Nova encomenda dos EUA para novas aeronaves "Super
Tucano" para a força aérea afegã, apontam o sucesso do emprego da aeronave
brasileira naquele cenário de conflito, elevando as perspectivas de sucesso da
aeronave brasileira na disputa pelo bilionário contrato nos EUA, sendo ainda observada
como potencial aquisição em diversos países.
A última encomenda, anunciada pela Sierra Nevada e a
brasileira Embraer no último dia 25 de outubro, eleva o número de aeronaves
A-29 encomendadas pela Força Aérea dos EUA destinadas a nações aliadas para 32 aeronaves. Até
o momento foram entregues 20 aeronaves para o Afeganistão e duas das seis aeronaves
destinadas ao Líbano através do programa LAS dos EUA.
De acordo com informações disponibilizadas, o
contrato de estimado em 174,5 milhões prevê o fornecimento de seis aeronaves
adicionais as 20 já entregues, bem como todo suporte logístico as mesmas,
envolvendo peças sobressalentes, manutenção e treinamento.
Ao longo do ano passado, o A-29 conquistou
prestigio em sua bem sucedida operação, o que deu a aeronave brasileira uma
posição de destaque no Oriente Médio. Os resultados positivos obtidos com a
operação do A-29 com os afegãos têm indicado que seu sucesso notório naquele
teatro de operações pode levar a expandir a carteira de operadores do tipo nos
próximos anos. A aeronave esta em operação no Afeganistão desde o início
de 2016.
Durante uma recente avaliação na Holloman Air Force
Base, no Novo México, a USAF avaliou o A-29 antes de uma provável demonstração
de combate na região para o próximo ano. Os Emirados Árabes Unidos, que
tem um requisito declarados para aquisição de uma aeronave de ataque leve,
enviaram oficiais militares para Holloman para o evento, a fim de colher
informações sobre a aeronave brasileira.
Enquanto as nações do Oriente Médio historicamente
investiram em capacidades de combate relativamente altas, as novas ameaças
assimétricas com as quais as nações lidam hoje, com um cenário que exige muito
mais do apoio aproximado as tropas e que possui pouca ou nenhuma oposição
aérea, sendo conflitos basicamente no cenário contra-insurgência, a operação
deste tipo de aeronave que apresenta características próprias para atender as
novas necessidades do moderno de teatro de operações, podem realmente se
beneficiar de uma plataforma de baixo custo operacional como o A-29 “Super
Tucano” da Embraer, o que permite manter o apoio sobre as tropas de maneira
mais efetiva, permitindo voar baixo e lento sobre os alvos garantindo maior
precisão e eficácia nos ataques.
Hoje as modernas aeronaves de alto desempenho que
foram desenhadas e desenvolvidas tendo em vista o cenário convencional de
conflito, não possuem o perfil adequado para o novo desafio representado pela
guerra assimétrica, onde a ameaça aos meios aéreos é mínima ou ausente, diante
dos quais os tradicionais meios são por demais onerosos e em muitos cenários de
emprego inadequado. O alto desempenho torna-se um ponto negativo, quando há necessidade
de se manter a aeronave o máximo de tempo possível sobre as tropas provendo
apoio aproximado. A sua velocidade reduz a precisão na neutralização de forças
inimigas e no combate próximo entre as forças aliadas e inimigas, tal fato pode
resultar em fogo amigo devido ao pouco tempo para se identificar o alvo no
campo de combate, apresentando ainda um custo de operação elevado em comparação
as aeronaves da categoria do “Super Tucano
O A-29 que surgiu para atender aos requisitos da
FAB já detém a marca de voou mais de 320.000 horas de voo, sendo destas cerca
de 40.000 horas de combate. A aeronave que foi desenvolvida para operar em
regiões remotas que possuem pouca ou nenhuma infraestrutura, possui um vasto
leque de sensores e armas que podem ser integradas a plataforma, somando a isso
o atrativo custo de 1.000 dólares por hora de voo, infinitamente mais baixo que
o custo de um A-10.
No início do mês de outubro, a Embraer anunciou um
acordo para fornecer seis aeronaves “Super Tucanos”, que serão produzidos no
Brasil para um cliente não divulgado.
A Força Aérea dos EUA está considerando comprar centenas
de aeronaves de ataque leve para atender as suas necessidades operacionais com
uma significativa redução de custos no Oriente Médio, além de emprega-las na formação
de novos pilotos. Ainda não foi decidido se haverá a avaliação em combate real,
mas autoridades norte americanas disseram que o A-29 e o AT-6 da Textron
provavelmente seriam as aeronaves que seriam avaliadas.
O "Super Tucano" é no momento o favorito na disputa pelo OA-X, o qual representa um bilionário contrato, o qual resultará em centenas de aeronaves adquiridas pela USAF.
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com agências
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