O sétimo dia de buscas ao submarino argentino ARA "San Juan" que completa uma semana desde o seu último contato, aumenta a angustia dos familiares dos 44 tripulantes a bordo após mais um dia sem indícios do paradeiro do submarino, que em teoria teria esgotado sua autonomia de oxigênio hoje ao fim da tarde.
A única nova pista divulgada pelo porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, nesta quarta-feira (22) à noite, foi que navios e aeronaves foram mobilizados para averiguar uma "anomalia hidroacústica" registrada três horas após a última comunicação do ARA "San Juan" com sua base.
O boletim oficial da Armada Argentina foi aguardado em clima de tensão e ansiedade. “Recebemos uma indicação oficial que corresponde ao dia 15, quarta-feira pela manhã, coincidindo com a área de operações de busca do ARA San Juan”, disse Balbi, acrescentando: “É uma anomalia hidroacústica, um ruído, que deve ser verificado sem negligenciar outras áreas”.
Segundo disse, por volta das 11 da manhã de quarta (15), cerca de três horas após o último contato com o ARA San Juan, que ocorreu às 7h30m da manhã daquele dia, no qual reportou a base que o mesmo estaria enfrentando pane no sistema elétrico, com problemas em suas baterias. A anomalia detectada por uma base científica norte americana, foi registrada a cerca de 30 milhas ao norte da posição do último contato, na rota para Mar del Plata”. Agora, ela será verificada por diferentes sensores.
Perguntado sobre a possibilidade de que este ruído, informado nesta quarta-feira (22) pela Marinha dos EUA, poderia indicar algum tipo de explosão do submarino, o porta-voz não descartou a possibilidade:
"Não tenho essa informação e não posso fazer conjecturas, mas sim posso confirmar uma anomalia hidroacústica", afirmou Balbi, que relatou a detecção da anomalia a cerca de 30 milhas do local do último contato.
Diversas vezes questionaram sobre uma possível explosão, já que durante a tarde desta quarta-feira (22) circularam rumores em Buenos Aires e Mar del Plata neste sentido.
"Estamos enviando vários barcos ao local onde foi detectado este ruído, devem chegar esta noite", disse Balbi.
O porta-voz evitou se aprofundar nesta questão e mostrou-se especialmente nervoso.
"Temos de confirmar este indício através de diferentes meios como sensores, navios e aeronaves", informou Balbi.
As novas declarações da Armada Argentina criaram um clima de pessimismo quanto ao destino do ARA "San Juan", o qual chegou hoje no limite de sua suposta capacidade de oxigênio para os tripulantes.
Quatro mil pessoas de mais de dez países estão envolvidos nesta que se tornou a maior operação de busca e resgate á um submarino da história, porém a megaoperação após uma semana de intensas buscas, não conseguiu qualquer indício decisivo do destino do submarino sinistrado.
O P-3AM da Força Aérea Brasileira esta operando em conjunto com o P-8A da US Navy afim de analisar a suposta “anomalia acústica” registrada três horas após o último contato do submarino com a terra, a 30 milhas ao norte do local onde ele estava. O P-3AM equipado com sensor de anomalias magnéticas (MAD) vai sobrevoar as coordenadas indicadas.
O P-3AM da Força Aérea Brasileira, esta sendo um dos meios de grande importância nas operações de busca ao ARA "San Juan", o qual foi empregado no esclarecimento de um suposto “ponto de calor” detectado na terça-feira (21) à noite pelo P-8A Poseidon da US Navy, que poderia ser o submarino. Porém, acabou sendo mais um alarme falso.
Alguns especialistas estão temerosos de que o ARA "San Juan" possa ter sofrido uma explosão, a qual pode ter levado o mesmo ao fundo do oceano, onde segundo as coordenadas apresentadas, trata-se de um local com uma cota de profundidade que vai de 1.000 á 6.000 metros, algo que tornaria praticamente impossível a sua localização e resgate.
Outro ponto preocupante, seria a ligação entre a suposta anomalia hidroacústica e a localização de duas balsas que supostamente poderiam ser do submarino argentino, o que pode corroborar para teoria de que o mesmo possa ter sofrido um colapso o qual levou á uma explosão. Porém, não podemos fazer tais especulações sem dados suficientes para dar base a esta hipótese.
Já adentramos a madrugada desta tensa quinta-feira (23) e aguardamos ansiosos por mais informações sobre os esforços de busca, apesar das informações que nos levam a pensar no pior, preferimos nos apegar a esperança de que hoje possam localizar e resgatar os tripulantes, embora isso vá de encontra a todas as probabilidades diante dos fatos.
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com agências
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