Hoje veio a tona o desaparecimento do submarino da Armada Argentina, S-42 ARA "San Juan". O mesmo perdeu contato com a armada as às 7:30 da última quarta-feira (15) quando rumava de Ushuaia para Mar del Plata. Naquele momento, estava localizado a 46°44′ de latitude sul e longitude 59°54′ oeste. Estas coordenadas são encontradas em Puerto Madryn, a aproximadamente 300 quilômetros mar adentro, desde que fora perdido o contato cumpriram os protocolos de emergência, sendo levado ao conhecimento público apenas na manhã desta sexta-feira (17), quando a informação do desaparecimento foi divulgada pela imprensa e mídias internacionais.
A hipótese apontada pela Armada Argentina é que haveria ocorrido uma provável falha no sistema de comunicação do submarino. "Nós ainda não conseguimos localizar, ou obter comunicação visual ou radar com o submarino ARA 'San Juan', cuja estação habitual é a Base Naval de Mar del Plata", disse o porta-voz da Armada Argentina, Enrique Balbi.
Logo pela manhã após o anúncio do desaparecimento do ARA "San Juan", uma mídia local chegou a noticiar erroneamente que o mesmo havia sido localizado e estava sendo levado á Mar del Plata, porém, a informação não se confirmou.
Ao longo do dia várias informações foram publicadas sobre a operação de buscas ao submarino desaparecido, o qual contava com uma tripulação de 44 pessoas, dentre estes a primeira oficial submarinista mulher da Argentina, Eliana Krawczyk de 35 anos.
O governo argentino tem empenhado todos os meios disponíveis nas buscas ao ARA "San Juan", e apesar dos relatos na mídia que apontam a falha e um possível incêndio em uma das linhas de bateria do submarino como possível causa do acidente, as informações oficiais que nos foram fornecidas negam que haja qualquer indício de um incêndio á bordo, alegando que a perda da comunicação apesar de poder estar ligada á uma pane elétrica, não aponta para a "perda" total do submarino, o qual segundo especula a Marinha Argentina, pode estar na superfície em qualquer ponto do oceano, o qual pode ter perdido também a propulsão.
Os governos do Chile, dos Estados Unidos e do Reino Unido ofereceram ajuda nas buscas ao submarino, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores argentino.
A última comunicação do ARA "San Juan" foi realizada na madrugada de quarta-feira (15). Na quinta-feira à tarde (16), foi iniciado o protocolo internacional de emergência, dando início a operação de busca.
Três unidades navais e duas aeronaves fizeram uma varredura sobre 15% da zona de buscas, detalhou Balbi.
O ARA San Juan é um dos três submarinos da Marinha Argentina, que foi incorporado em 1985. Construído no estaleiro Thyssen Nordseewerke de Edemen, na Alemanha, o ARA "San Juan" é um submarino do tipo TR-1700 de propulsão diesel-elétrica e equipado com snorkel. O sistema de propulsão eléctrica, conta com 960 baterias. A energia dessas baterias alimentam um motor elétrico de 6400 kW de potência que transmite seu movimento para o eixo que movimento sua hélice. O "San Juan" possui 4 motores diesel MTU de 16 cilindros em V com 1200 kW de potência, que além de prover sua propulsão na superfície, possuem 4 alternadores de 4000 Amperes que são responsáveis por recarregar o conjunto de baterias do sistema de propulsão elétrica, utilizada quando submerso.
Há poucos anos o ARA "San Juan" passou por um processo de revitalização com objetivo de estender seu ciclo de vida em 30 anos, programa no qual recebeu um novo conjunto de propulsão, novas baterias e sistemas eletrônicos embarcados.
A Fuerza Aérea Argentina enviou um KC-130 Hércules para ajudar nas buscas. A Armada Argentina tem empregado suas aeronaves P-3B Orion, Grumman S-2T Turbo Tracker e Beechcraft B200M Super King Air, todos operando a partir da Base Aeronaval Almirante Zar.
A Marinha do Brasil deslocou a fragata F-49 Rademaker, que estava no porto de Montevidéu para participar dos festejos dos 200 anos do Exército uruguaio, para ajudar nas buscas. O Ministro da Defesa do Brasil colocou o navio de resgate de submarinos “Felinto Perry” (K-11) da Marinha do Brasil em alerta e pronto para zarpar logo que seja ordenado.
Estamos diante de uma corrida contra o tempo, pois cada segundo pode representar o limite entre a vida e a morte dos tripulantes do submarino desaparecido, uma vez que não há informações concretas que o mesmo esteja na superfície ou com meios de garantir a vida de seus tripulantes. Torcemos para que logo venhamos a noticiar a localização do mesmo e que todos os seus tripulantes estejam a salvo.
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com agências
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