Quinta maior companhia aérea do Reino Unido deixa de operar e cancela centenas de milhares de voos. Turistas são levados de volta para casa em aviões fretados, na maior repatriação em tempos de paz da história do país.
A companhia aérea britânica Monarch, a quinta maior do país, declarou falência nesta segunda-feira (02), cancelando centenas de milhares de voos e deixando 110 mil passageiros no exterior.
A empresa pediu aos clientes com voos marcados para os próximos dias que não se dirijam aos aeroportos britânicos, porque todos os voos partindo do país foram suspensos.
"Não haverá mais voos da Monarch. Essa página não será mais monitorada", diz a postagem no Twitter. Ao todo, 860 mil passageiros foram afetados, incluindo aqueles com reservas futuras.
A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA, na sigla em inglês) fretou 30 aeronaves para transportar os turistas no exterior de volta para casa, sem custos adicionais aos clientes. Os primeiros aviões partiram de Ibiza, na Espanha, com destino a Londres e Birmingham, mas também há passageiros na Turquia e na Suécia, informaram as autoridades.
"Esta é uma situação extremamente angustiante para os turistas britânicos no exterior, e minha prioridade é ajudá-los a voltar para casa", disse o secretário de Transportes britânico, Chris Grayling. Ele descreveu os esforços como "a maior repatriação em tempos de paz" da história do país.
"Sinto muitíssimo que tenha terminado assim", disse o CEO da companhia, Andrew Swaffield, em mensagem a seus mais de 2 mil funcionários, que agora correm o risco de ficar desempregados. "Sinto muito que milhares agora tenham que lidar com sua viagem cancelada, possíveis atrasos na volta para casa e inconvenientes como resultado de nosso fracasso."
Fundada em 1968, a Monarch era popular entre os turistas britânicos por seus voos destinados a balneários do sul da Europa. Nos últimos tempos, no entanto, vinha enfrentando fortes dificuldades financeiras, principalmente após o surgimento de companhias de baixo custo como Ryanair e Easyjet, que oferecem os mesmos destinos.
Segundo a companhia aérea britânica, a situação financeira da empresa se agravou com os recentes ataques terroristas no Egito e na Tunísia e com a queda do turismo na Turquia, impulsionada pelos mesmos motivos.
Em outubro do ano passado, a empresa recebeu financiamento de seu principal acionista, o fundo de investimento Greybull Capital, que injetou um total de 165 milhões de libras. Isso lhe permitiu renovar sua licença de operação por mais um ano.
À meia-noite deste domingo, no entanto, venceu o prazo para que a companhia chegasse a um acordo com as autoridades governamentais, e a CAA decidiu não renovar a licença, levando a Monarch a entrar com o pedido de falência.
Fonte: Deutsche Welle
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