Em
meio a crescentes tensões na região, tanto o Japão quanto a Coréia do Sul estão
estudando opções para operar com o caça F-35 embarcados. Para isso ambos
estariam dispostos a converter alguns de seus navios em navios aeródromos.
Segundo duas importantes
agências de notícias asiáticas, ambos países estaria considerando a adoção da
versão F-35B STOVL, devido as características de pouso e decolagem. Para operar
com esses caças, o Japão estaria avaliando converter seu moderno Destroyer Porta
Helicopteros, DDH-183 Izumo ou DDH-184 Kaga, em Navio Aeródromo capaz de operar
com grupo aéreo embarcado composto por uma ala de caças F-35B. A Coréia do Sul
também estaria disposta a adotar a mesma solução japonesa, adaptando seu Navio
de Assalto Anfíbio LPH Dokdo para operar com F-35.
A
adoção dos F-35B pela JMSDF (Força de Auto Defesa Marítima do Japão),
combinados a conversão do DDH Izumo em Navio Aeródromo, conferiria ao Japão uma
grande flexibilidade e capacidade de projeção de força como não é visto desde o
fim da Segunda Guerra Mundial. Propiciando um considerável aumento em suas
capacidades de defesa e ataque.
Porém,
o Ministério da Defesa nipônico nega a existência de qualquer plano para
conversão do Izumo ou Kaga, afim de operar com aeronaves F-35B embarcadas. Mas
admite que esta em andamento uma série de estudos que visam avaliar as
capacidades de defesa japonesas.
A série
de modificações necessárias nos navios em questão, são bastante extensas e
dispendiosas, lembrando que o navio sul-coreano é no momento o único de sua
classe em operação, com seu navio gêmeo em fase de construção. Para termos uma idéia,
para operar o F-35B, ambos navios teriam de passar por uma verdadeira “reconstrução”,
onde atualmente o LPH-6111 Dokdo é capaz de operar com 10 helicópteros
embarcados, dispondo de um convoo de 199 metros, enquanto o DDH-183 Izumo
possui capacidade de operar até 28 helicópteros, sendo 14 aeronaves de porte
médio/grande embarcadas em sua configuração padrão, contando com convoo de 248
metros.
Apesar
das dimensões, não é tão simples quanto se imagina adaptar esses dois navios
para operar com F-35B, ambas as classes de navios devem receber modificações radicais
tanto internamente, como externamente para operar o F-35B, dentre essas podemos
citar a aplicação de revestimento protetor térmico nas áreas do convoo,
necessárias para suportar o calor dos gases de escape durante as operações de
pouso e decolagem verticais do F-35B, especula-se que o convés de vôo deverá
receber uma rampa Sky-Jump para permitir decolagens curtas, medida que seria
apenas uma medida de segurança, pois ambos navios possuem comprimento
suficiente em seu convoo para permitir aos F-35B uma decolagem segura sem o uso
de uma Sky-Jump.
Seguindo
com as modificações necessárias para operação do F-35B, os paióis de munição deverão
ser reforçados e ampliados para receber os mísseis e suprimentos do F-35B,
assim como ter os tanques de combustível de aviação ampliados para atender a
maior demanda pelos F-35B.
Embora
haja negativa da parte japonesa com relação a esses planos, cabe lembrar que
mesmo que não admitindo, existe a possibilidade do navio receber as necessárias
modificações. Ressaltando que no caso sul-coreano há possibilidade de
implementar as modificações necessárias no LPH-6112 Marado, navio gêmeo da
Classe Dokdo.
Ambos países
são operadores da versão convencional F-35A, o que leva a crêr que não haveria
barreira dos EUA quanto a venda da versão F-35B para seus aliados.
Do
ponto de vista geopolítico, a conversão de navios da classe Izumo em
porta-aviões, poderia acarretar alguns atritos internos no Japão, o que seria
uma mudança significativa em sua postura de defesa e provavelmente uma questão
contenciosa, podendo ser confrontada pela constituição pacifista do Japão, a
qual proíbe o país de adquirir meios de projeção de força e ataque denominando “potencial
de guerra”.
Porém, a constituição do
Japão não explicita as capacidades específicas ofensivas ou não. Em
vez disso, o governo japonês interpreta o "potencial de guerra" como
se referindo à força total das Forças de Autodefesa do Japão em relação a
ameaças potenciais e condições internacionais, e não uma determinada capacidade
principalmente ofensiva ou defensiva.
As ações da Coréia do Norte, com repetidos
testes de mísseis balísticos e o crescimento vertiginoso das capacidades de
defesa e projeção de força da China, tem sido apontados como principal motivo
para o aumento nos investimentos de defesa asiáticos, em especial da Coréia do
Sul e Japão, os quais não apenas tem adquirido novos meios, mas avaliado e
implementado novas doutrinas e capacidades as suas forças militares como um
todo.
GBN News - A informação começa aqui
com agências
G
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