A canadense Bombardier venceu nesta sexta-feira (26) uma disputa comercial contra a norte-americana Boeing, após uma agência dos Estados Unidos rejeitar o pedido de aplicar tarifas maiores sobre as vendas do jato C-Series da canadense para operadoras dos EUA.
As ações da Bombardier subiram 15%, enquanto os papéis da Boeing tiveram ligeira queda.
A Comissão de Comércio Internacional dos EUA rejeitou argumentos da Boeing de que foi prejudicada pelas vendas do C-Series a preços abaixo do mercado nos EUA, e descartou uma recomendação do Departamento de Comércio para cobrar um tarifa de quase 300 por cento sobre as vendas da aeronave com 110 a 130 assento por cinco anos.
A brasileira Embraer, maior rival da Bombardier no mercado de aeronaves de médio porte, reiterou sua posição de que a Bombardier e suas aeronaves C-Series foram fortemente subsidiadas pelo governo canadense.
“Esses subsídios maciços não só permitiram que a Bombardier sobrevivesse, mas também que a empresa oferecesse suas aeronaves a preços artificialmente baixos, distorcendo todo o mercado global de aeronaves comerciais”, disse a Embraer em comunicado.
Esperava-se que a Comissão nos EUA decidisse a favor da Boeing, que acusou a Bombardier de vender os aviões abaixo do custo no mercado norte-americano.
A Comissão não deu uma explicação para sua decisão.
Em comunicado, a Bombardier chamou a decisão de uma “vitória para a inovação, a concorrência e o estado de direito”, e uma vitória para as companhias aéreas dos EUA e para os passageiros.
A Boeing disse que estava decepcionada que a Comissão não reconheceu “o prejuízo que a Boeing sofreu com os bilhões de dólares em subsídios ilegais do governo que o Departamento de Comércio descobriu que a Bombardier recebeu e usou para lançar aeronaves no mercado de aeronaves de corredor único dos EUA”.
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