A Coreia do Norte em mais uma demonstração sua determinação e ignorando as advertências e sanções internacionais, realizou mais um teste com misseis balísticos, desta vez aparentemente um IRBM (Intermediate Range Balistic Missile) que caiu próximo ao Japão, ato que vem a elevar as tensões envolvendo aquele país e suas intensões.
A China advertiu que a situação na península coreana atingiu o "ponto de inflexão", poucas horas após Pyongyang lançar o míssil balístico. A Coréia do Norte, por sua vez, continua com discurso acusando os EUA de dirigir a região para um "nível extremo de tensão".
A Coreia do Norte aponta os recentes exercícios conjuntos entre a Coreia do Sul e os EUA de ser um dos fatores que levaram a intensificação dos esforços do programa de misseis do país.
As os lados tem contribuído para escalada das tensões, o que não tem auxiliado para uma saída pacífica para o impasse relativo ao programa nuclear norte coreano.
O último teste norte coreano serviu para provar que a pressão exercida através da movimentação militar nas proximidades de seu território e as sanções levantadas contra o país, não podem resolver fundamentalmente a questão de maneira efetiva.
O Japão após ter seu espaço aéreo violado pelo míssil balístico norte coreano, que cruzou ao norte de seu território caindo no mar, iniciou uma série de exercícios de prontidão de seu sistema Patriot para defesa contra mísseis.
A Coreia do Sul respondeu com um exercício envolvendo quatro aeronaves F-15K, que lançaram um pesado bombardeio num campo de tiro nas proximidades da fronteira com a Coreia do Norte, sendo uma clara demonstração de força pelos sul-coreanos.
Han Tae-song, embaixador da Coréia do Norte na ONU, realizou uma declaração oficial de seu governo após o teste: "Agora que os EUA declararam abertamente sua intenção hostil em relação à República Popular Democrática da Coréia do Norte, realizando exercícios militares agressivos em conjunto, apesar de repetidas advertências ... meu país tem todos os motivos para responder com contra-medidas como exercícios militares, em claro direito à autodefesa", disse Han, e prosseguiu: "Os EUA devem ser inteiramente responsáveis pelas consequências catastróficas que isso implicará", embora não mencionasse explicitamente o lançamento do míssil desta terça-feira (29).
A China e a Rússia propuseram um plano de "congelamento duplo" que levaria a Coréia do Norte a suspender seus lançamentos de mísseis em troca de uma suspensão nos exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coréia do Sul, porém, o plano foi rejeitado pelos EUA.
O Conselho de Segurança da ONU está agendado para se reunir nesta terça-feira (29), "A Coréia do Sul, os EUA e o Japão solicitaram em conjunto ao Conselho de Segurança da ONU uma reunião de emergência para enfrentar ameaças à paz e à segurança", disse um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul.
Segundo o nosso editor, Angelo Nicolaci, "A escalada nas tensões após o lançamento de mais um míssil pela Coreia do Norte, pode levar a uma resposta firme por conta dos EUA, o que pode desencadear um conflito o qual ninguém quer enfrentar, principalmente se olharmos estrategicamente, uma ação militar contra a Coréia do Norte pode ter um custo muito alto, principalmente para a vizinha Coréia do Sul, uma vez que sua capital e principais conglomerados industriais estão ao alcance da artilharia norte coreana, o que mesmo com uma atuação coordenada por parte dos EUA e seus aliados, como ocorreu nos anos 90 durante a "Tempestade no Deserto", teríamos um custo em vidas de civis e na infraestrutura do Sul, onde ainda teríamos uma conta muito alta se o Norte lançar algum de seus artefatos nucleares. Por tanto, é preciso ter cabeça fria e buscar uma melhor resposta a atual equação, o que não é o forte do presidente Trump, que tem levado as coisas de maneira "amadora" e "irresponsável". Os EUA ignoraram por anos a ameaça representada pela Coreia do Norte, e por vezes perdeu o time para travar de maneira efetiva os intentos nucleares daquele país, agora a situação tomou uma proporção na qual fica muito difícil uma solução simples e direta", disse ele.
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