As novas sanções da UE contra a Rússia sobre a entrega das turbinas Siemens para a Crimeia são uma violação direta do direito internacional, afirmou o Ministério da Energia russo.
O Ministério da Energia russo criticou a recente decisão da Comissão Européia de ampliar suas sanções, listando mais pessoas e empresas acusadas de entregar as turbinas a gás da Siemens a península russa da Crimeia .
O ministério também enfatizou que a interferência da UE na disputa é ilegal e politicamente motivada.
"O Ministério da Energia não tem dúvidas de que a UE tomou a decisão, baseada unicamente em considerações políticas", de acordo com um comunicado emitido neste sábado (5).
"Não há nenhuma base legal para a inclusão dos funcionários da Minenergo (Ministério da Energia) na lista de sanções produzida" , acrescenta o comunicado.
O ministério disse que "ambições políticas" não impedirão a Rússia em cumprir seus compromissos com os cidadãos.
"Estamos aguardando novos esclarecimentos da União Européia. O Ministério da Energia, por sua vez, continuará a garantir a segurança energética dos consumidores. As ambições políticas não devem ser um obstáculo para os governos cumprirem compromissos com os cidadãos ".
A Siemens, de acordo com o ministério, tornou-se uma "refém da situação".
Na sexta-feira (4), a UE adicionou à lista de sanções três autoridades russas: o vice-ministro da Energia, Andrey Cherezov, chefe do departamento de controle e gestão operacional da indústria de energia elétrica da Rússia, Evgeniy Grabchak, e da empresa estatal Technopromexport, o CEO Sergey Topor-Gilka.
O movimento ocorreu após uma disputa de mais de um mês sobre a entrega das turbinas a gás da Siemens para a Crimeia, que foi sob as sanções da UE e dos EUA após a sua reunificação com a Rússia em 2014. Atualmente, as empresas ocidentais estão proibidas de fazer negócios na Crimeia.
Em julho, o conglomerado alemão disse que as quatro turbinas em disputa foram inicialmente destinadas a um projeto na região do sul da Rússia em Taman, não muito longe da Península da Crimeia, mas que foram "movidos ilegalmente para a região contra clausulas contratuais claras". A empresa sugeriu comprar as turbinas e cancelar o contrato para entrega. Também vai encerrar acordos para o fornecimento á usinas de energia russas e interromper entregas de equipamentos para entidades estatais.
O comprador de equipamentos, a empresa estatal russa Technopromexport, disse que comprou o equipamento no mercado secundário e modernizou-o em instalações russas.
O escândalo decorre de um relatório no início de julho, quando a Reuters publicou uma foto do equipamento em um navio em Feodosia, na Crimeia. A maquinaria estava encoberta na imagem e não pôde ser imediatamente identificada.
Mais tarde, a Siemens entrou com uma ação judicial contra o comprador russo, a Technopromexport, alegando que a empresa mudou o equipamento para a Crimeia em violação as sanções internacionais e acordos bilaterais.
As turbinas deveriam ser instaladas em novas estações de energia na Crimeia. A região sofreu escassez de eletricidade desde sua separação da Ucrânia, já que sua fonte de energia era quase totalmente dependente do país.
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com agências
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