Hoje em nossa pesquisa por informações sobre o ARA San Juan, submarino argentino que esta desaparecido desde a última quarta-feira (15), nos deparamos com a publicação do jornal argentino "La Nacion", o qual trás algumas informações sobre os tripulantes que estão a bordo do "San Juan".
O GBN News tem acompanhado o drama vivido pelos argentinos e participa da corrente que espera que tudo termine bem, estendendo nossa solidariedade aos "hermanos", um dos países onde possuímos um grande número de leitores.
Abaixo segue uma breve apresentação de alguns tripulantes que foi publicada originalmente no "La Nacion".
Hernán Rodríguez
Sub-Oficial Maquinista. Nos últimos onze anos trabalhou no submarino ARA San Juan.
Cayetano Cáceres
Tripulante. Nascido em San Juan, tem 45 anos, vive a vários anos em Mar del Plata. Ele é casado e tem dois filhos.
Eliana Krawczyk
Chefe de Armas. Estudou na Escola Naval de Ensenada e se tornou a primeira oficial submarinista do país, tem 35 anos.
Luis Carlos Nolasco
Técnico Eletrica. Deixou Salta em 2007 para entrar na Marinha. Foi comunicado pela última vez da Ushuaia.
Mario Toconás
Cabo Marinha. De Río Negro, ele se juntou à Marinha há 13 anos. Ele é casado, tem um filho e sua esposa está grávida.
Ricardo Alfaro
Sub-Oficial. Ele esta no ARA San Juan há quatro anos, responsável pela cozinha. Mora em Mar del Plata com sua esposa e filho.
Esteban García
Tripulante. Tem 31 anos, é pai de dois filhos. Ele foi um dos últimos a publicar fotos do submarino.
Fabricio Alcaraz
Marinheiro de Maquinas. Ele tem 27 anos, nasceu em San Luis e é um dos maquinistas do ARA San Juan há um ano.
Na Argentina familiares se unem em orações
Na parte da manhã do sábado (18) uma visita do bispo local, Gabriel Mestre, foi feita a base naval para compartilhar uma oração. À tarde, uma Missa foi realizada também na Base Naval pelo capelão David Ochoa. Um abraço de fé aos familiares da tripulação do submarino ARA "San Juan" foi realizada, os argentinos vêem correr horas e dias sem sinais encorajadores. As duas missas realizadas na base naval tinham um objetivo comum: consolar a angústia e as lágrimas de mães, pais, filhos e irmãos que esperam se reunir com seus familiares que enfrentam o drama a bordo do ARA "San Juan".
As esperanças teriam sido renovadas após o anúncio dos sinais supostamente emitidos pelo submarino. Tarde da noite, apenas uma hora após a cerimônia religiosa, sabia-se sobre as chamadas via satélite que teriam partido do submarino. A esperança se reacendeu. "Força Argentina, confiamos em Deus, esperamos por vocês", lia-se em uma bandeira amarrada antes da meia-noite na frente da unidade militar.
O dia não foi fácil para os parentes dos 44 tripulantes desaparecidos. As notícias transmitidas pelas autoridades eram difíceis, realistas em um cenário que parece cada vez mais complicado. "Nós gostaríamos de ter uma notícia melhor, mas não podemos mentir para eles", disseram-lhes sobre os recursos empregados, mas até agora, dados escassos afetam o otimismo. Os esforços e meios empregados foram triplicados, com buscas realizadas pelo ar e pelo mar, mas os ventos fortes e as condições do mar dificultam os trabalhos. As esposas dos tripulantes, em particular, choraram quando ouviram o chefe da Base Naval, o Almirante Gabriel González.
"Temos esperança, eles se prepararam para sair disso", disse Maria Morales, mãe de Luis Garcia, um dos tripulantes do submarino. Foi uma das poucos familiares que aceitaram falar com a imprensa. O resto preferiu o silêncio e compartilhar a vigília na Base Naval, que ofereceu acomodações para hospedá-los, informações das autoridades e assistência de uma equipe interdisciplinar composta por profissionais da Marinha e Ministério da Defesa da Argentina.
Mas alguns membros da família passam a noite em suas casa aguardando notícias, e a tensão cresce. Antes de ontem, foram feitas queixas aos superiores pela forma como a crise foi relatada aos parentes e os atrasos no envio dos navios para realizar as buscas. Ontem, com a angústia em ascensão, porque as notícia era escassas e os sinais de preocupação foram acentuados. "A passagem das horas é angustiante", reconheceu Marcela González, esposa do Sub-Oficial Hernán Rodríguez. Ela disse eles enfrentam é o "desespero e medo", embora com um ar de esperança.
Através do Facebook, Luis Tagliapietra, pai de Alejandro, um dos oficiais do ARA San Juan, falou de sua angústia por tantas horas sem saber notícias do filho mais velho. "Neste momento, eu só quero que seja encontrado seguro e salvo", escreveu ele. E ele preferiu adiar para outro momento sua opinião sobre como a questão foi tratada pelo governo e pela mídia.
Hoje é esperada a chegada de outros membros da família dos tripulantes residentes em outras províncias. Em particular de San Juan e Salta, origem de uma boa parte da tripulação deste submarino. Os procedimentos foram simplificados para fornecer acomodação e apoio a todos.
Esposa e filha de outro marinheiro, que preferiu não se identificar, disse que eles se sentem "contidos e bem assistidos" pela Marinha, mas que o passar do tempo "é uma dor na alma" e "uma angústia que machuca a todos " Junto com os parentes, os irmãos de farda estão abalados. "Você tem que orar por eles", disse um oficial superior que quebrou o protocolo ao contar sobre o momento compartilhado com os membros das famílias da tripulação.
Um ex-marinheiro, que já tripulou o ARA "San Juan", aproximou-se ontem da Base Naval em sinal de solidariedade. "Os submarinistas são fortes, especiais para viver desafios, nossa missão nos torna muito diferentes dos navios de superfície", disse ele. Com a imagem do submarino desaparecido, um cartaz trazia a frase com a expressão de fé e esperança para os 44 membros da tripulação: "Nós somos homens de aço, estamos esperando por eles em casa", disse ele.
Nós brasileiros estamos solidários aos nossos irmãos argentinos deste momento de incertezas, pedindo a Deus que devolva os 44 bravos tripulantes a salvo.
GBN News - A informação começa aqui
com La Nacion
0 comentários:
Postar um comentário