Surge um raio de esperança nas buscas ao ARA "San Juan", na noite do último sábado (18) foi anunciado pelo Ministério da Defesa argentino que foi detectado sete chamadas via satélite que acreditam ser provenientes do submarino desaparecido. A comunicação com as bases “não chegou a se completar e trabalhamos agora para captar a localização precisa do emissor”, informou o governo argentino. As tentativas fracassadas de contato foram realizadas em duas ocasiões, entre as 11h e as 15h deste sábado (18) e duraram entre quatro e 36 segundos. Isso “indicaria que a tripulação esta viva e tentando fazer contato”, observou.
O Governo da Argentina conta com ajuda de uma empresa norte-americana especializada em comunicação por satélite para analisar os dados que possibilitem definir a localização dos sinais e eventualmente realizar o resgate dos tripulantes. O ministro da defesa, Oscar Aguad, não escondeu seu entusiasmo em mensagem postada no Twitter: “Estamos trabalhando arduamente para localizá-lo e transmitimos uma esperança às famílias dos 44 tripulantes: em breve elas poderão tê-los em suas casas”.
Ontem a Marinha do Brasil anunciou o envio de meios afim de colaborar com as operações de busca e resgate. O Brasil disponibilizou suas aeronaves de busca e salvamento SC-105 Amazonas e de patrulha P-3 AM Orion, a qual possui sistemas de guerra ASW que podem auxiliar nas buscas, além da fragata F-49 Rademaker, navio polar H-41 Almirante Maximiano e o navio de salvamento submarino K-11 Felinto Perry. O drama vivido pelos 44 tripulantes que tem mobilizado diversas nações e que tomou os olhares do mundo inteiro.
A principal hipótese da Armada Argentina é que a embarcação sofreu algum problema em seus sistemas elétricos e perdeu o sistema de comunicação. A hipótese de um incêndio foi descartada, segundo outra hipótese o ARA "San Juan" pode estar se deslocando em direção ao seu porto de destino, como prevê o protocolo nestes casos.
As chamadas via satélite realizadas corroboram para essa hipótese. “Não se tem nenhum sinal grave do submarino. Ele simplesmente parou de se comunicar”, disse o porta-voz da Armada Argentina, Enrique Balbi. Quando emitiu as suas últimas coordenadas, a embarcação estava realizando operações de controle de pesca clandestina a cerca de 400 quilômetros da costa, na região do Golfo San Jorge, entre Puerto Deseado e Comodoro Rivadavia, na Patagônia argentina.
A Marinha já vasculhou cerca de 80% da zona onde a embarcação poderia estar, porém até o momento sem resultados. A Armada Argentina tem empregado duas corvetas e um destróier nas operações de busca, também estão operando vários meios aéreos nos esforços de localização do submarino, a corrida contra o tempo conta com uma aeronave S-2T Turbo Tracker e um B-200 de vigilância. Além disso, a Argentina tem recebido a ajuda internacional de diversos países, como EUA, Reino Unido, Chile, Brasil e Uruguai. O presidente norte americano, Donald Trump, ordenou o enviou de uma aeronave de patrulha P-8A Poseidon que estava em El Salvador, aeronave de última geração, capaz de realizar uma série de missões de patrulha e ASW, o qual dispõe de sensores e sistemas eletrônicos destinado a localização de submarinos, inclusive sendo capaz de realizar operações de busca e resgate sob a superfície”, segundo nota divulgada pelo Comando Sul.
O drama do ARA "San Juan" superou as divergências entre o Londres e Buenos Aires em relação as ilhas Malvinas. Os ingleses enviaram à zona de buscas uma aeronave C-130 Hércules baseada nas Malvinas/Falklands. Em comunicado, a Royal Navy anunciou também o envio do quebra-gelos HMS "Protector", que fica baseado nas ilhas Georgias do Sul. “Estamos avançando o mais rapidamente possível para a zona de buscas”, afirmou seu capitão, Angus Essenhigh.
Todos correm contra o tempo para localizar e resgatar os tripulantes argentinos, é uma verdadeira corrida de vida ou morte que leva a comoção internacional.
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com agências
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