contratorpedeiros”, como o próprio nome indica.
No primeiro momento, sua missão básica era dar combate aos navios torpedeiros, mas depois passou a ser empregado para escoltar navios de grande valor das esquadras de guerra e mesmo comboios de navios mercantes, defendendo-os contra ameaças representadas não só por navios de superfície, mas também contra submarinos e aeronaves.
Embora hajam variados arranjos, nos quais obtemos diversas classes deste tipo de navios especializados em determinado tipo de missão, ou como tem sido cada vez mais comum nos tempos atuais, classes multi-propósito, capazes de prover defesa aérea, de superfície e contra ameaças submarinas. É de consenso que os Contratorpedeiros sejam os navios precursores a desempenhar esse papel, sendo os primeiros adequados ao emprego como “escoltas”.
O contratorpedeiro tinha como característica de destaque sua agilidade além de sua fácil navegação. Tendo surgido nos meados de 1880, este tipo de navio surgiu como resposta a outro tipo que surgira no campo de guerra naval em 1860, os torpedeiros, navios que eram extremamente rápidos e armados com torpedos, se faziam uma grande ameaça as esquadras de sua época, então, diante desta ameaça houve a necessidade de criar um navio que fosse mais armado e ágil como resposta. Assim surgiram os ”contratorpedeiros”, como o próprio nome indica.
No primeiro momento, sua missão básica era dar combate aos navios torpedeiros, mas depois passou a ser empregado para escoltar navios de grande valor das esquadras de guerra e mesmo comboios de navios mercantes, defendendo-os contra ameaças representadas não só por navios de superfície, mas também contra submarinos e aeronaves.
"Destructor" |
O
primeiro Contratorpedeiro foi lançado em 1886, pela Marinha da Espanha,
batizado de “Destructor”, essa primeira classe influenciou consideravelmente os
projetos deste tipo de navio em sua época. Mas no período que antecedeu a
Primeira Guerra Mundial, este tipo de navio incorporou muitos refinamentos,
tendo aumentado seu deslocamento, recebendo novos armamentos orgânicos e
desempenhando uma série de missões, sendo um navio de emprego bastante flexível
em relação aos demais tipos contemporâneos.
Após
a Primeira Guerra Mundial, os contratorpedeiros sofreram novas alterações em
seus projetos, tendo recebido maior capacidade de combate submarino e sistemas
de defesa antiaérea, se tornando um tipo de grande valor para as marinhas de
guerra no período entre as duas grandes guerras e o princípio da Segunda Guerra
Mundial, onde definitivamente surge o conceito de navios de escolta. Este
importante período será abordado em nosso próximo capítulo dessa série que se
inicia, bem como maior detalhamento na evolução do conceito no período que se
inicia na Primeira Guerra e a Segunda Guerra, quando foi marcante a evolução e
o emprego dos navios de escolta.
Acompanhe
essa nova série e participe dando sua sugestões e críticas, basta clicar na
parte superior de nosso site em FALE CONOSCO, ali você encontra nossos
contatos. Um grande abraço e “bem vindos abordo”.
Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em
Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio
e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança.
GBN
News - A informação começa aqui
Boa tarde Nicolaci e parabéns pelo ótimo trabalho que vem desempenhando...
ResponderExcluirNa quinta linha do segundo paragrafo você cita os tipos de escoltas que são elas corvetas, fragatas e os destroyers e complementando a isto no quinto paragrafo relata que as suas principais características são "...agilidade e manobrabilidade, aliados á um armamento relativamente leve em comparação com os cruzadores e outros navios de maior poder de fogo...".
Ai vem onde eu quero chegar e onde a minha dúvida se encontra: Então os cruzadores não são considerados como escoltas? e qual o seu papel na marinha?
Obrigado mais uma vez pela atenção e sempre aprendendo mais e mais com seus textos e dúvidas dos quais você sempre se prontifica com paciência para me responder.
Klaus
Boa noite meu amigo Klaus, fico lisonjeado com o reconhecimento deste trabalho que venho fazendo há alguns anos. E em resposta as suas dúvidas, os Cruzadores são navios mais pesados e lentos, tendo grande deslocamento em relação aos navios classificados como "escolta", somado a estes fatores ainda há as limitações impostas pelo porte do Cruzador para desempenhar o papel de escolta, onde devido a estas acaba necessitando do acompanhamento de outros navios mais ágeis para sua proteção, no caso, "os navios de escolta" como fragatas, corvetas e destroyer, conforme abordado na matéria.
ExcluirDurante a Segunda Guerra Mundial, foi observado que os cruzadores, assim como os porta-aviões, necessitava da cobertura de navios de escolta, necessidade que é dispensável aos navios como destroyers, fragatas e corvetas. Esta desvantagem limita os cruzadores. Hoje se não me engano os principais navios do tipo são operados pelos EUA e Rússia.
Nos próximos capítulos da série iremos apresentar uma análise mais detalhada e aprofundada sobre os navios de escolta.
Um grande abraço
Angelo Nicolaci