Ao que tudo indica, a penúria
orçamentária que enfrentam as Forças Armadas brasileiras, não terá fim tão
breve, se levarmos em conta as imitações do orçamento impostas pelo teto de
gastos públicos até 2037.
A miopia do governo federal é
muito preocupante, o que pode afetar seriamente os programas estratégicos
fundamentais a manutenção das capacidades operativas de nossas “armas”. Tal
incapacidade de gerir as necessidades fundamentais ao reaparelhamento de nossas
Forças Armadas, pode levá-las a obsolescência e a perda de importantes
capacidades.
É preocupante ver a inércia do
governo em restabelecer as rédeas sobre a economia e implementar um plano de
reestruturação orçamentária, no qual não tenhamos a perda substancial nos
recursos vitais as Forças Armadas, Educação e Saúde.
O Brasil tem tudo para se tornar
um grande player internacional nos mais diversos campos, seja econômico,
industrial, tecnológico ou político, porém, nos falta consciência de nossas capacidades e a devida
administração dos recursos que possuímos para definir um rumo ascendente.
Recentemente, a Marinha do Brasil
e o Ministério da Defesa em uma ação coordenada com outros órgãos públicos e o
BNDES, tiveram de arquitetar uma manobra para conseguir alavancar o programa de
obtenção por construção das corvetas “Classe Tamandaré”, sem a qual seria
inviável prosseguir rumo a construção de quatro novos “navios de escolta” com
as limitações impostas pelo “Teto de Gastos Públicos”.
Tal “estrangulamento”
do orçamento, trás a tona um grave problema que vem se arrastando por décadas,
a obsolescência de nossos meios militares. Hoje se formos avaliar as
necessidades de Exército, Marinha e Força Aérea, iremos nos deparar com dados
extremamente preocupantes, onde grande parte do inventário se apresenta próximo
ao fim de seu ciclo operacional ou exibe claro estado de obsolescência. A
política adotada há décadas e os recorrentes cortes no orçamento de defesa,
inviabiliza qualquer aspiração de obtermos Forças Armadas atualizadas e
plenamente capazes de cumprir com suas atribuições, nos colocando em patamar
muito inferior as potências militares como França, Reino Unido, Alemanha e
Itália por exemplo, onde cabe ressaltar a imensa diferença no tamanho
territorial que possuímos.
É preciso
uma revisão de nossas prioridades, pois não basta adotar apenas soluções
limitadas, temos de buscar uma ampla mudança da forma de ver a importância de
nossa indústria de defesa e a manutenção das capacidades e renovação dos meios
operativos de nossas FA’s. Temos que atentar para os fatores econômicos que
agregam ganhos á nossa economia direta e indiretamente, bem como a capacitação
tecnológica que transcende o campo de defesa e beneficia a industria como um
todo, abrindo novos mercados e estimulando o desenvolvimento econômico e a
exploração de novos nichos do mercado.
O Novo Regime
Fiscal representado pelo teto de gastos públicos pelos próximos 20 anos,
promulgado pelo Congresso em dezembro de 2016, entrando em vigor de 2017 á
2037, representa um revés ao crescimento nacional. Onde pelas novas regras o
governo não pode gastar mais do que o gasto do ano anterior corrigido pela
inflação do IPCA (índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Esta mais
do que na hora de uma ampla e profunda reforma política e econômica, a qual
deveria abranger a limitação dos gastos públicos com parlamentares e demais
representantes do governo, que também limita-se os desperdícios do judiciário.
Temos recursos suficientes para manter um país capaz e impulsionar uma
revolução nos campos econômicos e sociais, mas é preciso uma mudança muito
profunda na estrutura governamental brasileira, e cá entre nós, isso é algo que
dificilmente se tornaria realidade, pois temos pessoas que ocupam importantes
posições no governo e aparato estatal, que não possuem o menor comprometimento
com nossa nação.
As
reformas da previdência não cumpriram seu objetivo, pelo contrário, atingiram
quem deveria obter um melhor amparo, enquanto uma determinada categoria manteve
privilégios e mordomias as quais poderiam ser revistas sem representar perdas
reais a estas categorias, o que daria um enorme fôlego a previdência sem
impactar na base de nossa economia, o cidadão assalariado.
Um país forte nasce do princípio de uma educação de
qualidade, de uma base industrial capaz e o investimento de recursos em
tecnologias, sendo o campo de defesa um importante canal para o
desenvolvimento.
Voltando as necessidades
de defesa, as tecnologias brasileiras permanecerão "aquém" das
necessidades de nossas forças diante dos desafios que os cenários apresentam,
tanto internamente como externo. Para ilustrar isso, basta ver a defasagem que
se apresenta no controle de nossas divisas, por onde entram todos os dias
milhares de armas e toneladas de narcóticos que alimentam a violência no país,
levando em muitas ocasiões ao colapso da segurança pública em diversos estados,
reflexo da falta de investimento em defesa e segurança, resultando em repetidas
operações GLO que trazem mais desgaste e prejuízos do que soluções.
Esta mais
do que clara a nossa deficiência crônica, resultante da má administração dos
recursos públicos nos mais diversos escalões do governo, o qual esta infectado
pela corrupção.Nos faltam recursos tecnológicos e verba para operar com o pouco
que possuímos.
Neste ano de 2018 é preciso que haja consciência na hora de definir quem irá ocupar as cadeiras no legislativo e o Planalto, porém, é difícil acreditar numa plena conscientização do eleitor, uma vez que o mesmo esta alienado as questões políticas, com muitos desconhecendo as atribuições de cada representante eleito, ou que sequer conhece seus direitos e deveres como cidadão brasileiro. É hora de acordar, tirar os antolhos e deixar de ser manipulado pela grande mídia e buscar conhecimento, afinal, o governo de um país é o claro reflexo do seu povo.
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