Entre os dias 13 e 22 de outubro,
a equipe das Forças Especiais do Exército Brasileiro, formada por operadores do
1º BAC ( 1º Batalhão de Ações de Comandos), liderados pelo 1º tenente Zago, representaram
o Exército Brasileiro no Exercício "Cambrian Patrol", tendo superado
o desempenho de forças de grande reconhecimento e prestigio, como os SEALs, SAS
e Spetsnaz, conquistando a medalha de prata, alçando o pavilhão nacional em
segundo lugar naquele exercício internacional.
O exercício realizado no Reino
Unido testou o nível de capacidade dos participantes, com base em lições
aprendidas em conflitos recentes. O cenário das patrulhas é a região montanhosa
dos Brecon Beacons, no País de Gales.
Essa missões são conduzidas com
cada operador de forças especiais carregando 35 kg de equipamento enquanto faz
a progressão em um percurso de 65 km pelas montanhas de Brecon Beacons (País de
Gales), local onde o Special Air Service (SAS) realiza sua seleção de pessoal.
Assim, obtém a medalha de ouro os
times que completarem mais de 75% das missões, medalha de prata acima de 65% e
medalha de bronze para os times que finalizarem mais de 55%, todas sem computar
baixas.
Times com a ocorrência de até
duas baixas recebem um diploma de participação e os que ultrapassarem essa
quantidade ou desistirem das missões são desclassificados.
Entre mais de 100 times
participantes de mais de cinquenta países diferentes, onde participaram
diversos países-membros da OTAN, como Inglaterra, França, EUA, Austrália e
Canadá. Mas a patrulha do 1º BAC logrou a segunda colocação, perdendo apenas
para o time paquistanês, repetindo o feito de 2015, quando também
conquistou a medalha de Prata no exercício.
Pouco se divulga sobre os
notáveis feitos e conquistas de nossas Forças Armadas pela grande mídia no Brasil,
um verdadeiro descaso. Então, o GBN News, resolveu não apenas parabenizar o 1º
BAC pela prestigiosa conquista, mas apresentar aqui um pouco sobre a história daquela OM.
O 1º Batalhão de Ações de Comandos
(1° BAC) é uma unidade especialmente organizada, equipada e adestrada para o
planejamento, condução e execução de Ações Diretas. Possui mobilidade tática e
estratégica, de acordo com os meios de transporte postos à sua disposição.
É uma tropa altamente qualificada
a operar sob circunstâncias e ambientes impróprios ou contra-indicados
para o
emprego de elementos de forças
convencionais, sendo apta a cumprir
variadas missões estratégicas e tidas como operacionalmente críticas. Para
isso, integra a Força de Atuação Estratégica do Exército Brasileiro.
A história dos Comandos no
Exército Brasileiro começou no final dos anos 60, com marco em 1968, quando foi criado
na cidade do Rio de Janeiro, o Destacamento de Forças Especiais, subordinado a
Brigada de Infantaria Paraquedista, que naquele momento já possuía uma doutrina
própria, tendo reunido os conhecimentos relativos aos cursos de Guerra na Selva
e de paraquedista militar do Exército Brasileiro, ao dos cursos de Rangers e
Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos. Posteriormente foi elevado a
nível de subunidade, com a denominação de Companhia de Forças Especiais. Essa
Companhia evoluiu, tendo se tornado Batalhão em 1983, com a denominação de
Batalhão de Forças Especiais, constituído de uma companhia de comando, uma
companhia de forças especiais e uma companhia de ações de comandos, mantendo-se
subordinado à Brigada Paraquedista até o ano de 2002.
Em 2002, face à evolução da
conjuntura geopolítica internacional e ao emprego cada vez mais recorrente de
forças de operações especiais mundo afora, o Batalhão foi estrategicamente posicionado na
cidade de Goiânia-GO, e é subordinado ao Comando de Operações Especiais.
O 1° BAC tem como missão realizar
ações de captura, resgate, eliminação e interdição de alvos compensadores do
ponto de vista estratégico, operacional ou tático, situados em área hostil ou
sob o controle do inimigo, em tempo de crise ou conflito armado, visando
contribuir com a consecução de objetivos políticos, econômicos, psicossociais ou
militares. Para cumprir tais missões, o Batalhão é organizado de forma a ter
garantidas as seguintes possibilidades:
- Realizar infiltrações e
exfiltrações terrestres, aéreas e aquáticas;
- Atuar em qualquer ambiente
operacional, particularmente em regiões semi-áridas, de montanha, de pântano e
de selva;
- Conduzir fogo terrestre, aéreo
e naval;
- Participar, em conjunto com
outras Forças Especiais;
- Conduzir operações irregulares;
- Realizar operações de
reconhecimento especial, principalmente em proveito próprio;
- Assessorar outras forças quanto
ao emprego dos elementos operacionais de comandos, bem como quanto a técnicas,
táticas e procedimentos peculiares a essa tropa.
As Ações de Comandos, também
conhecidas como Ação Direta no âmbito das Operações Especiais, são normalmente
agressivas, realizadas por meio de tropa qualificada, de valor e constituição
variáveis, através de uma infiltração por terra, mar ou ar, contra alvos de
valor significativo, localizados em áreas hostis ou sob controle do inimigo.
O 1º Batalhão de Ações de
Comandos, unidade única no Exército Brasileiro, tem em seus quadros oficiais,
sargentos, cabos e soldados extremamente motivados e comprometidos com a
Instituição e com o País. Seu lema é “TUDO POR UM IDEAL!”.
Uma das atuações mais marcantes
das Forças Especiais do Exército Brasileiro se deu nos anos 90, quando em 1991,
uma guarnição do Exército Brasileiro foi atacada por guerrilheiros das FARC.
