O Exército Brasileiro deu recentemente um importante passo rumo a recuperação de sua capacidade logística através da aceitação junto ao governo dos EUA, para o recebimento da doação de quatro aeronaves C-23B Sherpa, excedentes dos estoques daquela nação. Assim o Exército Brasileiro começa a caminhar rumo à retomada das operações com aeronaves de asa fixa, algo que foi perdido quando da criação da Força Aérea Brasileira.
Muito se especulou durante a fase de analise e estudo para aquisição da aeronave que iria retomar a doutrina de operações com asa fixa na força terrestre brasileira, tendo sido realizada a avaliação de alguns tipos disponíveis no mercado, dos quais nós do GBN News tivemos a oportunidade de voar e conhecer ambos concorrentes que foram apresentados a nós durante a edição da LAAD 2017, quando no mesmo dia tivemos a oportunidade de voar e avaliar as duas opções ofertadas ao Exército Brasileiro. Na ocasião voamos o M28 da Sikorsky/PZL e o mítico Viking DHC-6 Twin Otter 400series, ambas excepcionais aeronaves e que atenderiam bem as necessidades da força brasileira, embora, tenhamos tido uma ótima impressão de ambos, o "Twin Otter" da Viking, nos despertou uma maior atenção e interesse, apresentando simplicidade e desempenho surpreendentes, aliados ao baixo custo de operações e facilidade de aquisição de componentes no mercado aeronáutico brasileiro, o que é muito importante para se manter uma linha de voo operacional com aeronaves um alto índice de disponibilidade.
Com anuncio da opção brasileira de receber a doação dos C-23B Sherpa, acreditava-se que o processo de avaliações e aquisição de uma nova aeronave para suprir a retomada de operações com asa fixa no Exército Brasileiro estaria completo com os "novos" Sherpa, porém, ao contatarmos um dos participantes do processo para receber seu feedback sobre a decisão do Exército Brasileiro, fomos surpreendidos com a informação de que a aceitação dos "Sherpas" pelo Exército Brasileiro não anula o processo em vias de análise, estando o mesmo apenas suspenso diante do difícil momento orçamentário pelo qual passam as forças armadas brasileiras, estando a mesma ainda otimista quanto a possibilidade de no futuro próximo vir a fornecer um lote de suas aeronaves ao Exército Brasileiro, tão logo seja retomado o programa que foi suspenso diante da crise pela qual o país passa e em face da possibilidade de aquisição via FMS do lote de quatro aeronaves C-23B Sherpa e dois pacotes de assistência previsto no contrato de aceitação pelo Brasil.
Esperamos em breve mais informações oriundas do Exército Brasileiro, afim de melhor esclarecer as questões que envolvem a retomada da aviação de asa fixa na força, e esperamos que a mesma seja bem sucedida neste primeiro passo que será a implantação e desenvolvimento de doutrina através dos C-23B Sherpa, o que representará um importante ganho em capacidade logística a nossa força terrestre, apesar dos pseudos "especialistas em defesa" alegarem se tratar de "sucatas", os C-23B são aeronaves capazes e que possuem um perfil operacional que em princípio podem atender as nossas necessidade primárias, servindo de base para estruturação da aviação de transporte no Exército Brasileiro, o qual diga-se de passagem, possui grande urgência de contar com a capacidade representada por este novo meio para suprir os batalhões de fronteira e apoiar operações em áreas remotas da região amazônica e principalmente a população de localidades isoladas que hoje contam com pouco apoio e suporte do governo.
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