As missões diplomáticas americanas na Turquia e de Ancara nos Estados Unidos vão retomar seus serviços de emissão de vistos mútuos, anunciaram as embaixadas nesta quinta-feira (28).
A Turquia "ofereceu garantias de alto nível" aos Estados Unidos e, por isso, o Departamento de Estado "confia que a situação de segurança melhorou o suficiente para permitir a retomada completa dos serviços de vistos na Turquia", disse a embaixada dos Estados Unidos em Ancara em um comunicado, sem citar a data.
Pouco depois, a Turquia disse receber bem "a decisão de restabelecer o sistema antigo a partir de hoje".
"No âmbito do princípio da reciprocidade, as restrições implantadas de nossa parte no regime de vistos para cidadãos americanos estão sendo retiradas de forma simultânea", explicou em um comunicado a missão turca em Washington.
As relações entre Turquia e Estados Unidos, tensas há meses, pioraram após um funcionário turco do consulado americano em Istambul ser acusado de espionagem. Em resposta, Washington suspendeu, em outubro, a concessão de vistos americanos à Turquia.
A Turquia fez o mesmo com os cidadãos americanos.
A Justiça turca suspeita que Metin Topuz, o funcionário consular que desencadeou o atrito diplomático, seja ligado a Fethullah Gülen, um clérigo que vive nos Estados Unidos, a quem Ancara acusa de ser o mentor do golpe de Estado fracassado de julho de 2016.
Em novembro, os dois países retomaram de forma limitada a entrega de vistos.
As autoridades turcas vão informar aos Estados Unidos se têm a intenção, no futuro, de prender funcionários consulares locais, indicou nesta quinta a embaixada americana em Ancara.
Contudo, a embaixada turca em Washington não reiterou esta versão em seu comunicado, indicando que a "Turquia é um Estado de direito" e que "não foram proporcionadas tais garantias em relação aos casos pendentes nos tribunais".
"Não achamos certo informar mal o povo turco e americano dizendo que foram dadas garantias", indicou, acrescentando que Ancara continua tendo preocupações graves sobre os casos que envolvem cidadãos turcos nos Estados Unidos.
Fonte: AFP
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