Em 26 de fevereiro de 1991, um
grupo de 40 guerrilheiros das FARC, que se autodenominava "Comando Simon
Bolivar", adentrou o território brasileiro através da fronteira entre o
Brasil e a Colômbia, às margens do Rio Traíra no Amazonas, e atacou de surpresa
o Destacamento do Exército Brasileiro, que estava em instalações semi-permanentes
e possuía um efetivo de apenas 17 militares, os quais foram sobrepujados por
um número muito superior de guerrilheiros, resultando na morte de três
militares brasileiros e nove feridos, tendo sido ainda roubadas armas, munições
e equipamentos do Exército Brasileiro na ação. Segundo um relatório de
inteligência sobre o ocorrido, o ataque teria sido uma resposta pela repressão
exercida pelo destacamento de fronteira sobre o garimpo ilegal na região, uma
das fontes de financiamento das FARC.
Imediatamente as Forças Armadas
se mobilizaram e autorizadas pelo então Presidente da República, Fernando
Collor de Mello, possuindo respaldo e apoio do então Presidente colombiano,
César Gaviria Trujillo, deflagraram secretamente uma resposta pontual ao ataque
lançado pelas FARC contra as forças brasileiras, sendo conhecida como
"Operação Traíra", a qual tinha como objetivo recuperar o armamento
roubado e desencorajar novas ações das FARC em território brasileiro ou em
nossas fronteiras.
A "Operação Traíra"
contou com suporte da Força Aérea Brasileira e da Marinha do Brasil, que
disponibilizaram meios e pessoal para prestar apoio a incursão das Forças
Especiais do Exército Brasileiro.
A ação contou com seis
helicópteros UH-1H, seis aeronaves AT-27 Tucano que
seriam empregadas no apoio aéreo aproximado e aeronaves C-130 Hércules e C-115
Búfalo da FAB, que apoiaram toda logística das forças brasileiras.
A Marinha do Brasil posicionou um
Navio Patrulha Fluvial em Vila Bittencourt, o qual estava responsável por prover
apoio logístico e garantir a segurança daquela região.
O Exército Brasileiro enviou suas
principais tropas de elite, com operadores das forças especiais e de comandos
do Batalhão de Forças Especiais, contando ainda
com contingente do até então 1º Batalhão Especial de Fronteira, os quais
lançaram um ataque contra a base das FARC em território colombiano, há alguns
quilômetros de nossa fronteira. As forças foram inseridas pelo Comando de
Aviação do Exército, que empregou quatro aeronaves HM-1 Pantera que tinham por missão
transportar o contingente brasileiro e dois helicópteros de reconhecimento e
ataque HA-1 Esquilo.
A "Operação Traíra"
obteve enorme êxito, tendo resultado na morte de aproximadamente 62
guerrilheiros, tendo sido na ocasião recuperada a maior parte do armamento e
equipamento brasileiro roubados pelas FARC. Após esta pontual e bem sucedida operação
das Forças Especiais do Exército Brasileiro, nunca mais as FARC ousaram
qualquer ação ou penetração em território brasileiro, assim como nunca mais se
repetiu um ataque a militares brasileiros naquela região de nossa fronteira.
Tal ação, demonstrou a capacidade
e perícia de nossos operadores das Forças Especiais, e a repetição do resultado
obtido em 2015 durante o Cambrian Patrol , só faz confirmar a posição de
destaque e profissionalismo de nossas forças especiais, as quais merecem de nós
todos respeito, admiração e reconhecimento.
Parabéns ao comandante do 1º BAC,
Cel-Cav. André Luiz Baungratz Andrino, pela bem sucedida participação no
Cambrian Patrol, e esperamos na próxima participação alcançar o topo e
comemorar a medalha de ouro.
por: Angelo Nicolaci
GBN News - A informação começa aqui
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Podemos nos orgulhar desse escudo para a defesa de nossas fronteiras e da nação contra esses bolivarianos assassinos
ResponderExcluirMerecem realmente nosso respeito e admiração!! Parabéns à equipe e ao competente comandante, nosso amigo, Cel Baumgratz!! Sucesso!!
ResponderExcluirMais escudos destes deveriam estar ativos em nosso pais ! Não sei quantos tem , alguém sabe ?
ResponderExcluirQualquer missão, a qualquer hora e de qualquer maneira, Comandos!!!
ResponderExcluirEu tenho orgulho desse exército. Nossas forças especiais são o bicho. Vamos salvar o Brasil agora. Vamos fechar esse congresso corrupto e destituir o presidente.
ResponderExcluirBrasil acima de tudo, abaixo apenas de Deus.
ResponderExcluirParabéns 1 BAC,pela conquista e resultado alcançado. Parabéns Exército Brasileiro. Braço Forte, Mão Amiga!
ResponderExcluirIsto serve de informação àqueles que dizem ou pensam que “militares não fazem nada”. Adestramento, sacrifício pessoal e familiar levam a esses resultados brilhantes. Parabéns. Força.!
ResponderExcluirSou Pqdt de 1983, ano também da construção daí a diante do 1 BTL forças especiais bda inf Pqdt com muito orgulho. DituSit na época, de frente a estação transmissora no morro dos araujo em GusdaGuad, Rio de Janeiro. Tive a honra e orgulho de pertencer a equipe de construção e retorna a minha unidade de origem o ,27 Btl inf Paraquedista da 1 Cia Fzo Pqdt (Aux sargenteação) Brasil Acima de tudo.
ResponderExcluirParabéns e seja bem vindo guerreiro
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